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Conciliação de cartão: como fazer?

Nos últimos anos, a tecnologia tem se mostrado uma grande aliada das empresas no gerenciamento de suas operações financeiras, incluindo o controle e a conciliação de pagamentos realizados com cartões de crédito. 

A conciliação de cartão de crédito é um processo importante e necessário para as empresas que recebem pagamentos dessa modalidade. Ela permite a verificação de todas as transações realizadas e a confirmação de que os valores estão corretos e foram devidamente depositados em conta. 

Apesar de muitas empresas ainda realizarem a conciliação de cartão manualmente, o processo pode ser simplificado e automatizado com o uso de ferramentas e sistemas específicos. Essa iniciativa traz uma série de benefícios, como a redução de erros, a economia de tempo e a facilidade na geração de relatórios. 

Neste artigo, vamos abordar os conceitos básicos da conciliação de cartão como ela funciona, suas vantagens e como realizá-la de forma eficiente em sua empresa. Acompanhe! 

O que é a conciliação de cartão? 

A conciliação de cartão de crédito é o processo de confrontar e ajustar as informações das vendas realizadas por meio de cartões de crédito e débito com os valores efetivamente recebidos. Essa atividade ajuda a evitar erros na transmissão das informações entre a adquirente, responsável por processar e liquidar as transações, e a conta bancária da empresa. 

Com a conciliação de cartão de crédito e débito, é possível verificar se as taxas cobradas pelas adquirentes estão corretas, se as vendas foram registradas adequadamente e se os valores estão sendo depositados corretamente em sua conta bancária, lembrando que as taxas variam conforme a forma de pagamento, crédito, débito, parcelado, parcelado com juros, entre outras. 

Como funciona a conciliação de cartão de crédito e débito? 

A conciliação de cartão começa com a obtenção de dados das adquirentes e sua integração com o sistema financeiro da empresa. Esse processo é geralmente feito por meio de ferramentas especializadas que conectam as informações das vendas e as taxas de processamento. 

A partir da integração dos dados, é possível comparar as informações da adquirente com as informações financeiras da empresa. Dessa forma, é possível identificar se houve alguma inconsistência ou divergência entre os valores das vendas e os valores recebidos pela empresa. 

Na prática, esse processo envolve três etapas: a conciliação de vendas, a conciliação de pagamentos e a conciliação bancária: 

  • A conciliação de vendas consiste em conferir se as transações realizadas com cartão estão registradas nos seus sistemas ou planilhas. 
  • A conciliação de pagamentos consiste em acompanhar se cada venda é um recebível e tem que ser pago. 
  • A conciliação bancária consiste em comparar o saldo da sua conta com os repasses da credenciadora. 

Quais as vantagens da conciliação de cartão? 

Existem diversas vantagens em realizar a conciliação de cartão de crédito e débito em sua empresa. A seguir, apresentamos as principais! 

Redução de erros 

A conciliação de cartão de crédito e débito ajuda a reduzir erros no registro de vendas e no repasse dos valores. Dessa forma, a empresa evita problemas como o desvio de valores e a falta de transparência nas informações financeiras. 

Redução de custos 

Ao realizar a conciliação de cartão de crédito, a empresa consegue verificar se as taxas cobradas pelas adquirentes estão corretas, evitando cobranças indevidas e, consequentemente, reduzindo custos. 

Controle financeiro 

Com a conciliação de cartão de crédito, a empresa consegue manter um controle financeiro mais preciso, o que ajuda a tomar decisões mais acertadas e a reduzir os riscos de problemas financeiros. 

Redução de chargebacks 

Ao identificar rapidamente as transações não autorizadas ou as disputas de clientes, a empresa pode reduzir o número de chargebacks, ou seja, de estornos realizados pelos bancos em caso de contestação pelo cliente. 

Essas vantagens demonstram a importância da conciliação de cartão de crédito e débito para a gestão financeira e o sucesso de uma empresa. 

Como fazer a conciliação de cartão? 

Para realizar a conciliação de cartão de crédito e débito, é necessário seguir alguns passos básicos. A seguir, apresentamos um passo a passo para fazer a conciliação em sua empresa. 

Passo 1: Reúna os dados 

O primeiro passo para realizar a conciliação de cartão de crédito e débito é reunir todos os dados necessários. Isso inclui extratos bancários, comprovantes de vendas e relatórios de transações feitas com cartão. 

