Categorias
Meios de pagamentos

Taxa da maquininha: posso repassar para o meu cliente?

As maquininhas de cartão de crédito e débito facilitam as vendas, mas também cobram taxas dos comerciantes, que variam conforme a operadora, o tipo de cartão e o prazo de recebimento. 

A média das taxas é de cerca de 2% no débito e 3% no crédito, mas podem chegar a 4%. Isso afeta a lucratividade do negócio e o relacionamento com o cliente, que prefere pagar com cartão. 

Por isso, muitos lojistas repassam essa taxa para o cliente, cobrando um valor extra no cartão. Mas isso é legal? E como fazer esse repasse, se possível? É sobre isso que falaremos neste artigo! 

O que são as taxas de maquininha? 

Em primeiro lugar, é importante entender o que são e como funcionam as taxas de maquininha. São os valores cobrados pelas operadoras das maquininhas de cartão por cada transação realizada. Elas podem ser de três tipos: taxa de aquisição, taxa de aluguel e taxa de venda: 

  • A taxa de aquisição é o valor pago pelo comerciante para comprar a maquininha. Nesse caso, não há mensalidade, mas há taxas sobre cada venda. 
  • A taxa de aluguel é o valor pago pelo comerciante para alugar a maquininha. Nesse caso, há uma mensalidade fixa, além das taxas sobre cada venda. 
  • A taxa de venda é o percentual cobrado sobre o valor de cada venda realizada na maquininha. Ela pode variar conforme o tipo de cartão (débito ou crédito), o prazo de recebimento (à vista ou parcelado) e o volume de vendas do comerciante. 

O que nos importa aqui é a taxa de venda, pois é a que mais impacta o lucro do negócio. Afinal, é cobrada em todas as transações. Essa cobrança é a Taxa de Desconto (MDR) das cobranças, ou seja, recebida por quem  forneceu a maquininha. 

A MDR remunera os agentes envolvidos no fluxo de transação de pagamento. Parte do valor fica com a credenciadora (Net MDR), e outras duas partes são repassadas: 

  • a taxa de intercâmbio, que é paga ao banco emissor do cartão; 
  • a fee, que é paga à bandeira do cartão. 

Para exemplificar como funciona a taxa de venda, vamos supor uma transação de R$ 100 no débito com uma maquininha que cobra 2% de taxa. Desse valor, R$ 2 são pagos como taxas e repartidos entre ao banco emissor do cartão como taxa de intercâmbio à bandeira do cartão como fee; e à operadora da maquininha como taxa MDR. Assim, o comerciante recebe R$ 98 na sua conta. 

O que a lei diz sobre o repasse das taxas? 

Sim, pode. Isso está em consonância com a Lei nº 13.455, de 26 de junho de 2017, que permite diferenciar os preços conforme o tipo de pagamento utilizado, contanto que o cliente seja informado previamente sobre essa prática. 

Portanto, o comerciante pode cobrar um valor extra sobre o preço à vista quando a compra é feita no cartão de débito ou crédito, mas, ressaltamos, deve deixar isso claro ao consumidor, por meio de cartazes, placas ou outros meios de comunicação. Caso contrário, ele pode ser punido pelo Código de Defesa do Consumidor. 

Um exemplo prático de diferenciação de preço conforme o tipo de pagamento é o seguinte. Suponha que um produto custe R$ 100 à vista no dinheiro ou no Pix, sem taxas adicionais: 

  • se o cliente optar por pagar no cartão de débito, o comerciante pode cobrar uma taxa de 2% sobre o valor do produto, que é a taxa da maquininha. Assim, o cliente pagaria R$ 102 pelo produto; 
  • se o cliente optar por pagar no cartão de crédito em uma parcela, o comerciante pode cobrar uma taxa de 3% sobre o valor do produto, que é a taxa da maquininha. Assim, o cliente pagaria R$ 103 pelo produto; 
  • se o cliente optar por pagar no cartão de crédito em duas parcelas, o comerciante pode cobrar uma taxa de 4% sobre o valor do produto, que é a taxa da maquininha mais os juros do parcelamento. Assim, o cliente pagaria R$ 104 pelo produto, sendo R$ 52 em cada parcela. 

Nesse exemplo, o comerciante está repassando as taxas de maquininha para o cliente conforme a forma de pagamento escolhida. 

Como repassar a taxa da maquininha sem prejudicar o seu negócio? 

Para fazer o repasse da taxa da maquininha de forma legal e vantajosa, é preciso seguir algumas dicas que podem ajudar a manter o equilíbrio entre os custos e os lucros do seu negócio. 

Saiba precificar corretamente os seus produtos e serviços 

Considere os custos fixos e variáveis do seu negócio, a margem de lucro desejada, a demanda do mercado e a concorrência. Assim, você pode definir um preço justo e competitivo para o seu produto ou serviço, sem perder dinheiro ou clientes. 

Informe-se sobre o real percentual cobrado pela operadora 

Cada operadora de maquininha pode cobrar taxas diferentes conforme o tipo de cartão, o prazo de recebimento e o volume de vendas. Por isso, é importante pesquisar e comparar as opções disponíveis no mercado e escolher a que oferece as melhores condições para o seu negócio. 

Deixe claro ao cliente que a taxa está presente 

Como já mencionamos, a lei exige que o comerciante informe ao cliente sobre a diferenciação de preços conforme a forma de pagamento. 

Essa informação deve ser clara e visível ao consumidor, por meio de cartazes, placas ou outros meios de comunicação. Além de evitar problemas legais, essa prática também demonstra transparência, ética e respeito ao cliente. 

Seguindo essas dicas, você pode repassar a taxa da maquininha para o cliente sem prejudicar o seu negócio ou a sua relação com o consumidor. De quebra, é possível fazer campanhas de marketing promocionais que atraem ainda mais clientes à empresa. Você pode, neste caso, mostrar o plano de pagamento à vista e parcelado em destaque, mostrando ao cliente que é possível adquirir com pequeno valor acrescido, mas em pequenas prestações. 

Você achou este post útil? Então, não deixe de acompanhar nossa página do blog para conferir os novos posts. Entre em nossas redes sociais e nos siga. Assim, você não perde nada! Estamos no Facebook, no YouTube, no LinkedIn e no Instagram. 

Categorias
Meios de pagamentos

O que é TEF (Transferência Eletrônica de Fundos)?

Você já se perguntou como funciona o pagamento por cartão de crédito ou débito na sua loja? Como o valor da compra é registrado na maquininha? Como a operadora de cartão é comunicada da transação? Como a empresa controla as vendas e as finanças? A resposta para todas essas perguntas está em um sistema chamado TEF, que significa Transferência Eletrônica de Fundos. 

Neste artigo, você vai aprender o que é TEF, como ele funciona na prática, quais são os seus benefícios e tipos, e como implementá-lo na sua empresa. Acompanhe! 

O que é TEF? 

TEF é a sigla para Transferência Eletrônica de Fundos. É um sistema que permite que as compras por cartão de crédito ou débito sejam processadas de forma integrada ao software de registro de vendas da empresa. 

Ele também facilita a comunicação entre o estabelecimento e a operadora de cartão, graças ao uso de uma maquininha especial chamada pinpad. Ele é conectado a um computador ou a um sistema de gestão de vendas da empresa, que registra as transações e se comunica com a operadora de cartão. 

O pinpad é diferente de uma maquininha comum, pois ele não precisa digitar o valor da compra nem selecionar o tipo de pagamento. Essas informações já são enviadas pelo sistema da empresa, que integra o pinpad ao software de registro de vendas 

Como funciona? 

O fluxo de pagamento com o uso do TEF é bastante simples e prático, tanto para o cliente, quanto para o operador de caixa: 

  • o operador de caixa registra os produtos e o valor da compra no software de gestão da empresa e seleciona a forma de pagamento (débito ou crédito) e o número de parcelas; 
  • o software libera o pagamento no pinpad, que solicita ao cliente que insira o cartão e digite a senha, ou aproxime o cartão ou dispositivo NFC. Ele também pode exibir o código QR para pagamento via Pix; 
  • o pinpad envia os dados da transação para o software, que se comunica com a operadora de cartão do cliente; 
  • a operadora de cartão verifica se o cliente tem saldo ou limite suficiente e autoriza ou não a venda; 
  • o software e o pinpad recebem a confirmação da operadora e imprimem o comprovante para o cliente; 
  • o software registra as informações da venda e as concilia com as finanças e o estoque da empresa; 
  • a operadora de cartão repassa o valor da venda para a conta bancária da empresa em um prazo determinado. 

