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PIX no mundo: Veja como essa modalidade funciona em outros países

O PIX no mundo tem gerado uma verdadeira revolução no mercado de pagamentos. Entenda melhor como funcionam os diferentes sistemas nos principais países que contam com a tecnologia.

Lançado em novembro de 2020, o PIX se popularizou rapidamente. Segundo dados do Banco Central, mais de 100 milhões de usuários já usaram o meio de pagamentos instantâneos brasileiro, e se tornou a preferência de muitos clientes de bancos e instituições financeiras. Hoje, está à frente de modalidades bem consolidadas, como DOC e TED. Mas sabia que esse tipo de transação não é exclusivo do Brasil. O pagamento instantâneo é encontrado no mundo todo, em diferentes versões. 

Neste artigo, vamos ter a oportunidade de apresentar como funciona a modalidade de pagamentos instantâneos em outros países. Conheça as peculiaridades de diferentes sistemas financeiros que se tornaram uma verdadeira inspiração para o mercado de pagamentos no Brasil. 

Como funciona o PIX em outros países? 

Dezenas de países ao redor do mundo contam com seu próprio sistema de pagamento instantâneo, sendo a Índia o país com  maior volume de transações em tempo real por dia — cerca de 48,6 bilhões de transações. 

O Brasil está em 4º lugar com 8,7 bilhões de transferências via PIX (em torno de 7% do montante total calculado). Esse valor representa 5% de todos os tipos de transferências feitas aqui no país. Veja como está a situação no exterior. 

Índia 

Sendo a campeã desse ranking, a Índia é vista como uma referência no sistema financeiro, pois usou uma boa estratégia para bancarizar milhares de indianos que não eram registrados em instituições financeiras. 

O mercado de pagamentos na Índia utiliza o Immediate Payment Service (IMPS). Ele funciona por meio de um aplicativo no smartphone que é usado para gerenciar diversas contas de bancos participantes.  

Pelo alto número desses dispositivos no país, essa foi uma saída inteligente. Assim, nem é preciso ter conta em banco, pois o número do telefone funciona como um tipo de identificação. 

Em 2016, foi lançado o UPI (Interface Unificada de Pagamentos), que teve por objetivo padronizar os QR Codes utilizados para pagamentos instantâneos. 

China 

Com um volume diário de 18,5 bilhões de pagamentos instantâneos, os chineses ocupam o segundo lugar do ranking dos países com mais transações em tempo real. 

O sistema chines é chamado de Internet Banking Payment System (IBPS), que faz transações entre bancos pela internet. Começou a operar em agosto de 2010, permitindo que os usuários façam pagamentos online com uma resposta imediata. Porém, o mercado de pagamentos está 90% dominado pelo duopólio dos aplicativos WeChat, da Tencent, e AliPay, do grupo Alibaba.  

Ao chegar em um estabelecimento comercial, dificilmente você será apresentado a alguma maquininha de cartão. Basta exibir para o atendente o código QR que é exibido em sua carteira digital. 

O WeChat era somente um aplicativo para mensagens instantâneas, como o WhatsApp. Mas se transformou em um super app com uma carteira digital para possibilitar pagamentos. Já o AliPay surge como uma carteira digital e necessita de uma conta bancária para realizar transações. 

Estados Unidos 

Os americanos contam, desde 2017, com diversas redes de pagamentos e transferências instantâneas digitais. O mais usado é o Zelle, que funciona como o PIX no Brasil. O sistema é gratuito e basta um cadastro feito pelo número do telefone ou endereço de e-mail. 

Existem muitos outros apps e instituições financeiras que fazem pagamentos instantâneos. Também há o RTP, da The Clearing Houses, criado por um conglomerado formado pelos maiores bancos e instituições financeiras da América. No entanto, há taxas adicionais. 

Há a previsão do lançamento de FedNow entre 2023 e 2024. Trata-se de uma infraestrutura de pagamentos instantânea do governo que tem a ambição de modernizar o sistema americano de pagamentos, instituindo um sistema de pagamentos eficiente e que acolha outras empresas e bancos menores. 

A previsão é que os clientes possam enviar até US$ 25.000 diários usando o serviço e mais de 10 mil instituições financeiras conectadas. 

Reino Unido 

O Reino Unido também está no top 10 entre os países que mais realizam pagamentos instantâneos. Os ingleses contam desde 2008 com o Faster Payments, com uma infraestrutura similar ao PIX que realiza em torno de 7 milhões de transações todos os dias, chegando a alcançar a marca de 5,4 bilhões de libras esterlinas. 

O sistema também é bastante simples, bastando utilizar um aplicativo no smartphone, a internet ou mesmo uma ligação telefônica. O limite para pagamentos instantâneos é de 250.000 libras, o que equivale a cerca de 1,5 milhão de reais. Apesar do alto valor, o PIX inglês não fez as taxas de fraudes aumentarem, uma vez que o país é bastante seguro. 

Austrália 

Na Austrália, há o New Payments Platform (NPP), em que os clientes de instituições financeiras podem fazer pagamentos instantâneos entre os diferentes bancos e empresas do setor. Assim como no Brasil, a transação pode ser feita 24 horas por dia, e o repasse é concluído em questão de segundos. 

Existem diferenças entre o nosso PIX e o de outros países? 

Como você percebeu, cada país tem particularidades diferentes em relação ao seu sistema de pagamentos instantâneos. O PIX no mundo, em alguns países, é marcado pela iniciativa privada, já em outras a iniciativa foi do governo como ocorre no Brasil. 

Essa diferença traz características marcantes para o nosso sistema de pagamentos instantâneos. O primeiro aspecto então é que o Brasil é bastante democrático. Uma vez que o PIX no Brasil é gerenciado e criado pelo Banco Central, órgão do Governo, existe uma padronização que permite que o PIX seja utilizado entre os diferentes meios de pagamentos e instituições do setor. 

Outra diferença interessante em relação às taxas. É verdade que o PIX no Brasil demanda custos muito menores do que os tradicionais cartões de crédito e débito. Mas para pessoas jurídicas ele não é isento de taxas em boa parte das instituições financeiras. 

Dessa forma, os custos acabam sendo embutidos nos produtos e serviços oferecidos ao público. Em muitos desses países em que o sistema de pagamentos instantâneos ocorre por QR Code, como na China, os lojistas não pagam essas taxas, o que acaba barateando ainda mais o serviço. 

A evolução  dos diferentes sistemas de pagamentos instantâneos pelo mundo, trouxe uma verdadeira revolução no mercado. Além de reduzir custos nas operações, permite que as transações sejam concluídas em tempo real, trazendo mais praticidade e segurança às operações. 

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