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Vendas online

O que é cross border e como ele pode alavancar o e-commerce

Ao passo que a loja física tem limites geográficos claros, o e-commerce permite que o empreendedor envie seus produtos para qualquer parte do país. Mas sabia que você pode ir além? O cross border é uma prática de negociação que dá condições de vender seus produtos para o exterior. 

Neste artigo, vamos explicar mais profundamente o que significa esse conceito e como você pode aplicar em seu negócio para ampliar seu alcance e, consequentemente, seus lucros. 

O que é cross border? 

Cross border, ou cross-border trade, é uma expressão de língua inglesa que pode ser traduzida como “comércio transfronteiriço”. Refere-se à prática comercial de ampliar as vendas para outros países, fazendo com que seus produtos cruzem a fronteira. 

Essa tendência de cross border está diretamente ligada ao setor logístico, propondo soluções de entregas que vão além das fronteiras entre países ou jurisdições. Apesar disso, quando a negociação é feita entre clientes e lojistas que usam o mesmo idioma ou a mesma moeda, nem sempre o processo é visto como um cross border. 

Esse tipo de negociação já é bastante praticado entre países como Índia, China, Estados Unidos, e o Brasil também não está fora dessa tendência. Segundo o Balanço do Setor de Meios de Pagamento de 2020, os brasileiros gastaram mais de R$ 16 bilhões com compras no exterior, já os estrangeiros deixaram por aqui mais de R$ 10 bilhões comprando em nossas lojas. 

É verdade que, ao avaliar os números, percebemos uma grande queda no período em decorrência da alta do dólar e do fechamento das fronteiras motivada pelo avanço do coronavírus. Mas, na medida em que a pandemia é controlada, esse volume de operações tende a retomar o crescimento. 

Os principais produtos comercializados no cross border são sapatos, roupas, joias e acessórios do gênero, além de produtos de beleza, saúde e componentes de hardware. Itens não tangíveis também entram na lista, como aplicativos, músicas e outros tipos de mídia. 

Qual sua importância para os negócios digitais? 

Iniciar uma estratégia de cross border pode significar um grande avanço para o negócio. Considere alguns desses impactos. 

Aumento das vendas 

Ao iniciar as vendas para o exterior, a empresa entra em um novo mercado, abrindo margem para muito mais oportunidades e ampliando seu público consumidor. Consequentemente, teremos aumento das vendas e do faturamento. 

Mais parcerias de sucesso 

Quando a empresa vende para fora, é possível acessar um novo mercado de fornecedores. Assim, fica mais fácil fazer parcerias para importar insumos para os seus produtos com preços muito mais baratos, conseguindo reduzir bastante seu custo de produção. 

A ideia é simples: você entra no mercado internacional e ganha visibilidade para encontrar novos fornecedores que apresentem condições mais vantajosas para o seu negócio. 

Menor exposição a riscos 

Todo negócio está sujeito a riscos. Mas se sua empresa vende para um público limitado de pessoas, os riscos certamente serão menores. 

Por outro lado, se o empreendimento diversifica o mercado consumidor, atingindo um campo internacional, por exemplo, o negócio não fica dependente da economia local. Assim, se o cenário econômico nacional não for favorável, é possível obter vantagens com a exportação. 

Aproveitamento de incentivos fiscais 

Existem órgãos brasileiros que incentivam a exportação por meio de vantagens tributárias, o que permite ao empreendedor ganhar competitividade com produtos nacionais. Assim, sua contabilidade fica mais simples, você paga menos tributos e até mesmo é isento de alguns impostos, como ICMS, ao comprar insumos de produtos que serão exportados. 

Como operar com cross border?  

Embora o cross border converse diretamente com a logística, para que essa estratégia se concretize, é importante haver uma convergência bem planejada entre plataformas de vendas, transportadoras, órgãos governamentais e outros agentes. Não é preciso desanimar, pois os principais aspectos que precisam ser considerados para a operação são as seguintes: 

Análise do mercado consumidor 

É preciso avaliar o comportamento de compra online do mercado para onde deseja vender a fim de descobrir se há espaço para seus produtos. Se a demanda for atendida pelo comércio local, a exportação pode não ser uma boa opção se não houver preços competitivos. 