Todo esse fluxo ocorre em questão de segundos, com toda a segurança e comodidade. 

Qual a diferença entre TEF e POS? 

É comum haver confusão entre TEF e POS, já que ambos os sistemas são utilizados para realizar transações de venda e pagamento com cartão de débito ou crédito. Eles têm algumas diferenças entre si. 

Como mencionamos, o TEF (Transferência Eletrônica de Fundos) é um sistema que permite o processamento das compras por cartão de forma integrada ao software de registro de vendas da empresa. por isso, é indicado para empresas que têm um grande volume de vendas por cartão e que querem integrar as transações ao seu sistema de gestão. 

O POS (Point of Sale ou Ponto de Venda), conhecido como maquininha de cartão, é um sistema que conta com vários dispositivos eletrônicos em um único aparelho, incluindo um computador, monitor, teclado, leitor de cartão, impressora e outros componentes. 

A maquininha POS é portátil e pode ser levada de um local para o outro, de acordo com a necessidade do cliente. Por isso, é ideal para empresas que precisam de mobilidade e praticidade na hora de receber os pagamentos. Mas não é tão prática ao lidar com um alto volume de transações. 

Quais são os tipos de TEF? 

Existem diferentes tipos de TEF, que variam conforme a forma de comunicação entre a empresa e a operadora de cartão. Eles são: 

  • TEF discada: usa uma linha telefônica para fazer a ligação a cada transação. É mais lenta que as outras opções, mas funciona para pequenos e médios negócios; 
  • TEF dedicada: usa uma linha especial que permanece 24 horas conectada com as operadoras. É mais rápida que a discada, levando entre dois e cinco segundos por transação. É ideal para empresas com grande volume de vendas por cartão; 
  • TEF IP: usa uma conexão por internet através de um protocolo IP. É a mais rápida das opções, pois transmite as informações financeiras pela rede. Também é adequada para empresas com alto fluxo de vendas por cartão. 

Quais as vantagens? 

Pela própria definição, já percebemos diversos benefícios em implementar TEF no ponto de vendas, mesmo quando não há um fluxo tão intenso de transações. Veja algumas dessas vantagens: 

  • flexibiliza as formas de pagamento oferecidas aos clientes, aumentando as chances de venda; 
  • reduz os riscos de erros ou fraudes na hora de registrar o valor da compra na maquininha; 
  • melhora o controle das vendas e das finanças, porque os dados das transações são registrados automaticamente no sistema de gestão da empresa; 
  • economiza nos custos com várias maquininhas de cartão, pois o pinpad aceita diferentes bandeiras e adquirentes; 
  • agiliza o processo de venda e recebimento, pois as transações são autorizadas rapidamente pela central. 

Como implementar o TEF no seu negócio? 

Para implementar um sistema de TEF na sua empresa, você precisa instalar um software de gestão no computador e conectar um pinpad a ele. Assim, você poderá realizar as vendas por cartão e ter todas as informações registradas no software. 

A Adiq fornece soluções TEF para o seu negócio. O sistema para subadquirência e white label permite o processamento das compras por cartão de forma integrada ao software de registro de vendas da empresa. 

O TEF da Adiq é compatível com diversos sistemas de gestão e automação comercial, além de aceitar diferentes bandeiras e modalidades de pagamento. Ele também facilita a conciliação das vendas e das finanças, pois os dados das transações são registrados automaticamente no software da empresa. 

A Transferência Eletrônica de Fundos (TEF) é uma solução de pagamento que fornece muito mais segurança, praticidade e agilidade para clientes e lojistas. Que tal implementar esse sistema em seu negócio? 

Gostou do conteúdo? Então, não deixe de acompanhar nossa página do blog para conferir os novos posts. Entre em nossas redes sociais e nos siga. Assim, você não perde nada! Estamos no Facebook, no YouTube, no LinkedIn e no Instagram. 

Categorias
Meios de pagamentos

Stablecoin: o que é e qual a diferença para o bitcoin?

A stablecoin é um tipo de criptomoeda com uma diferença muito vantajosa em relação às demais: ela tem uma estabilidade muito próxima às moedas correntes, como o real. Essa baixa volatilidade gera muitas vantagens, especialmente em um mercado de criptomoedas com tantas oscilações. 

Siga com a leitura e entenda melhor como funciona essa moeda virtual. Saiba como ela pode ser usada fora do mundo das criptomoedas. 

O que é stablecoin? 

As stablecoins são uma categoria de criptomoedas que dão mais estabilidade de valor, especialmente se comparadas às demais moedas virtuais, como o Bitcoin. Esses ativos são atrelados ou lastreados a um ativo de reserva mais estável, como ouro ou dólar. 

Esse lastro significa que para cada unidade de stablecoin é preciso que a instituição que emite precisa ter o ativo real correspondente em reserva. Por exemplo, se cada stablecoin estiver cotada em US$ 1, a instituição precisa ter esse valor em dinheiro guardado. 

Esse funcionamento é muito semelhante ao padrão-ouro que funcionou até agosto de 1971, em que a emissão do papel-moeda devia ser feita com base na quantidade real de ouro no tesouro do país. 

Como acontece com qualquer outra criptomoeda, as stablecoins também são geradas em uma blockchain, que é um tipo de livro-registro virtual super seguro. 

Para que servem? 

As características das stablecoins as tornam ideais para diversas situações, como: 

  • conversão para dólar, uma vez que seu lastro é a moeda norte-americana.  
  • transferências para qualquer lugar sem precisar de bancos; 
  • pagamentos com cartões de débito ou transferência direta a fornecedores; 
  • investimento no mercado cripto com baixo risco, opção ideal para iniciantes; 
  • ponte entre as moedas do mundo real e as criptomoedas, bastando trocar suas bitcoins por uma stablecoin lastreada em dólar, por exemplo. 

Quais os tipos de stablecoin?  

Existem no mercado pelo menos quatro modelos de stablecoins que se diferenciam especialmente pelo lastro. 

Lastro em moeda fiduciária 

Vamos começar pelas mais tradicionais. As stablecoins lastreadas em moeda fiduciária seguem uma regra de 1:1, isto é, cada stablecoin criada tem uma representação de igual valor na reserva da instituição. A USDC é um exemplo em que cada unidade equivale a US$ 1. 

Lastro em criptomoedas 

São lastreadas com base no valor de outras criptomoedas. Assim, o preço é parecido com outro ativo digital. O exemplo mais conhecido é a DAI que precisa de ETH em contato inteligente para ser gerada. 

Lastro em commodities 

O lastro aqui são commodities, como ouro — o ativo mais usado nesses casos. O Pax Gold (PAXG), por exemplo, é uma stablecoin em que cada 1 onça de ouro (31 gramas) equivale a um token dessa criptomoeda. 

Stablecoins algorítmicas  

O cálculo do lastro das stablecoins algorítmicas são um pouco diferentes. Elas têm seu valor baseadas no uso de contratos inteligentes e algoritmos.  

Quais as principais stablecoins hoje? 

Existe uma infinidade de stablecoins disponíveis no mercado hoje. Mas podemos destacar os projetos de maior relevância no cenário das criptomoedas: 

  • Theter (USDT): é a primeira stablecoin lançada no mercado, em 2014, lastreada em dólar; 
  • USD Coin (USDC): foi lançada em 2018 pelo consórcio Centre formado pelas empresas Circle e Coinbase; 
  • TerraUSD: também lastreada em dólar na proporção 1:1, foi criada pelas empresas Terra e a Bittrex Global; 
  • Binance USD: foi criada em 2019; 
  • pela empresa Paxos Trust Company em parceria com a Binance; 
  • MarkerDAO (DAI): uma das principais stablecoins lastreadas em bitcoins. 

Stablecoin x criptomoedas — quais as diferenças? 

As stablecoins e as criptomoedas atuam no mesmo mercado e são geradas pela blockchain, mas apresentam diferenças muito importantes que detalharemos a seguir. 