Passo 2: Compare as informações 

Com os dados reunidos, é necessário compará-los. Para isso, você deve verificar se todas as transações de vendas realizadas com cartões de crédito e débito foram registradas nos extratos bancários. 

Além disso, não deixe de checar se os valores informados pela credenciadora de cartão de crédito correspondem às vendas efetivamente realizadas. 

Passo 3: Identifique as divergências 

Ao comparar as informações, é comum identificar divergências. Isso pode ocorrer, por exemplo, quando uma venda realizada com cartão de crédito não é registrada no extrato bancário. Nesse caso, é preciso identificar a causa da divergência e corrigi-la. 

Passo 4: Faça a conciliação 

Com as divergências identificadas, é preciso fazer a conciliação. Isso significa ajustar os valores nas contas da empresa e da adquirente de cartão de crédito, de forma que eles fiquem iguais. 

Passo 5: Analise os resultados 

Após realizar a conciliação, é importante analisar os resultados. Isso permitirá identificar problemas recorrentes e corrigi-los, evitando futuras divergências. 

Além disso, é importante lembrar que a responsabilidade de fazer a conciliação de cartão de crédito é do gestor financeiro da empresa, que deve conferir se os valores das vendas com cartão estão sendo repassados corretamente pelas credenciadoras. 

Essa conferência deve ser feita preferencialmente em base diária para evitar acúmulo de informações e garantir a precisão dos dados. No entanto, esse processo pode ser facilitado com o uso de softwares contábeis que automatizam a conciliação e evitam erros e fraudes. 

Existem diversos softwares especializados que podem auxiliar na conciliação de cartão de crédito e débito, tornando o processo mais ágil e seguro. Por isso, é importante pesquisar as opções disponíveis no mercado e escolher a melhor solução para as necessidades de sua empresa. 

A conciliação de cartão de crédito e débito é uma tarefa fundamental para garantir a transparência e a exatidão das transações financeiras de sua empresa. Ao seguir o passo a passo que apresentamos neste conteúdo, você pode realizar o processo deforma eficiente, garantindo a precisão das informações e a integridade dos dados. 

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Saiba como precificar o seu produto corretamente

Definir corretamente a margem de lucro é fundamental para o sucesso de um negócio. Um preço muito alto pode afastar os consumidores, enquanto um preço muito baixo pode prejudicar a rentabilidade. Por isso, é importante entender como precificar um produto de forma estratégica e competitiva, considerando diversos fatores. 

Neste artigo, vamos explorar exemplos de precificação e apresentar dicas para evitar erros comuns que podem prejudicar a saúde financeira do seu negócio. Continue a leitura para saber mais! 

Qual a importância da precificação? 

A precificação é um dos principais fatores que afetam o sucesso de um negócio. Se o preço do produto ou serviço estiver muito alto, os clientes podem procurar alternativas mais acessíveis no mercado. Por outro lado, se o preço estiver muito baixo, pode afetar negativamente a lucratividade da empresa. 

Nem sempre é fácil encontrar um equilíbrio entre os custos envolvidos na produção e as expectativas do público-alvo em relação ao valor do produto. Afinal, uma precificação bem-sucedida deve considerar diversos fatores, como o mercado, a concorrência, o valor percebido pelo cliente, o público-alvo, entre outros. 

Dessa forma, uma estratégia de precificação eficaz pode aumentar as chances de sucesso do negócio e garantir sua sustentabilidade a longo prazo; ou simplesmente levar ao caos. 

Como precificar um produto e definir a margem de lucro ideal? 

A precificação é um processo crucial para qualquer negócio, uma vez que é o fator que determina o valor a ser cobrado pelo produto e o impacto nas vendas e no lucro da empresa. Para precificar um produto corretamente e definir a margem de lucro ideal, é necessário considerar alguns componentes, como: 

  • custo de produção; 
  • impostos; 
  • despesas fixas e variáveis; 
  • preços praticados pela concorrência; 
  • valor percebido pelo cliente; 
  • objetivo de mercado. 

Dito isso, vamos aos cálculos dessa precificação! 

Calcule os custos 

O primeiro passo é calcular todos os custos envolvidos na produção, como matéria-prima, mão de obra e demais despesas fixas e variáveis. Em seguida, é preciso considerar os impostos e as despesas administrativas e de marketing, que também afetam o preço final. 