Legislação aplicada no local de venda 

Você encontrará diferentes regras sobre os itens que você deseja vender. Por isso, é importante entender como funciona a legislação e as normas aplicáveis. Por exemplo, produtos alimentícios tem regras quanto à embalagem, as informações descritas e o armazenamento, por exemplo. 

Canais de vendas e captura de pagamento 

Há no mercado diferentes canais para efetuar pagamentos internacionais. Mas é necessário verificar qual sistema é mais bem absorvido no país consumidor. Lembre-se que é preciso aceitar aquilo que for de preferência do cliente. 

Logística 

O processo logístico precisa ser muito bem estruturado, pois esse é um dos grandes diferenciais. Nesse quesito, considere os custos, a previsibilidade e a confiabilidade das operações. 

Se você vender diretamente de uma loja virtual própria, terá duas opções: responsabilizar-se diretamente pelo envio, contratando transportadoras e Correios, ou usando empresas que farão a intermediação. A primeira opção trará mais lucros, pois retira um agente e permite isenções tributárias. 

Como expandir através do Cross Border? Confira as dicas! 

Existem vários passos que você pode tomar para expandir suas atividades por meio do cross border: 

  • selecione e pesquise os países para os quais deseja exportar; 
  • defina os melhores produtos que serão mais bem absorvidos pelo mercado; 
  • conheça os processos logísticos para vendas internacionais. Lembre-se de que esse aspecto é um dos pontos mais críticos; 
  • não se esqueça de alguns documentos importantes que serão exigidos pela alfândega, como fatura proforma, fatura comercial, Nota fiscal, Formulário AWB e Certificado de Origem; 
  • Cuide da tradução das descrições dos produtos, bem como o atendimento no idioma de destino. 

A globalização e o estreitamento dos mercados promovem a prática do cross border. Essa estratégia, sem dúvidas, traz grandes vantagens aos negócios, aumentando os lucros e abrindo mais oportunidades de crescimento para a empresa. Para dar certo, no entanto, é importante um bom planejamento e conhecimento apurado sobre o mercado onde deseja investir. E então, está preparado para essa tendência? 

Saiba ainda mais sobre Cross Border ouvindo o EP12 do AdiqCast!

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Tecnologia

Você sabe o que são os SuperApps e por que eles estão cada vez mais populares?

Em todo o mundo, o Brasil ocupa a 5ª posição de países que mais utilizam celular diariamente. Mas isso não ocorre sem motivos. Além das redes sociais, os sistemas mobile reúnem uma infinidade de aplicativos que dão muito suporte às nossas atividades diárias. São em média 70 apps para cada aparelho! Mas se você tivesse apenas um app que fizesse quase tudo? Esses são os superapps, eles se tornaram a tendência do momento! 

Neste artigo, você vai entender melhor o que são os superapps, como impactam o nosso cotidiano e o que podemos esperar desse mercado para os próximos anos! 

O que são os superapps ? 

Os superapps são aplicativos que reúnem diferentes serviços e produtos em um único lugar. Na prática, você consegue fazer pagamentos e transferências com diferentes meios de pagamento, trocar mensagens de texto, ler notícias, pedir delivery, fazer compras e até participar de cursos usando apenas um app. 

No Brasil, já temos muitos apps de bancos, por exemplo, que passaram a vender eletrodomésticos, cursos, passagens aéreas, seguros e recarga de celular, por exemplo. A grande referência no mundo, foi o WeChat, da gigante Tecent. Ele conta com mais de um bilhão de usuários chineses que o usam para inúmeras atividades, desde chamar o táxi até assistir um filme. 

Como eles funcionam? 

Esses superapps funcionam como verdadeiros hubs ou centrais de serviços. Na tela inicial, normalmente tem o acesso a diferentes abas ou funções. Ao clicar na função desejada, abre-se uma nova aba com as opções disponibilizadas pela empresa. Assim, são diferentes sistemas agregados em uma única plataforma. 