Lastro 

Esse é um dos principais aspectos que aproxima as criptomoedas das moedas fiduciárias que usamos em nosso dia a dia. Como já explicamos, o preço das stablecoins são atreladas a um ativo que a instituição precisa ter em reserva. Assim, o mesmo valor é praticado entre investidores e comerciantes, como no mercado tradicional. 

Já as criptomoedas não se pareiam com outros ativos, embora alguns especialistas afirmem que a tecnologia utilizada pela moeda virtual funcione como um lastro.  

Essa falta de lastro é considerada por muitos como um dos principais riscos das criptomoedas, já que só existem no mundo virtual, não tendo nada para comprovar seu valor. 

Volatilidade 

As criptomoedas têm preços de mercado que oscilam muito rapidamente e com grande frequência. Por isso, trata-se de um mercado em que os investidores sabem que podem valorizar ou desvalorizar com muita facilidade, o que gera baixa confiabilidade. 

No caso das stablecoins, já que são atreladas a ativos mais estáveis, como ouro ou moedas fiduciárias, elas têm o potencial de apresentar menor volatilidade. Por isso, muito raramente você verá quedas significativas de um dia para o outro, como é comum no mundo das criptomoedas.  

Valorização 

Já que stablecoins são atreladas a ativos reais, são mais estáveis, uma característica positiva que também impede que se beneficiem com grandes saltos de valorização, como ocorre com as criptomoedas. Assim, quem investe em stablecoins sabe que terá uma moeda menos volátil e mais segura, porém, está ciente que não usufrui de grandes rendimentos.  

Centralização 

Uma das principais características das criptomoedas é sua descentralização, ou seja, não são reguladas por nenhuma instituição. Por outro lado, as stablecoins são criadas por grandes empresas, o que reduz a transparência das operações. Por outro lado, esse mecanismo garante maior segurança ao investimento. 

Comportamento frente à inflação 

As criptomoedas são vistas por muitos como ferramentas de proteção contra a inflação, exatamente pela descentralização da moeda. No entanto, como as stablecoins são atreladas a moedas fiduciárias, elas se tornam dependentes de decisões tomadas pelos bancos centrais, especialmente relativas ao controle da inflação no país. 

Elas são aceitas para pagamentos? 

A popularidade das stablecoins está apenas começando, mas sua estabilidade já está abrindo portas para que possam ser usadas no mercado de pagamentos.  

Por exemplo, em março de 2022, a Visa pronunciou sua proposta de aceitar a USDC para transações. Inclusive, o São Paulo Futebol Clube usou a USDC para a contratação de um jogador.  

O Banco Central também está planejando uma versão do real digital, que é uma espécie de stablecoin, pois é lastreada na moeda brasileira. O PicPay, uma fintech que fornece carteiras digitais, também tem propostas de implementação de uma stablecoin lastreada em reais, a BRC. 

O fenômeno stablecoin ainda é incipiente e carece de regulamentação. Mas sua dinâmica e estabilidade atrai muitos investidores e apresenta um grande potencial de se tornar uma ferramenta de pagamento para o nosso dia a dia. 

Gostou de ficar por dentro de mais esse conteúdo sobre criptomoedas. Então, continue nos acompanhando pelo nosso blog da Adiq e siga nossas redes sociais. Estamos no Facebook, no YouTube, no LinkedIn e no Instagram. 

Categorias
Meios de pagamentos

mPOS: o que é e qual a diferença entre ele e o POS?

Já pensou contar com um dispositivo móvel para receber pagamentos com cartões, prático, portátil e eficiente? Essa é a proposta do mPOS, um Ponto de Venda Móvel. Esse tipo de sistema é muito relevante, especialmente para negócios que funcionam fora de um PDV fixo. 

Esse tipo de estratégia é muito importante, uma vez que as vendas com cartões de crédito crescem significativamente a cada ano. Somente em 2021, o volume de compras nessa modalidade aumentou 33%. No total, os cartões movimentaram cerca de R$ 3,6 trilhões. 

Por esse motivo, investir em soluções inteligentes para dar maior praticidade e acessibilidade ao recebimento de pagamentos com cartões é um caminho que traz muitas vantagens ao negócio, assim como qualquer inovação tecnológica. 

Neste artigo, você vai entender melhor como funciona mPOS, suas vantagens e desvantagens em relação ao modelo mais utilizado, o POS. 

O que é mPOS? 

O sistema mPOS é a sigla para Mobile Point of Sale (Ponto de Venda Móvel, em português). É um dispositivo de captura de pagamentos presenciais que pode ser carregado para qualquer local. 

Ele aceita os mesmos dispositivos das maquininhas convencionais, como débito e crédito à vista ou parcelado. Alguns modelos também aceitam outras modalidades de pagamento, como Pix, vale refeição e vouchers. 

Como funciona? 

O mPOS é uma máquina de cartão que possuí dois tipos: as com conexão GPRS e WI-FI, essas não precisam de outro dispositivo para operar. Já o modelo D150, por exemplo, tem conexão apenas por bluetooth, necessitando de outro dispositivo móvel, podendo ser tablet ou smartphone.  

Para o modelo D150 é preciso instalar um aplicativo fornecido pelo credenciador. Com todo o cadastro concluído, basta fazer o pareamento entre a maquininha e o dispositivo móvel, que é feito por conexão bluetooth. 

Para processar um pagamento, o vendedor digita o valor da compra, seleciona a modalidade de pagamento (débito, crédito ou voucher), em seguida abre o aplicativo no dispositivo móvel e insere os dados do pagamento, como valor e número de parcelas. Após a confirmação, o aplicativo envia os dados para a maquininha. 

Então, na tela da maquininha surge a solicitação para o cliente aproximar ou inserir o cartão. Além disso, provavelmente deverá inserir a senha para autorizar a compra. Como a máquina mPOS não faz impressão, o comprovante normalmente é enviado via SMS ou por e-mail. 

Por questões de segurança, toda essa transmissão de dados e armazenamento das informações é feita com tecnologia de criptografia. 

Qual a diferença em relação ao modelo tradicional (POS)? 

Os modelos POS e mPOS são os principais modelos do mercado. Mas essas maquininhas apresentam diferenças importantes que precisam ser consideradas. 

A maquininha POS são as mais utilizadas e representam uma evolução na captura de pagamentos com cartões de crédito ou débito. Elas podem se conectar à rede por meio de uma linha telefônica cabeada, pelo wi-fi ou por rede de dados, caso conte com um chip para celular. 

A interface da maquininha POS é toda voltada para processar pagamentos.  

Já as maquininhas mPOS dependem de um dispositivo móvel para inserir as informações de pagamento, uma vez que o terminal serve apenas para a leitura do cartão e inserção de senha para autorizar a compra. 

Já que as máquinas mPOS são mais limitadas que os modelos tradicionais, será que valem a pena? Entenda melhor as vantagens e desvantagens do modelo. 

Quais os prós e contras? 

A maquininha mPOS traz muitas vantagens para o vendedor. Mas também existem limitações que precisam ser avaliadas para determinar se essa é uma opção viável para captura móvel de pagamentos. 

Os prós 

As principais vantagens incluem: 

  • mobilidade: essa é a vantagem mais destacada. São modelos de pequeno porte, fáceis de transportar. Mesmo as que necessitamem de outro dispositivo para funcionar, o smartphone já é um dispositivo que o vendedor utiliza todo o tempo; 
  • baixo custo de aquisição: por serem dispositivos simples, são mais econômicos que as maquininhas POS, tornando o recurso acessível para empresas de todos os portes; 
  • diversidade: Aceita todos os meios de pagamentos dos modelos convencionais, incluindo NFC e por aproximação; 

Os contras 

Apesar de tantas vantagens, a mPOS também apresenta desvantagens: 

  • não impressão de comprovantes: alguns clientes podem preferir receber um comprovante impresso, e essa não é uma opção para o mPOS. Os comprovantes do dispositivo são enviados via SMS ou e-mail; 
  • risco de ficar sem bateria: o mPOS, diferentemente das máquinas POS, não fica conectado à energia o tempo todo. Assim, é preciso ficar de olho no nível de bateria para não correr o risco de encontrar o dispositivo descarregado no momento da venda; 

Como escolher um bom mPOS? 

Com base em todas as características que analisamos, a empresa precisa avaliar se um mPOS vai atender as necessidades do negócio. As adquirentes fornecem dispositivos com diferentes recursos e aceitam tipos de cartão variados. 