Aqui você pode separar as despesas fixas das variáveis. As despesas fixas são aquelas que não dependem do volume de vendas ou produção, como aluguel, salários e impostos. As despesas variáveis são aquelas que variam conforme o volume de vendas ou produção, como matéria-prima, comissões, taxa da maquininha de cartão e frete. 

Para calcular as despesas fixas e variáveis, você deve seguir alguns passos: 

  1. acompanhe os seus gastos dentro de um mês; 
  1. registre-os numa ferramenta de controle de gastos (bloco de notas, planilha ou sistema de gestão); 
  1. classifique eles em fixos e variáveis; 
  1. some separadamente o total de cada tipo de despesa. 

Você também pode calcular o percentual que as despesas fixas representam das vendas usando a seguinte fórmula: 

  • Percentual de despesas fixas = Total anual de despesas fixas ÷ Total anual de vendas x 100 

Suponha que sua empresa tenha um faturamento anual de R$ 500.000,00, um total de despesas fixas de R$ 150.000,00 e de despesas variáveis de R$ 100.000. 

Primeiro calcule o percentual que essas despesas fixas e variáveis representam em seu faturamento: 

  • Percentual de despesas fixas = Total anual de despesas fixas ÷ Total anual de vendas x 100 
  • Percentual de despesas fixas = 150.000 ÷ 500.000 x 100 
  • Percentual de despesas fixas = 0,3 x 100 
  • Percentual de despesas fixas = 30% 

Isso significa que a cada R$ 100,00 que sua empresa vende, R$ 30,00 são usados para pagar as despesas fixas. O mesmo cálculo pode ser usado para as despesas variáveis. 

Aplique o cálculo 

O cálculo de precificação consiste em adicionar um percentual de lucro sobre o custo total do produto ou serviço. O preço de venda deve ser igual ao custo do produto somado às despesas variáveis e fixas, adicionando uma margem de lucro desejada. 

Por exemplo, se você comprou um produto por R$ 50,00 e tem despesas fixas de 30%, variáveis de 20% e quer ter uma margem de lucro de 40%, você pode usar a seguinte fórmula: 

  • Preço de venda = (Custo do produto + Despesas fixas + Despesas variáveis) / (1 – Margem de lucro) 

Substituindo os valores: 

  • (50 + 0,3 x 50 + 0,2 x 50) / (1 – 0,4) 
  • (50 + 15 + 10) / (0,6) 
  • (75) / (0,6) 
  • 125 

Portanto, o preço de venda do seu produto é R$ 125,33. Esse seria o preço que você deveria cobrar pelo seu produto para cobrir seus custos e obter o lucro esperado. Existem outros métodos de precificação que você pode usar dependendo do seu tipo de negócio e da sua estratégia. 

Analise o mercado 

O segundo passo é analisar o mercado e a concorrência, buscando entender o posicionamento dos concorrentes, os preços praticados e as estratégias utilizadas. Compare se o seu preço está em conformidade com o que o mercado pratica. 

Preço baixo ou preço alto? Entenda a importância da estratégia de precificação 

A estratégia de precificação pode ser determinante para o sucesso de um negócio. Embora muitos acreditem que o preço baixo é o caminho para conquistar mais clientes, a realidade é que a precificação deve estar alinhada com a estratégia do negócio e as expectativas do público-alvo. 

O preço baixo pode gerar maior volume de vendas, mas se não estiver acompanhado de uma margem de lucro adequada, pode não ser sustentável a longo prazo. Por outro lado, o preço alto pode passar a imagem de qualidade e exclusividade, mas pode afastar clientes que buscam por preços mais acessíveis. 

Por isso, é importante conhecer o perfil do seu público-alvo, monitorar a concorrência, avaliar os custos e despesas do negócio, e definir uma estratégia de precificação que esteja alinhada com os objetivos da empresa. 

Erros comuns na precificação: como evitar armadilhas que podem prejudicar a rentabilidade do seu negócio? 

Uma precificação incorreta pode ser um grande problema para a rentabilidade de um negócio. Erros como definir preços muito baixos, não considerar corretamente os custos e despesas, ou simplesmente acompanhar a concorrência sem uma estratégia clara podem prejudicar a saúde financeira de uma empresa. 

Para evitar armadilhas na precificação, é fundamental ter um bom planejamento financeiro e uma análise cuidadosa dos custos e despesas envolvidos. Além disso, esteja sempre atento à concorrência e às tendências do mercado, e realizar testes e experimentações para encontrar a estratégia de preço ideal para o seu negócio. 