A empresa que desenvolve um superapp não necessariamente é responsável por todos os serviços que funcionam dentro da plataforma. Ela geralmente faz parcerias com outras companhias, de modo que o app funciona como um agregador. Por exemplo, uma fintech pode fechar uma parceria com uma rede do varejo e permitir que compras sejam feitas dentro do superapp. 

Quais as vantagens deles? 

Não há dúvidas que os superapps trazem muitas vantagens tanto para a empresa quanto para os usuários. Em primeiro lugar, essas plataformas encontram um cenário muito favorável, em que o número de usuários de smartphones só aumenta, e as pessoas tentam reunir nesses dispositivos a organização de quase tudo em suas vidas. 

Vivemos hoje na era mobile first, e a maior parte das empresas estão moldando seus negócios para que seus produtos caibam na palma da mão do seu público. Especialmente em um momento de pandemia, em que a mobilidade fica comprometida por conta do isolamento social, a tendência de ter serviços e produtos acessíveis por meio do smartphone ficou ainda mais forte. 

Por outro lado, o consumidor não quer ter mais dezenas de aplicativos instalados no smartphone. Além de consumir espaço de armazenamento, essa multiplicidade acaba confundindo os clientes que precisam transitar em diferentes plataformas. 

É preciso considerar também que muitos desses serviços agregados podem gerar vantagens adicionais, como descontos em compras online, cashbacks e melhores condições de pagamento. 

Do ponto de vista da empresa, temos a vantagem da fidelização de clientes, do fortalecimento da marca e da ampliação do público consumidor, uma vez que abrangerá serviços que vão além do core business do negócio. 

Os superapps no Brasil e no mundo 

Além do sucesso do WeChat na China, a tendência dos superapps se alastrou por todo o mundo. A maior parte deles se concentra na Índia e em países de alto índice de desenvolvimento na Europa, como Noruega e Suécia. 

Em virtude desses apps que reúnem diferentes sistemas, incluindo serviços financeiros, como cartão de crédito, muitas transações do dia a dia podem ser executadas sem o uso da cédula em papel ou moeda. Por isso, o termo “cashless” tem se tornado cada vez mais comum. Na China, por exemplo, o uso da cédula é cada vez mais raro, uma vez que super aplicativos como WeChat e Alibaba são amplamente utilizados. 

O Brasil segue a mesma tendência. Segundo um estudo realizado iBest, divulgado pelo Money Times, aplicativos como PicPay, Banco Inter, MagaluPay e Mercado Pago entraram nessa briga e têm ampliado o leque de serviços fornecidos por meio dos seus respectivos aplicativos. 

Será que há limites para os superapps? 

Essa revolução não vem sem desafio, e uma das maiores preocupações dos especialistas é a segurança. Afinal, cada vez mais os dados pessoais dos usuários ficam concentrados em um único sistema. Em casos de vazamentos, isso poderia representar um grande prejuízo. Assim, é preciso intensificar a segurança com estratégias mais bem elaboradas para  proteger clientes contra fraudes. 

Além disso, ao agregar tantos serviços e produtos, é preciso tomar o cuidado de investir em tecnologia para atender toda a cadeia de consumidores. Ao mesmo tempo, a empresa não pode perder o foco do negócio, pois pode assumir o risco de se tornar um superapp que tem tudo, mas não faz nada com qualidade e peca naquilo que é essencial. 

Pense também na linguagem utilizada para construir esses apps, levando em conta que são diversos times desenvolvendo e gerenciando diferentes serviços e um único app, tudo de forma simultânea. É preciso muita comunicação e integração para que o sistema funcione de forma coesa e fluida. 

Qual será o seu futuro? 

Existe sim uma forte tendência desse mercado continuar em expansão. Já vemos muitos players inserindo uma série de serviços agregados em suas plataformas, para tornar a experiência do usuário mais fluida e completa. No entanto, é muito pouco provável que se repita aqui no Ocidente o que ocorre entre os chineses. 