Outros aspectos importantes incluem: 

  • bandeiras e serviços: confira as bandeiras que a maquininha aceita. Geralmente, elas aceitam as principais, mas avalie quais delas atendem sua clientela, especialmente se há marcas específicas na sua região; 
  • taxas: os juros e valores dos serviços afetam diretamente os seus lucros e a sua precificação. Por isso, faça diferentes cálculos para determinar o custo total de cada transação, levando em conta também compras parceladas; 
  • prazos e condições de recebimento: os prazos também são importantes porque impactam seu capital de giro. Leve em conta que, quanto mais rápido o dinheiro fica disponível, mais altos ficam os juros. Então, avalie os diferentes planos. 

O mPOS pode ser vantajoso em diferentes situações. É um dispositivo móvel, prático e fácil de usar. Por isso, é uma solução que empresas de pequeno e médio portes podem se beneficiar, especialmente pelo baixo custo inicial no investimento. 

Aqui na Adiq, você fica sempre por dentro das principais soluções do mercado de meios de pagamentos. Continue acompanhando os artigos do blog e nos siga em nossas redes sociais. Estamos no Facebook, no YouTube, no LinkedIn e no Instagram. 

Categorias
Meios de pagamentos

Moeda social: Já ouviu falar sobre ela?

Uma solução que existe no Brasil há mais de 20 anos, a moeda social é um projeto econômico implementado por diversos municípios brasileiros. O objetivo é fomentar a produção e o consumo local e amenizar os problemas gerados pela desigualdade social. 

Neste artigo, você vai entender melhor como funcionam essas moedas sociais, onde surgiram e qual o impacto social e econômico que elas geram nas comunidades em que elas foram implementadas. 

O que é moeda social? 

As moedas sociais são alternativas à moeda oficial, utilizadas para compra e venda de produtos por um grupo específico. Apesar de não substituírem as oficiais, elas podem ser utilizadas para complementar a original, mas se limitam apenas à comunidade para as quais foram destinadas. 

Ao utilizarem a moeda social, os consumidores são motivados a fazer compras dentro do município, movimentando o comércio local ao mesmo tempo em que gera mais empregos no município e eleva a arrecadação da cidade. 

As moedas sociais são gerenciadas por bancos comunitários, controlados por organizações da sociedade civil (OSC). Essas entidades são criadas com o objetivo de fornecer serviços financeiros solidários e gerar renda e trabalho para as comunidades locais. 

No Brasil, dois tipos de bancos comunitários se destacam: 

  • aqueles criados pela própria comunidade e que vão ganhando força com o tempo; 
  • aqueles que surgem a partir de projetos da prefeitura por meio de uma lei municipal. 

Independentemente do tipo, ambos precisam seguir as mesmas regras impostas pelo Banco Central. 

Aqui em nosso país, as moedas sociais são lastreadas em reais. Isso quer dizer que 1 unidade da moeda social equivale a 1 real. Por esse motivo, o banco social precisa ter o mesmo valor em reais do valor de moeda social em circulação. Apesar disso, a moeda social não é impressa pelo Banco Central e nem conta com a assinatura do presidente da república. 

Por esse motivo, as moedas sociais não devem ser encaradas como dinheiro de verdade, mas funcionam apenas como um acordo entre consumidores, comerciantes e o governo local. 

Como ela surgiu? 

As moedas sociais não são uma ferramenta econômica nova. Na verdade, ao longo da história, elas andam lado a lado com o sistema monetário oficial criado pelo governo. Elas foram criadas com o objetivo de dar uma resposta à desigualdade social. 

Um dos primeiros exemplos ocorreu em 1930 na Alemanha, quando um dono de uma mina de carvão decidiu fazer pagamentos aos seus funcionários com um tipo de bônus chamado “Wära”. Como a moeda oficial era de difícil acesso na época, os empregados e comerciantes aceitavam a troca. Em 1931, já eram cerca de 2 mil negócios aceitando o bônus. Então, o governo alemão interrompeu o esquema, por competir com o sistema oficial. 

Essa iniciativa também aconteceu por parte de um prefeito de uma cidade na Áustria que sofria com problemas econômicos. Foram impressos bilhetes bancários que desvalorizavam 1% por mês. O lastro se baseava em somas de depósito no banco da comunidade. Em apenas dois anos, o problema do desemprego foi totalmente sanado. Quando o caso se tornou conhecido e virou referência, o governo austríaco interferiu na moeda e interrompeu sua circulação. 

Apesar disso, essa experiência foi relatada por um professor de Yale em 1933, o que motivou muitas vilas dos Estados Unidos a também criaram moedas sociais locais. No entanto, com o governo do presidente Roosevelt, essas moedas foram deixadas de lado pela ideia de que poderiam gerar uma descentralização do poder. 

Essa discussão voltou com força na década de 80 no Canadá com o LETS (Local Exchange Trading System), no qual clubes de troca substituíram a moeda oficial. Nesse sistema, todos os membros do grupo precisam disponibilizar algum tipo de produção para gerar crédito, seja de serviços, de bens ou de conhecimento. Embora dezenas de LETS tenham sido criados entre 1983 e 1988, o conceito foi replicado em outros países ao redor do mundo. 

No Brasil, a primeira moeda social chamava-se Palmas, em 2001, no Conjunto Palmeira, que fica na periferia de Fortaleza, no Ceará. Seu início se deu com a criação do Banco Palma em 1998, destinado a conceder microcréditos para consumo e produção local, sem a necessidade de comprovar renda. 

Hoje, já existem cerca de 104 moedas sociais que circulam no Brasil. Elas são aprovadas pelo Banco Central, mas seu uso deve se limitar às comunidades em que estão inseridas e, como já mencionamos, precisam ser lastreadas em real. 

Quais as vantagens? 

A própria história das moedas sociais já atesta suas vantagens. Mas destacamos as principais delas. 

Combate à pobreza 

Um dos principais objetivos das moedas sociais é garantir que os participantes possam melhorar sua renda, promover a qualidade de vida e gerar mais desenvolvimento na região. Assim, famílias que teriam dificuldades de ter acesso a itens básicos para alimentação e saúde são beneficiadas. 

Democratização no acesso ao crédito 

As moedas sociais podem cobrar uma taxa ao comerciante, que é usada para criar um fundo de crédito. Com o montante formado, é possível conceder crédito com juros baixos ou até zerados. Esse recurso auxilia no desenvolvimento da infraestrutura local. 

Mais renda para o município 

A moeda social só é aceita na comunidade para a qual foi criada. Assim, os que recebem o recurso precisam utilizá-la dentro da região. Isso movimenta a economia local, fazendo com que os recursos circulem na região. 

Inclusão social e financeira 

A moeda social, além de servir de instrumento para receber pela venda de produtos e fornecimento de serviços na localidade, também serve como ferramenta para dar maior dignidade para famílias com pouca ou sem renda. O recurso pode ser distribuído como forma de benefício para arcar com custos de subsistência. 

A versão digital 

Com a pandemia da covid-19, as soluções digitais ficaram ainda mais relevantes, e as transações financeiras virtuais também se fortaleceram. As moedas sociais também ganharam essa funcionalidade. Em vez de movimentar as cédulas para realizar as transações, os participantes ganham um cartão com tarja magnética e fazem compras em estabelecimentos comerciais de uma rede credenciada. 

A moeda social é um instrumento importante para garantir às comunidades o direito de ter acesso a itens básicos, como alimentação e saúde. Tornou-se uma estratégia para fomentar o comércio local e auxiliar as autoridades em investimento na infraestrutura da região onde o mecanismo é implementado. 

Gostou de saber mais? Então, continue acompanhando os artigos do blog e siga nossas redes sociais. Estamos no Facebook, no YouTube, no LinkedIn e no Instagram. 

Categorias
Meios de pagamentos

PIX no mundo: Veja como essa modalidade funciona em outros países

Lançado em novembro de 2020, o PIX se popularizou rapidamente. Segundo dados do Banco Central, mais de 100 milhões de usuários já usaram o meio de pagamentos instantâneos brasileiro, e se tornou a preferência de muitos clientes de bancos e instituições financeiras. Hoje, está à frente de modalidades bem consolidadas, como DOC e TED. Mas sabia que esse tipo de transação não é exclusivo do Brasil. O pagamento instantâneo é encontrado no mundo todo, em diferentes versões. 