A precificação de um produto é uma tarefa essencial para o sucesso de um negócio, já que determina o valor que o consumidor está disposto a pagar e, consequentemente, a rentabilidade do empreendimento. Com um planejamento bem-feito, é possível agregar valor ao produto, fidelizar clientes e conquistar novos mercados. 

Agora que você sabe como precificar um produto, continue acompanhando o nosso blog para mais conteúdos relevantes para o seu negócio. E não se esqueça de nos seguir nas redes sociais para ficar por dentro das novidades do mercado. Estamos no Facebook, no YouTube, no LinkedIn e no Instagram.

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Relatório de vendas: saiba o que é e como fazer?

Já ouviu a frase: “Dados são o novo petróleo”? Sim, é verdade. Essa expressão foi criada por Clive Humby, um matemático especializado em ciência de dados e reflete bem a necessidade de as empresas cada vez mais precisarem estar preparadas para analisar seus dados e tomar decisões assertivas. Nesse sentido, os relatórios de vendas se tornam uma ferramenta importante para medir o desempenho das equipes de vendas e do próprio negócio. 

Apesar da relevância desse instrumento, muitas empresas ainda encontram dificuldades em elaborar um relatório de vendas eficiente e completo. Por isso, neste artigo, vamos abordar os principais pontos que devem ser considerados na elaboração de um relatório de vendas e como essa ferramenta pode ser utilizada para impulsionar os resultados da sua empresa. 

O que é um relatório de vendas? 

O relatório de vendas é um documento que apresenta informações sobre o desempenho das vendas em um determinado período, seja ele diário, semanal, mensal ou anual. 

Ele permite que os gestores tenham uma visão ampla sobre o negócio, identificando quais são os produtos mais vendidos, quais são os clientes mais rentáveis, quais são as áreas de atuação com maior potencial de crescimento, entre outras informações. 

Para que serve? 

O relatório de vendas é uma ferramenta fundamental para o monitoramento e análise do desempenho de vendas de uma empresa. Ele serve para apresentar uma visão geral das vendas realizadas em um determinado período, permitindo que gestores e equipes de vendas acompanhem o progresso e identifiquem oportunidades de melhoria. 

O principal objetivo de um relatório de vendas é fornecer informações que permitam a tomada de decisão embasada em dados concretos, não apenas em suposições ou intuições. 

A partir dos dados coletados, é possível identificar tendências de mercado, prever demandas futuras, avaliar o desempenho dos vendedores, compreender melhor o comportamento dos clientes, dentre outras informações que podem ser úteis para o planejamento estratégico da empresa. 

Além disso, esse documento se torna fundamental para a comunicação entre equipes e gestores, pois permite que todos estejam alinhados com as metas e objetivos da empresa, além de fornecer informações para a elaboração de estratégias de vendas mais eficientes. 

Quais os tipos de relatórios de vendas? 

Existem diferentes tipos de relatórios de vendas, dependendo do objetivo e dos indicadores que você quer acompanhar. Por exemplo, você pode fazer um relatório: 

  • de conversão; 
  • de funil de vendas; 
  • de previsão de vendas; 
  • de upsell e cross sell. 

A título de exemplo, um relatório de funil de vendas pode conter as seguintes informações: 

  • número e valor das oportunidades criadas em um período; 
  • número e valor das oportunidades em cada estágio do funil; 
  • taxa de conversão entre os estágios do funil; 
  • tempo médio de permanência em cada estágio do funil; 
  • número e valor das oportunidades ganhas e perdidas em um período. 

Quais as vantagens em fazer um relatório de vendas? 

Fazer um relatório de vendas traz diversas vantagens para a empresa, permitindo que ela tenha uma visão mais clara do seu desempenho comercial. Mas esse documento pode trazer muito mais. Listamos aqui alguns dos ganhos que consideramos mais relevantes. 

Identificar tendências 

Ao analisar os dados de vendas ao longo do tempo, é possível identificar tendências e padrões que ajudam a compreender o comportamento do mercado e do público-alvo. 

Tomar decisões estratégicas 

Com base nos dados coletados, a empresa pode tomar decisões estratégicas para melhorar seu desempenho, como definir metas, ajustar preços, investir em marketing, entre outras ações. 