Enquanto vemos um verdadeiro monopólio de super aplicativos chineses que fazem praticamente tudo, dificilmente esse cenário se concretize no Brasil. A diversidade de serviços dentro dos superapps é bem menor. O que vemos são apps que agregam funções de carteiras digitais e marketplaces, ou mesmo serviços que têm certa relação com o core do negócio. 

Nessa nova tendência, percebemos claramente desenvolvedores de super apps ampliando seus modelos de negócios e avançando para atrair mais público. Por outro lado, os usuários podem tirar vantagem não apenas da competitividade, mas também de apps que entregam tudo o que precisamos em uma única plataforma. 

Será que os super aplicativos vão dar certo? Isso vamos ter que esperar para ver. Mas, enquanto isso, acompanhe os artigos do nosso blog. Você pode ser notificado das novidades em nossas redes sociais. Estamos no Facebook, no YouTube, no LinkedIn e no Instagram. 

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Meios de pagamentos

Quais são os tipos de cartão que existem?

Os cartões já fazem parte da nossa rotina de pagamentos há muitos anos. Criados na década de 1920, nos Estados Unidos, eles eram exclusivos para poucos clientes fiéis às marcas. Com o passar do tempo, ficaram cada vez mais populares e, hoje, somente no Brasil, somam mais de 124 milhões de unidades. Mas você sabia que existem diferentes tipos de cartão? 

Entender como funcionam e para que servem é importante para saber usá-los de forma adequada, além de descobrir qual é o ideal para as suas necessidades. Por isso, vamos listar neste artigo os principais tipos de cartões e suas especificidades. Continue a leitura e saiba mais! 

Conheça os diferentes tipos de cartão 

Talvez você nunca tenha parado para analisar, mas os cartões vão muito além das modalidades de crédito e débito, que são mais conhecidos. Veja só! 

Cartão de débito 

Os cartões de débito estão sempre associados a uma conta bancária, por isso, são usados para efetuar compras que descontam automaticamente em sua conta. É ele que você vai usar para acessar caixas eletrônicos e fazer saques, depósitos, transferências, pagamentos, emissão de extratos, além de muitas outras funções. 

Por esse motivo, os cartões de débito são enviados para todo aquele que abre uma conta bancária, conta corrente, poupança e conta de pagamento. 

Cartão de crédito 

É um instrumento por meio do qual uma instituição financeira permite ao cliente realizar compras ou saques na modalidade crédito. Todas as transações são listadas em uma fatura que será paga posteriormente até uma data de vencimento previamente acordada. 

Na maior parte dos casos há um limite de crédito definido pela instituição baseado no nível de confiabilidade do cliente. Por ser uma modalidade de crédito, cobram-se juros pelas transações, que podem ser assumidos pelo cliente ou pelo lojista. 

Cartão dual 

O cartão dual é um tipo de cartão que cumpre duas funções ao mesmo tempo: crédito e débito. Por isso, é também chamado de misto, ou simplesmente crédito e débito. 

A escolha de qual modalidade é feita pelo cliente no ato da compra. Ao inserir o cartão na maquininha, o operador seleciona o tipo de transação desejada. 

Cartão de débito diferido 

Embora tenha similaridades com o cartão de débito, essa alternativa é uma subcategoria do cartão de crédito. Assim, como no débito, ele está associado a uma conta bancária. Nesse serviço, o cliente ganha um limite para realizar pagamentos e saques, mas o débito não é feito na mesma hora na conta. 

Tudo é debitado posteriormente em uma data combinada. Assim como no cartão de crédito, é definido um limite ao associado. Por outro lado, não há a cobrança de juros e não é possível fazer parcelamentos. 

Cartão internacional 

A principal diferença do cartão internacional para os tradicionais é que ele permite fazer compras, pagamento e saques no exterior. Assim, ao transacionar com moedas estrangeiras, ele faz um tipo de conversão para que o pagamento seja feito na moeda nacional quando for quitar a fatura. 

Você pode ter um cartão de crédito, débito ou pré-pago que opera no formato internacional, permitindo usá-lo não apenas em viagens para fora do país, mas também em lojas virtuais estrangeiras. 