Neste artigo, vamos ter a oportunidade de apresentar como funciona a modalidade de pagamentos instantâneos em outros países. Conheça as peculiaridades de diferentes sistemas financeiros que se tornaram uma verdadeira inspiração para o mercado de pagamentos no Brasil. 

Como funciona o PIX em outros países? 

Dezenas de países ao redor do mundo contam com seu próprio sistema de pagamento instantâneo, sendo a Índia o país com  maior volume de transações em tempo real por dia — cerca de 48,6 bilhões de transações. 

O Brasil está em 4º lugar com 8,7 bilhões de transferências via PIX (em torno de 7% do montante total calculado). Esse valor representa 5% de todos os tipos de transferências feitas aqui no país. Veja como está a situação no exterior. 

Índia 

Sendo a campeã desse ranking, a Índia é vista como uma referência no sistema financeiro, pois usou uma boa estratégia para bancarizar milhares de indianos que não eram registrados em instituições financeiras. 

O mercado de pagamentos na Índia utiliza o Immediate Payment Service (IMPS). Ele funciona por meio de um aplicativo no smartphone que é usado para gerenciar diversas contas de bancos participantes.  

Pelo alto número desses dispositivos no país, essa foi uma saída inteligente. Assim, nem é preciso ter conta em banco, pois o número do telefone funciona como um tipo de identificação. 

Em 2016, foi lançado o UPI (Interface Unificada de Pagamentos), que teve por objetivo padronizar os QR Codes utilizados para pagamentos instantâneos. 

China 

Com um volume diário de 18,5 bilhões de pagamentos instantâneos, os chineses ocupam o segundo lugar do ranking dos países com mais transações em tempo real. 

O sistema chines é chamado de Internet Banking Payment System (IBPS), que faz transações entre bancos pela internet. Começou a operar em agosto de 2010, permitindo que os usuários façam pagamentos online com uma resposta imediata. Porém, o mercado de pagamentos está 90% dominado pelo duopólio dos aplicativos WeChat, da Tencent, e AliPay, do grupo Alibaba.  

Ao chegar em um estabelecimento comercial, dificilmente você será apresentado a alguma maquininha de cartão. Basta exibir para o atendente o código QR que é exibido em sua carteira digital. 

O WeChat era somente um aplicativo para mensagens instantâneas, como o WhatsApp. Mas se transformou em um super app com uma carteira digital para possibilitar pagamentos. Já o AliPay surge como uma carteira digital e necessita de uma conta bancária para realizar transações. 

Estados Unidos 

Os americanos contam, desde 2017, com diversas redes de pagamentos e transferências instantâneas digitais. O mais usado é o Zelle, que funciona como o PIX no Brasil. O sistema é gratuito e basta um cadastro feito pelo número do telefone ou endereço de e-mail. 

Existem muitos outros apps e instituições financeiras que fazem pagamentos instantâneos. Também há o RTP, da The Clearing Houses, criado por um conglomerado formado pelos maiores bancos e instituições financeiras da América. No entanto, há taxas adicionais. 

Há a previsão do lançamento de FedNow entre 2023 e 2024. Trata-se de uma infraestrutura de pagamentos instantânea do governo que tem a ambição de modernizar o sistema americano de pagamentos, instituindo um sistema de pagamentos eficiente e que acolha outras empresas e bancos menores. 

A previsão é que os clientes possam enviar até US$ 25.000 diários usando o serviço e mais de 10 mil instituições financeiras conectadas. 

Reino Unido 

O Reino Unido também está no top 10 entre os países que mais realizam pagamentos instantâneos. Os ingleses contam desde 2008 com o Faster Payments, com uma infraestrutura similar ao PIX que realiza em torno de 7 milhões de transações todos os dias, chegando a alcançar a marca de 5,4 bilhões de libras esterlinas. 

O sistema também é bastante simples, bastando utilizar um aplicativo no smartphone, a internet ou mesmo uma ligação telefônica. O limite para pagamentos instantâneos é de 250.000 libras, o que equivale a cerca de 1,5 milhão de reais. Apesar do alto valor, o PIX inglês não fez as taxas de fraudes aumentarem, uma vez que o país é bastante seguro. 

Austrália 

Na Austrália, há o New Payments Platform (NPP), em que os clientes de instituições financeiras podem fazer pagamentos instantâneos entre os diferentes bancos e empresas do setor. Assim como no Brasil, a transação pode ser feita 24 horas por dia, e o repasse é concluído em questão de segundos. 

Existem diferenças entre o nosso PIX e o de outros países? 

Como você percebeu, cada país tem particularidades diferentes em relação ao seu sistema de pagamentos instantâneos. O PIX no mundo, em alguns países, é marcado pela iniciativa privada, já em outras a iniciativa foi do governo como ocorre no Brasil. 

Essa diferença traz características marcantes para o nosso sistema de pagamentos instantâneos. O primeiro aspecto então é que o Brasil é bastante democrático. Uma vez que o PIX no Brasil é gerenciado e criado pelo Banco Central, órgão do Governo, existe uma padronização que permite que o PIX seja utilizado entre os diferentes meios de pagamentos e instituições do setor. 

Outra diferença interessante em relação às taxas. É verdade que o PIX no Brasil demanda custos muito menores do que os tradicionais cartões de crédito e débito. Mas para pessoas jurídicas ele não é isento de taxas em boa parte das instituições financeiras. 

Dessa forma, os custos acabam sendo embutidos nos produtos e serviços oferecidos ao público. Em muitos desses países em que o sistema de pagamentos instantâneos ocorre por QR Code, como na China, os lojistas não pagam essas taxas, o que acaba barateando ainda mais o serviço. 

A evolução  dos diferentes sistemas de pagamentos instantâneos pelo mundo, trouxe uma verdadeira revolução no mercado. Além de reduzir custos nas operações, permite que as transações sejam concluídas em tempo real, trazendo mais praticidade e segurança às operações. 

Gostou do conteúdo. Aqui no blog da Adiq você fica por dentro das principais notícias e tendências do mercado de pagamentos. Acompanhe nossas postagens também em nossas redes sociais. Estamos no Facebook, no YouTube, no LinkedIn e no Instagram. 

Categorias
Meios de pagamentos

Como funciona a captura posterior no cartão de crédito?

A captura posterior é funcionalidade muito utilizada por e-commerces e marketplaces, é uma solução estratégica para as empresas venderem o produto de acordo com seu estoque. Nesse artigo, você vai entender melhor como funciona a captura tardia no cartão de crédito e quais as outras vantagens que ela pode trazer para seu negócio. 

O que é a captura posterior em cartões de crédito? 

A captura posterior no cartão de crédito é uma operação em que a empresa consegue fazer uma consulta para descobrir se o cliente tem saldo ou limite disponível, sem a necessidade de debitar esse valor na hora. Se houver limite, o valor é reservado temporariamente, não estando mais disponível para ser usado pelo cliente. 

O débito pode ocorrer dentro de algumas horas ou dias, quando então a transação será concluída. O tempo de retenção pode variar dependendo do tipo de comerciante. Normalmente, a captura do pagamento deve ser feita em até 7 dias. Mas o prazo pode ser bem maior, dependendo da negociação comercial que o estabelecimento possui com a adquirente.  A captura posterior no cartão de crédito é diferente da transação de verificação. Este último refere-se a uma pequena cobrança feita pela loja para verificar se o cartão é válido. Ela geralmente ocorre no momento do cadastro e é comum em serviços de pagamento recorrente, como streaming de músicas e vídeos. Essa transação é estornada tão logo a validade é confirmada. No prazo combinado, porém, é feita a cobrança dos serviços propriamente dita. 

Como funciona? 

A captura posterior funciona como um pagamento comum. Quando a contratação ou compra é feita, o cliente passa o cartão de crédito. Nesse momento, é feita uma consulta por meio da própria credenciadora. Se a reserva for solicitada, o limite é imediatamente sensibilizado , mas a transação não é concluída, ou seja, nada é debitado na fatura ainda. 

Por exemplo, digamos que o cliente tenha R$ 5 mil de limite total, dos quais R$ 2 mil estão disponíveis. Se for feita uma solicitação de reserva na pré-autorização no valor de R$ 500, o cliente terá apenas R$ 1.500 disponíveis durante um tempo determinado. O débito em fatura, no entanto, poderá ser feito ou não dentro de alguns dias, conforme a solicitação do lojista. 

Esse tipo de transação tem uma aplicação em diferentes tipos de serviços e traz inúmeras vantagens importantes para o negócio. Veja só. 

Quais as vantagens? 

A captura posterior no cartão de crédito gera vantagens tanto para o lojista quanto para o cliente. Separamos alguns dos principais. 

Elimina o risco de inadimplência 

Essa é a principal vantagem. Uma vez que parte do limite do cliente já fica previamente reservado para o pagamento, não há riscos de a operação não ser aprovada ao concluir a transação. 

Reduz casos de chargebacks 

O chargeback é uma disputa em que o titular do cartão não reconhece a compra e faz uma reclamação para obter estorno ao banco emissor. Isso pode ocorrer por diversos motivos, como erros no valor cobrado, indícios de fraudes ou mesmo não recebimento do produto. 

A captura posterior do cartão funciona como uma conferência a mais para reduzir casos de fraude e permite que os lojistas efetuem transações com maior segurança, evitando essas ocorrências. 

Previne reembolsos 

A captura posterior permite que seja feito um depósito de segurança, sem necessariamente ser processado um pagamento. Assim, em vez de cobrar e depois precisar fazer um reembolso, basta solicitar a pré-autorização e, caso não seja necessária a cobrança, é só desfazer a autorização. Assim, o limite do cartão fica novamente disponível para o cliente, sem burocracias. Isso é ideal para negócios que envolvem a contratação de serviços. 

Garante o pagamento mediante confirmação de estoque 

Digamos que o cliente tenha solicitado um produto, mas ainda é necessário verificar a disponibilidade em inventário. Como o estoque ainda é incerto, é possível reservar o limite do cartão e,caso não seja possível atender o pedido do cliente, basta desfazer a autorização.  

Proporciona uma experiência de compra muito mais interessante ao consumidor 

O cancelamento da captura posterior é um processo muito mais prático do que o estorno de uma compra. Assim, caso o pedido tenha algum problema e não seja possível fazer a entrega, basta desfazer a autorização e o cliente tem o limite imediatamente disponível para outras compras.  

Essa facilidade e agilidade proporciona uma experiência muito mais interessante para o cliente, uma vez que evita a frustração de não ter fundos disponíveis no cartão caso ocorram problemas na compra e seja necessário cancelar. 

Evita pagamento de taxas no processamento de cartões 

As bandeiras de cartão no geral não cobram taxas de intercâmbio até que o pagamento seja autorizado e capturado.  No caso da captura posterior não ser realizada, a transação não se transforma em agenda, fazendo com que o valor fique pendente, aguardando uma captura para que o valor seja liquidado. 

Exemplos de negócios que utilizam a captura posterior 

Diferentes tipos de empresas podem adotar a captura posterior de cartão de crédito como estratégia no relacionamento com seus clientes, especialmente no que se refere à prestação de serviços. 

  • e-commerce: a transação é pré-autorizada até que todos os dados sejam confirmados e por fim concluída; 
  • Marketplaces  
  • Esses diferentes usos mostram que a captura posterior no cartão de crédito tem aplicações bastante amplas, em diferentes tipos de segmentos, produtos e serviços. É uma solução que fornece muito mais segurança ao negócio, além de reduzir taxas de inadimplência e chargebacks. 

Gostou da ideia? Então, continue acompanhando nosso blog e nos siga nas redes sociais. Estamos no Facebook, no YouTube, no LinkedIn e no Instagram. 

Categorias
Meios de pagamentos

Retentativa de pagamento: o que é e como funciona?

Um dos grandes motivos que fazem o consumidor desistir da compra são problemas no meio de pagamento. O cartão de crédito, preferido por 52% dos clientes, pode apresentar falhas, como recusa da operadora por limite estourado ou bloqueio no app do cartão. Se o cliente precisar inserir todos os seus dados novamente, as chances de abandono são muitas. Aí entra a retentativa de pagamento.

Esse recurso permite que cobranças não autorizadas sejam automaticamente refeitas, contribuindo para aumentar as taxas de conversão. Neste artigo você vai entender quais as vantagens da retentativa e como funciona o processo na solução de recorrência da Adiq.

O que é retentativa de pagamento? 

A retentativa de pagamento é uma nova transação feita automaticamente para recuperar uma cobrança por cartão de crédito que não foi autorizada. Assim, caso haja alguma falha no processo (como um erro de conexão com a adquirente), uma nova tentativa pode ser feita para validar a operação. Ela é muito utilizada nas transações recorrentes como a assinatura de revistas ou streaming, por exemplo.

Como funciona? 

Para entender melhor como funciona a retentativa de pagamento, é importante esclarecer como funciona o fluxo de pagamento com cartões. Para que a transação seja feita, ocorre uma comunicação entre o lojista, o credenciador, o banco que emitiu o cartão onde o cliente tem conta e as bandeiras.

Na comunicação entre esses agentes, podem ocorrer falhas, como um credenciador fora do ar ou demora na resposta do emissor. Dessa forma, com a tentativa,

No entanto, a retentativa de pagamentos só pode ser feita se o motivo da recusa for passível de uma futura aprovação. Por exemplo, se o cliente errou a senha ou digitou incorretamente os dados cadastrais, não importa quantas vezes a operação seja refeita, o erro persiste.

Por esse motivo, a Visa, por exemplo, definiu regras específicas para as tentativas. Alguns códigos de recusa foram permitidos:

  • 05 – autorização recusada;
  • 51 – insuficiência de fundos;
  • 61 – excede o limite de valor de aprovação;
  • 65 – excede o limite de frequência de retiradas.

Alguns códigos não permitem que ocorra a retentiva:

  • 14 – número de conta inválido, ou seja, conta não existe;
  • 54 – cartão já vencido;
  • 57 – transação não permitida (embora se permita a atualização automática do cartão).

Nesses casos, não faria sentido tentar novamente, pois a resposta seria a mesma. Lembre-se que todo esse processo de decidir se haverá uma retentativa e as vezes que ela ocorre é invisível para o cliente e traz muitas vantagens tanto para o consumidor quanto para a loja.

Quais as vantagens? 

Os melhores gateways de pagamentos do mercado fornecem ferramentas inteligentes para retentativa que dão resultados para as vendas da empresa e a satisfação do cliente.

Aumenta as conversões

Em vez de perder a venda em uma transação mal-sucedida, a retentativa aumenta as chances de conversão. O erro que gerou a recusa na primeira operação pode não ocorrer na segunda tentativa. Assim, uma parcela de vendas que seriam perdidas é resgatada.

Experiência positiva para os clientes

A experiência de não ter a compra autorizada ou até mesmo de precisar registrar todos os lados novamente pode ser bastante desagradável para o consumidor. Por isso, ele pode desistir e tentar comprar em outra loja.

No entanto, com a retentativa, o processo ocorre no background, fora da visão do cliente. Dessa forma, o checkout é muito mais fluido e as chances de fidelização são maiores.

Agora que você já sabe como funciona a retentativa, e que ela é, na maioria da vezes, utilizada como funcionalidade no produto de recorrência, chegou o momento de explorar um pouco mais a recorrência aqui na Adiq.

Como funciona a solução de recorrência na Adiq? Confira nossos diferenciais!

A solução de recorrência da Adiq apresenta diferenciais importantes que ajudam seu negócio na cobrança de serviços com pagamento recorrentes, reduzindo o risco de perder clientes. Você vai encontrar em nossa ferramenta:

  • funções mais flexíveis para configurar a periodicidade da cobrança do plano;
  • recurso de tokenização do cartão para que os dados do usuário possam ser armazenados com segurança e assim usados em futuras compras, sem a necessidade de o cliente inserir novamente todas as informações de pagamento;
  • maior facilidade na gestão do plano
  • integração por meio de API ao Gateway para assinatura, sem que o cliente precise estar presente, o que chamamos de cartão não presente.

Essas características da recorrência da Adiq permitem que nossos parceiros contem com diferenciais importantes. Vamos abordar algumas delas, que permitem inclusive a retentativa de pagamento. Veja só!