Cartão pré-pago 

O cartão pré-pago funciona da mesma maneira que o cartão de débito. Só que não é preciso ter uma conta bancária, basta depositar o dinheiro no cartão de forma antecipada. Assim, no ato da compra, seleciona-se a modalidade crédito, e o valor será debitado do pagamento que já foi feito. 

Cartão corporativo 

Este funciona como um cartão de crédito, mas é vinculado a uma empresa. Na prática, a companhia fornece o cartão para o funcionário fazer compras ligadas às operações do negócio. 

Cartão de loja, de fidelização ou co-branded 

O cartão de loja geralmente é também um cartão de crédito fornecido pelo comércio como uma forma de fidelizar seus clientes por meio de benefícios especiais nas compras, como descontos e cashbacks. 

Quando não há a função de crédito, eles permitem apenas comprar produtos da loja, apresentando, porém, as mesmas estratégias para fidelização. 

Saiba como escolher a melhor opção para você 

Agora que você conheceu as particularidades de cada tipo de cartão, fica mais fácil descobrir como escolher qual o ideal para você. Afinal, tudo vai depender da sua necessidade e perfil de compra. 

Além disso, não deixe de considerar as taxas de juros aplicadas e possíveis vantagens. Algumas modalidades, por exemplo, isentam o cliente de taxas e ainda dão descontos — muitas fintechs estão trabalhando em cima dessa estratégia. E lembre-se que você pode possuir diferentes tipos de cartões, usando cada um no momento e da forma que for mais benéfica para o seu bolso! 

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Meios de pagamentos

Taxa de intercâmbio e MDR: você sabe o que significam?

Em 2020, o volume de transações feitas com cartão de crédito, débito e pré-pago somou mais de R$ 2 trilhões no Brasil. Motivadas pelas condições geradas pela pandemia, as transações nesse meio de pagamento cresceram 8,2%. Uma vez que a maior parte das operações no comércio é feita com cartões, é importante entender as taxas que interferem no custo, como a taxa de intercâmbio e o MDR. Você sabe como elas funcionam? 

Neste artigo, você vai entender melhor como funcionam essas taxas, como são cobradas e o que elas representam para o lojista. 

O que é a taxa MDR? 

MDR, sigla para Merchant Discount Rate, é uma taxa que as empresas pagam para as credenciadoras em troca do fornecimento do serviço de pagamento via cartão de crédito e débito, em loja física ou no e-commerce. Assim, sobre toda transação incide uma cobrança de MDR, normalmente um valor percentual em cima da compra. 

Esse valor financia todos os custos da operação, remunerando os agentes do arranjo de pagamento, como o banco emissor, a bandeira do cartão e a própria adquirente, ou seja, a credenciadora. Por exemplo, se o MDR for de 5%, a cada R$ 100 de compra, R$ 5 fica com a credenciadora, que forneceu a maquininha (isso se o MDR for a única taxa cobrada pela operação). 

Uma vez que o MDR compõe custos que serão direcionados para diferentes agentes, outras taxas vão interferir no valor do Merchant Discount Rate: 

  • Taxa da bandeira do cartão: é cobrada pela bandeira para que a credenciadora utilize suas redes, como Visa e Mastercard; 
  • Taxa de processamento: cobrada pela credenciadora de pagamentos para processar as operações; 
  • Taxa de intercâmbio: cobrada pelo banco onde o cliente emitiu o cartão. 

Vamos entender melhor como funciona essa taxa de intercâmbio. 

Qual é a taxa de intercâmbio? 

Entre as taxas cobradas que constituem o MDR, a taxa de intercâmbio é a que mais pesa nessa conta. Taxas de câmbio são reguladas pelas bandeiras e pagas aos bancos. Na verdade, ao repassar o valor à credenciadora, o banco já debita essa taxa. 

Por muito tempo, não se sabia ao certo como a taxa de câmbio era calculada, de modo que grandes empresas conseguiam taxas bastante vantajosas, enquanto pequenos empreendedores arcavam com um alto custo. No entanto, esse cenário mudou. 