Cancelamento de parcela

No pagamento recorrente, as cobranças são feitas dentro da recorrência configurada e acordada com o cliente. Isso é feito até que o plano seja encerrado. Mas é possível que você queria “pular” alguma parcela como uma forma de bonificar o cliente ou em alguma promoção.

Na solução da Adiq, isso é possível. Você tem a opção de cancelar parcelas específicas nos meses subsequentes ao início da assinatura.

Função de test-drive

Uma das principais formas de atrair mais clientes e ajudá-los a conhecer seus serviços antes de prosseguir com a assinatura é fornecer um período gratuito de experimentação. Ao mesmo tempo, para evitar perder o cliente, ele pode já cadastrar o cartão de crédito logo de início, mas a cobrança será feita apenas após um período específico.

Esse período de degustação é praticado por muitas grandes empresas, como Netflix, Google e Spotify. E para tornar essa estratégia possível, a Adiq fornece essa função. Além disso, se o cliente desejar trocar o cartão, ele pode fazer isso sem que a assinatura seja interrompida.

Retentativa de cobranças

É muito comum que ocorra casos de a cobrança recorrente ser feita no cartão, mas o pagamento não ser aprovado. Isso pode acontecer por falta de limite no cartão, por exemplo.  Por isso, o motor de recorrência da Adiq fornece ferramentas para configurar até quatro retentativas de pagamento em um prazo de até 16 dias contando a partir do primeiro disparo.

A ideia é garantir que o negócio não perca essa cobrança ao mesmo tempo assegurar que o cliente tenha uma excelente experiência em sua relação com a empresa.

A retentativa de pagamento é um recurso fundamental para que o negócio não perca cobranças, o que poderia gerar retrabalhos desnecessários ao cliente. Com a solução da Adiq, você conta com todos os recursos que a sua empresa precisa para manter uma boa gestão de pagamentos recorrentes.

Gostou do post? Então, acompanhe os próximos artigos do nosso blog e siga nossas redes sociais! Estamos no Facebook, no YouTube, no LinkedIn e no Instagram.

Categorias
Meios de pagamentos

Pix Saque e Pix Troco: as novas modalidades dos pagamentos instantâneos

Poucos meses após o seu lançamento, o PIX já desbancou o TED e DOC, ultrapassando a marca de 1 bilhão de transações somente em março de 2021. Isso prova que a solução capitaneada pelo Banco Central está sendo um sucesso. No entanto, quem acredita que o PIX se resume a transferências, está enganado. O Bacen estuda diversas novidades que vão facilitar nosso dia a dia de clientes e empresas. É o caso do Pix Saque e Pix Troco.

Ao contrário das opções disponíveis até hoje, essas novas modalidades permitirão que o cliente retire dinheiro em espécie do estabelecimento, beneficiando especialmente locais em que existem poucas agências bancárias.

Quer ficar por dentro dessas novidades e entender como elas podem impactar o mercado de meios de pagamentos? Continue a leitura e saiba mais sobre o que está vindo por aí!

O que é Pix Saque?

O PIX Saque é uma retirada de dinheiro que o usuário pode fazer em qualquer estabelecimento, sem a necessidade de efetuar uma transação comercial. Assim, é semelhante a um saque convencional, no entanto, conta com a comodidade de fazer a retirada em locais mais acessíveis, próximos de casa e em qualquer horário.

Essa modalidade será vantajosa para ambas as partes. Por um lado, o comerciante tem a possibilidade de fechar o caixa no fim do dia com menos dinheiro em espécie, economizando com segurança e transporte do montante. Além disso, pode atrair mais pessoas ao seu estabelecimento por meio de um serviço financeiro útil à comunidade.

Por outro lado, o cliente é o mais beneficiado por contar com um ponto próximo para fazer o saque de seus valores depositados em contas correntes e poupança. Lembre-se ainda que muitas contas digitais não possuem agências com caixas para saques, e o PIX saque garantirá essa possibilidade aos usuários dessas fintechs.

O que é Pix Troco?

No caso do Pix Troco, existe uma transação comercial. O comprador paga um valor maior do que a compra para receber o troco em espécie. Por exemplo, o cliente compra um produto de R$ 40, paga R$ 50 via Pix e pega $10 como troco em dinheiro.

Quais as regras previstas para o funcionamento dessas funcionalidades?

Em primeiro lugar, existem alguns limites para as operações. A princípio, as transações não poderão superar R$ 500, por questões de segurança. O que não foi definido é se esse limite é mensal, diário ou semanal.

Outro ponto importante definido preliminarmente pelo Banco Central é que a gratuidade está limitada a 4 transações por mês. A partir disso, as instituições financeiras poderão cobrar taxas pelo PIX troco e PIX saque.

Os estabelecimentos comerciais não poderão cobrar quaisquer taxas sobre a operação. Também não terão a obrigatoriedade de fornecer o serviço, muito menos manter dinheiro em caixa para garantir a disponibilidade de saques.

Existe uma possibilidade sendo analisada pelo Banco Central de os comerciantes contarem com um tipo de remuneração caso forneçam o Pix Saque e o Pix Troco em seus estabelecimentos. Para participar, os comerciantes precisam firmar um contrato com a instituição financeira ou de pagamentos.

Quais são as outras modalidades de Pix que estão sendo desenvolvidas pelo Bacen?

O Pix Saque e o Pix Troco não são as únicas funcionalidades atreladas a pagamentos instantâneos que estão chegando por aí. Confira o que podemos esperar para os próximos meses, conforme o calendário divulgado pelo Banco Central!

3º trimestre de 2021 — Conta-salário Pix

Até o momento, as contas-salário podem aceitar transferências via Pix. Mas isso vai mudar. Espera-se que até o fim do ano, os empregadores já possam fazer os pagamentos de salários de seus funcionários por meio da nova modalidade.

2º trimestre de 2021 — Pix Cobrança

O Pix cobrança é uma nova função para que pessoas jurídicas possam cobrar valores com datas, como se fosse um boleto bancário. A diferença principal é que o valor é creditado na conta da empresa em até 10 segundos.

Desde o 2º trimestre de 2021, a função Pix Cobrança já está parcialmente concluída, com mecanismos de pagamento imediato e inclusão de multas, juros, acréscimos e abatimentos. No entanto, até o 2º trimestre de 2022, ainda haverá outros ajustes para adicionar mais funcionalidades.

2º trimestre de 2021 — Pix Agendado

O Pix Agenda já está ativo. O pagador ganha a funcionalidade de agendar a transferência Pix para outra data com uma das suas chaves Pix. A escolha da data fica inserida no processo convencional de pagamento.

3º trimestre de 2021 — Iniciador de pagamento

Nessa atualização, empresas com contas transacionais autorizadas pelo Banco Central podem iniciar um pagamento a pedido do usuário. Esses iniciadores de pagamento se inserem no arranjo e aumentam a competitividade do setor.

No modelo inicial, o usuário precisava copiar a chave pix do e-commerce, abrir o app do banco e fazer a transferência. Mas, com o iniciador de pagamentos, não será necessário sair da plataforma de compras, dando ainda mais praticidade ao usuário. A primeira etapa da implementação foi marcada para o dia 30 de agosto de 2021.

4º trimestre de 2021 — Mecanismo especial de devolução

Com esse recurso, as instituições de pagamento ganham um modo mais ágil de fazer a devolução de pagamentos, especialmente caso haja a suspeita de fraudes ou falhas em sistemas.

4º trimestre de 2021 — Pix por Aproximação

Os clientes vão ganhar a comodidade de fazer pagamentos via Pix por aproximação, assim como já fazem com outras ferramentas, como carteiras digitais em smartphones e cartões com chip NFC.

4º trimestre de 2021 — Pix Offline

Com o Pix Offline, o usuário não vai precisar estar conectado à internet para fazer uma transferência instantânea. Para que o recurso seja possível, o banco central estuda algumas alternativas e a mais provável é o uso de um cartão que funciona com um pré-pago com um valor carregado. Quando conectar-se novamente, o usuário transfere o saldo novamente para sua conta.

2º trimestre de 2022 — Pix Garantido

O Pix Garantido é uma funcionalidade que promete abalar o mercado de cartões de crédito. Ele vai permitir compras parceladas via Pix.