Há hoje uma padronização na taxa de intercâmbio com regras mais claras e limites que evitam cobranças abusivas. Essa taxa oscila conforme o Merchant Category Code (MCC) das empresas. O MCC é um código que cada atividade recebe. Assim, quando uma credenciadora registra um estabelecimento para operar com cartões, o lojista é também cadastrado na bandeira com diferentes informações, incluindo o MCC. 

O MCC é mais alto para atividades que representam maior risco. Mas o valor da taxa de intercâmbio varia não somente conforme o MCC, mas também de acordo com cada bandeira, pois cada uma delas têm uma tabela. 

Essa escolha, porém, não é arbitrária. As tabelas e seus respectivos MCCs são regulados pela Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços em conjunto com as bandeiras. Isso traz maior equilíbrio e transparência ao mercado de pagamentos. 

Como a taxa MDR e a taxa de intercâmbio afetam seu negócio? 

Temos no Brasil uma das taxas MDR mais onerosas do mundo, em média, 3% e 5%, no débito e crédito, respectivamente. Uma das razões é a robusta estrutura do arranjo de pagamentos, que envolve diversos agentes, para que tudo funcione com segurança e agilidade, reduzindo as fraudes. 

É verdade que a guerra das maquininhas, ou seja, a ampla concorrência no setor nos últimos anos, contribui para democratizar o acesso ao pagamento por cartões, fazendo com que muitos pequenos empreendedores também contem com essa ferramenta em seus estabelecimentos. Outra consequência foi a prática de taxas mais atraentes para os lojistas. 

Mas ainda temos muito o que avançar. As taxas cobradas acabam sendo repassadas para os clientes, pois os preços dos produtos são diretamente afetados. Outro caminho é o empreendedor absorver esses custos, reduzindo a margem de lucro. 

Esperamos que você tenha entendido o que são a taxa de intercâmbio e o MDR, e que tenha ficado claro como isso impacta seu negócio. Conhecer a fundo esses processos no mercado de pagamento certamente vai ajudar você a tomar as melhores decisões para o seu empreendimento! 

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Financeiro

Conta digital, conta pagamento e conta corrente: é tudo a mesma coisa?

Nos últimos anos, presenciamos uma verdadeira explosão de empresas com forte base tecnológica que trabalham no setor financeiro — as chamadas fintechs. Com isso, termos como conta digital e conta de pagamento se tornaram muito comuns. Muitos clientes, no entanto, não entendem bem o conceito por trás dessas soluções e o que elas têm a ver com a já conhecida conta corrente. 

Para ajudar você a esclarecer essa confusão e o que está incluído nesses serviços, preparamos um post completo sobre o assunto. Entenda também casos em que cada um deles são indicados. 

O que é uma conta corrente? 

Uma conta corrente, também conhecida pela sigla CC, é uma conta bancária que fornece ao cliente diferentes soluções para depositar dinheiro e fazer movimentações financeiras. 

Conforme o pacote de serviços contratado, ela pode ser gratuita ou exigir uma tarifa de manutenção. Ao contrário da conta poupança, na conta corrente o cliente tem maior liberdade para fazer movimentações financeiras, como saques e transferências. Mas dependendo da franquia, essas operações podem ser gratuitamente ilimitadas ou pagas a partir de um número de movimentações. 

Para abrir uma conta corrente, é necessário apresentar documentos pessoais, como identificação com foto e CPF — o que pode variar de banco para banco. Além disso, dependendo da instituição, pode ser necessário se dirigir até uma agência para fazer a abertura da conta. 

Em todas as contas correntes, o usuário terá acesso a um internet banking, no qual poderá fazer a maior parte das movimentações contratadas, como emitir extratos e comprovantes, visualizar movimentações bancárias, fazer pagamentos e transferências. 

O cliente também terá à disposição redes bancárias próprias ou da rede Banco24Horas para fazer saques e depósitos. Também receberá um cartão de débito para fazer compras e pagamentos. Se desejar, conforme o plano escolhido, também tem acesso a cheques para fazer pagamentos. 