2º trimestre de 2022 — Débito Automático no Pix

Assim como acontece com os pagamentos de boletos no débito automático, o Pix virá como uma nova forma de programar o pagamento de contas direto na conta bancária, de forma automatizada.

Em pouco tempo, o Pix já revolucionou o mercado financeiro, se tornando um dos principais meios de pagamentos no país. O Pix Saque e Pix Troco já estão chegando como um avanço importante, e muito mais ainda está para chegar.

E você o que está achando dessa revolução no mercado de pagamentos? Acompanhe os próximos artigos do nosso blog e siga nossas redes sociais para não perder as novidades! Estamos no Facebook, no YouTube, no LinkedIn e no Instagram.

Categorias
Meios de pagamentos

À vista ou parcelado: como funciona para o lojista?

Qual das duas modalidades é mais vantajosa: à vista ou parcelado? Essa é uma dúvida muito comum entre vendedores e prestadores de serviço. Muitos enxergam mais vantagens nas vendas à vista, uma vez que menos taxas são cobradas. Mas, na verdade, ambas as opções apresentam pontos negativos e positivos para a empresa.

Pensando nessa questão, trouxemos neste artigo todos os detalhes que você precisa saber sobre vendas parceladas e à vista. Entenda o impacto que podem gerar para o fluxo de caixa do seu negócio!

Como é a venda à vista?

É verdade que parcelar uma compra representa uma facilidade muito maior para os clientes. Mas muitos deles preferem fazer o pagamento à vista, e mais à frente explicamos o porquê. Se for utilizado um cartão de crédito, isso significa que o valor entrará na fatura em aberto e será pago em uma única parcela. Esse pagamento também pode ser feito em dinheiro, Pix, débito ou boleto bancário.

A forma como a empresa recebe o dinheiro e as taxas cobradas variam em cada uma das opções. No crédito, mesmo sendo à vista, o lojista pode receber na hora ou em até 31 dias, dependendo do plano feito com a credenciadora ou subcredenciadora da maquininha.

Cada operadora estabelece o percentual e as taxas cobradas, mesmo em compras à vista. Por ser pago em apenas um montante, os juros são menores e não incidem taxas de parcelamento. A única normalmente cobrada aqui é a taxa por transação, também chamada de intermediação ou liberação. Ela gira em torno de 2% para débito e 5% para crédito. Assim, se o pagamento à vista for no débito, o valor recebido pelo lojista é maior.

Já as vendas no boleto podem levar de 2 a 3 dias úteis para serem compensadas, e a emissora normalmente cobra uma taxa fixa a cada boleto gerado e/ou pago, independentemente do valor. Pagamentos instantâneos via Pix para empresas também são tarifados conforme tabela criada em cada instituição, sendo que alguns isentam os empresários da taxa.

E parcelado?

As compras parceladas chamam muito a atenção dos clientes porque conseguem dividir o pagamento em frações que cabem no orçamento. São assim muito atrativas especialmente para produtos e serviços mais caros. Mas como fica para o lojista ou prestador de serviços.

O parcelamento da compra gera altos custos. Além da taxa por transação, será somado um percentual a cada parcela, que varia de acordo com a tabela da instituição financeira. Somados, os custos podem facilmente ultrapassar 20% do total da venda. Assim, de uma venda de R$ 1000, o lojista poderia receber em torno de R$ 770.

Essa taxa do cartão de crédito é normalmente repassada para o cliente. Essa prática é permitida e prevista na Lei 13.455/17, que esclarece que um mesmo produto pode ter diferentes preços conforme a forma de pagamento. Por isso, é natural que muitos lojistas apresentem um preço já com a oferta de “12x sem juros” e um desconto para o pagamento à vista.

Outras empresas repassam os custos do parcelamento para o cliente de uma forma mais explícita, de modo que, quanto maior o parcelamento, mais caro fica o valor total pago.

A forma como o lojista vai receber o dinheiro depende das regras e do plano definido com a instituição financeira que fornece a maquininha. Em muitos casos, a empresa pode receber todo o montante na hora. Já outros casos, as parcelas podem ser pagas separadamente a cada mês. Essa prática, no entanto, está se tornando menos comum à medida que entram novos players no mercado.

Quais as vantagens e desvantagens de cada modelo?

Somente por entender melhor a dinâmica do pagamento à vista ou parcelado, já deu para identificar algumas vantagens e desvantagens de cada modelo. Mas considere outros aspectos importantes!

Venda à vista

Pontos positivos

Do ponto de vista do cliente, a compra à vista reduz seu risco de endividamento, porque ele ficará menos tempo comprometido com esse pagamento. Além disso, com a eliminação do custo do parcelamento, a compra pode sair muito mais barata.

Para o lojista, oferecer descontos para a compra é uma prática muito competitiva. Pagamentos em dinheiro podem ter descontos ainda maiores, uma vez que não há a incidência de nenhum tipo de taxa. Com a venda à vista, a empresa também garante maior liquidez para seu fluxo de caixa. Isso significa que terá recursos mais imediatos para arcar com custos operacionais e fornecedores.

Pontos negativos

Ao passo que a venda parcelada permite que o consumidor tenha acesso a bens de maior valor, pagando pouco a cada mês, a venda à vista não permite essa flexibilidade. Assim, o desconto vai ser interessante para quem tem o dinheiro, mas quem não conta com o recurso fica sem opções para a compra. Para o lojista, isso reduz o número de clientes em potencial.

Além disso, receber esse capital tudo de uma vez vai exigir do empresário saber definir prioridades e organizar bem as finanças do negócio. Ele pode acabar gastando com itens desnecessários porque tem dinheiro em caixa e depois faltar para despesas essenciais.

Venda parcelada

Pontos positivos

Vender parcelado traz vantagens para você e seus clientes, sobretudo se seu negócio trabalha com produtos e serviços mais caros. Por causa da vantagem de fatiar o preço total em pequenas parcelas, o consumidor fica muito mais motivado a comprar, atraindo mais clientes à sua loja. Aliás, muitos clientes olham mais para o valor da parcela do que o montante total a ser pago.

Outro aspecto interessante é que o parcelamento também motiva as compras por impulso. Itens caros se transformam em um pequeno percentual mensal dos rendimentos do comprador, dando a impressão de que custa menos.

Pontos negativos

Apesar das inúmeras vantagens, é preciso ficar atento a alguns detalhes, especialmente no que se refere às taxas. Elas podem reduzir bastante o seu potencial de lucro. Essas taxas variam de uma instituição financeira para outra. Por isso, é preciso pesquisar o mercado e entender quais maquininhas oferecem as taxas mais atrativas.

A venda parcelada pode significar também uma liquidez menor para o seu caixa. A depender das regras da instituição, você pode receber os valores também parcelados ou somente no próximo mês. Isso exigirá uma boa organização financeira para o negócio.

Qual a melhor opção?

Analisadas as vantagens e desvantagens de cada opção, é preciso avaliar qual estratégia você vai usar em seu negócio. E são diversos aspectos que você precisa levar em conta. Por isso, não é uma pergunta com uma resposta padrão para todos os casos.

A decisão deve partir de um bom planejamento com base em dados levantados pelo departamento financeiro, considerando todos os riscos e as oportunidades geradas pelas vendas parceladas.

Além disso, é preciso considerar as necessidades e exigências do seu público. Há segmentos mais acostumados a compras parceladas, como no caso de eletrônicos e eletrodomésticos. Assim, não fornecer a oportunidade do parcelamento é perder vantagem competitiva. Também é importante avaliar o valor dos produtos e serviços, pois espera-se que altos valores sejam parcelados, facilitando a aquisição.

Com a grande competitividade no mercado de pagamentos, surgem diversas fintechs e instituições financeiras com taxas mais competitivas. E quem sai ganhando são as empresas e os consumidores. Dessa forma, fica mais fácil escolher entre à vista ou parcelado, pois oferecer as duas opções se torna um diferencial.

De qualquer modo, ao decidir entre à vista ou parcelado, lembre-se que essa decisão deve partir de um planejamento. Isso vai garantir que a estratégia seja financeiramente viável e, ao mesmo tempo, vantajosa para seus clientes.

Gostou do post? Então, acompanhe os próximos artigos do nosso blog e siga nossas redes sociais! Estamos no Facebook, no YouTube, no LinkedIn e no Instagram.