Uma característica específica da conta corrente é que ela não foi projetada para armazenar dinheiro. Ou seja, se seus recursos ficam parados ali, eles não rendem. Em outras palavras, o banco fica com seu dinheiro e usa para suas operações, mas não vai pagar juros a você. Afinal, por ser uma conta corrente, você não dá precisa de garantia que vai manter o dinheiro parado ali. 

O que é uma conta de pagamento? 

A conta de pagamento é uma conta gerenciada por meio de plataforma criada por uma empresa que presta serviços financeiros. Assim, não é necessário ser um banco para fornecer uma conta de pagamentos para seus clientes.  

Em uma conta de pagamento, o cliente tem recursos muito semelhantes a uma conta corrente. Poderá, obviamente, fazer pagamentos de boletos e contas de consumo, fazer transferências, entre outras operações. O cliente também pode receber um cartão de crédito e débito, caso a empresa forneça.  

A maior parte das contas de pagamento são gratuitas, livres de tarifas, além de oferecer rendimentos. Ou seja, o dinheiro parado já rende, já que as empresas aplicam os recursos em títulos públicos, por exemplo. E não é preciso duvidar da segurança dessas instituições porque, assim como os bancos, elas são reguladas pelo Banco Central. 

As contas de pagamento são bastante práticas, e a abertura não tem burocracia. Em muitos casos, basta fazer um cadastro simples, embora mais informações possam ser solicitadas posteriormente caso o usuário queira ter acesso a serviços adicionais. 

E quanto à conta digital? 

As contas correntes e contas de pagamentos também podem ser contas digitais. Como assim? Acontece que as contas digitais são aquelas que são abertas e gerenciadas pela internet. Elas se tornaram muito comuns por meio das fintechs. 

Anos atrás, o processo de abertura de uma conta bancária era muito burocrático — e ainda é em algumas instituições físicas. O cliente precisava ir até uma agência bancária, levar diversos documentos, ler e assinar contratos enormes etc. Até hoje, as contas correntes tradicionais exigem que o cliente vá até alguma agência para resolver problemas em sua conta. 

As contas digitais trouxeram muitas vantagens aos usuários. Todo o processo de abertura ocorre online, por um aplicativo — inclusive o envio de documentos. A maior parte delas exige que você tire uma selfie segurando o documento de identificação. Em outras, é necessário até fazer um breve vídeo, mas tudo isso são procedimentos de segurança para validar a identidade do usuário. 

Depois de aberta, a conta digital pode ser gerenciada pelo aplicativo e, em muitas instituições, pelo internet banking. Tudo pode ser resolvido no próprio app, por e-mail ou pelo telefone, dando muito mais praticidade aos clientes. Essa revolução vai fazer com que uma geração inteira nunca precise enfrentar uma fila de banco. 

Mas se a conta é digital, como é possível fazer depósitos e saques? Bem, os procedimentos e as tarifas variam. Alguns dos bancos físicos fornecem contas digitais, de modo que é possível usar seus terminais e agências para fazer saques e depósitos. Bancos digitais também permitem fazer operações no Banco24Horas. 

Já as instituições que fornecem contas de pagamento que não fazem parte da rede bancária podem cobrar uma tarifa para fazer saques nestes terminais. Os depósitos podem ser feitos via boleto bancário ou transferências por TED e PIX, o que garante a gratuidade da operação.  

Qual delas é a melhor para mim? 

Agora que você entendeu melhor a diferença entre cada uma dessas modalidades, é preciso avaliar quais as suas necessidades e assim descobrir qual a melhor opção para você.  

A recomendação de muitos especialistas é que você tenha pelo menos uma conta bancária em uma instituição física. Dessa forma, você garante a vantagem de contar com terminais físicos para saque, sem cobranças adicionais. Já as contas de pagamento, você pode ter quantas quiser, afinal, a maior parte delas é gratuita. Além disso, ter uma conta digital hoje é essencial para economizar nas suas movimentações bancárias. 

E você? Quais dessas modalidades de conta você já tem? Qual sua preferência? Conta corrente, conta digital ou conta de pagamento? Independentemente da sua preferência, saiba que essa livre escolha está gerando um mercado financeiro mais competitivo e muito vantajoso para todos os usuários. 

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