Acompanhar o desempenho da equipe de vendas 

O relatório de vendas permite monitorar o desempenho da equipe comercial, identificar os vendedores mais produtivos e identificar oportunidades de melhorias na gestão de vendas. 

Melhorar a eficiência operacional 

O relatório de vendas pode ajudar a identificar gargalos e problemas na operação comercial, permitindo que a empresa adote medidas para otimizar seus processos. 

Avaliar o retorno sobre investimento: com o relatório de vendas, é possível avaliar o retorno sobre os investimentos realizados em marketing, publicidade e outros esforços de venda, permitindo que a empresa ajuste suas estratégias e invista em ações mais efetivas. 

Percebeu essa é uma ferramenta essencial para a gestão comercial de uma empresa? Com ele, você poderá tomar decisões mais informadas e estratégicas para melhorar seu desempenho e alcançar seus objetivos de negócio. 

Mas, então, fica a dúvida: como fazer o relatório de vendas? É sobre isso que falaremos agora! 

Conhecer quais são as formas de pagamento mais usadas 

Além de acompanhar os itens mais vendidos, margens e equipe, saber quais as formas de pagamento mais utilizadas é muito importante tanto para gerenciar o fluxo de caixa como para melhorar a composição de preço dos produtos e realizar ações promocionais. 

Como fazer um relatório de vendas? 

Para fazer um relatório de vendas efetivo, é importante seguir alguns passos importantes. Construímos a seguir um passo a passo simples para elaborar o documento de forma simples! 

Defina os objetivos do relatório 

Antes de começar, é importante definir qual o tipo de relatório, qual é o objetivo do relatório, qual o período que será analisado e quais serão as métricas utilizadas. 

Colete os dados 

Para elaborar o relatório, é necessário coletar os dados das vendas realizadas no período escolhido. Esses dados podem ser coletados em planilhas ou softwares de gestão. 

Lembre-se de que a qualidade dos dados coletados e a precisão das informações são fundamentais para a confiabilidade do seu relatório de vendas. 

Analise as informações 

Com os dados coletados, é hora de analisar as informações e identificar os pontos positivos e negativos do período. É importante fazer uma análise crítica e objetiva dos resultados. 

Apresente os resultados 

Com a análise feita, é hora de apresentar os resultados de forma clara e objetiva. Utilize gráficos e tabelas para facilitar a visualização das informações.  Eles podem ser feitos em uma planilha, em um software dedicado ou em um CRM. 

Defina planos de ação 

Por fim, é importante definir planos de ação para melhorar os resultados nas áreas que apresentaram desempenho abaixo do esperado. 

Um relatório de vendas é uma ferramenta essencial para o sucesso de qualquer negócio. Ele permite que você monitore o desempenho das suas vendas, identifique oportunidades de melhoria e tome decisões estratégicas baseadas em dados concretos. 

Com um pouco de dedicação e atenção aos detalhes, você poderá obter um relatório de vendas completo e confiável que ajudará a impulsionar os resultados da sua empresa. 

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Saiba os principais erros de quem inicia um empreendimento

Empreendedor é aquele capaz de gerenciar e realizar seus próprios projetos e negócios, concretizado ideias que façam seu empreendimento ter visibilidade e gerar lucros. Essa descoberta de ter um negócio próprio sem a necessidade de um vínculo empregatício está cada vez mais em alta. Mas diversos erros do empreendedor iniciante podem impedir seu crescimento e resultar no fracasso do negócio. 

É verdade que alguns erros são inevitáveis, especialmente para quem está iniciando seu primeiro empreendimento. Mas com as informações certas e o planejamento adequado, é possível evitar muitos erros básicos que podem gerar transtornos nessa fase crucial da nova empresa. 

Neste artigo, reunimos os 10 erros mais comuns relatados pela maior parte dos empreendedores. Entenda como evitá-los para aumentar as chances de sucesso do seu empreendimento. 

  1. Querer lucro rápido

Um dos principais objetivos do empreendedor iniciante é concretizar uma ideia que dê lucros. É verdade que o faturamento é essencial para a sobrevivência de qualquer negócio, mas esperar um lucro rápido não é realista. 

Um empreendimento sólido pode demorar muitos meses — e em alguns casos até anos — para gerar um lucro satisfatório. Isso ocorre por diversos motivos. Afinal, você está entrando agora no jogo e o público ainda não conhece seu produto ou serviço. 

É essencial que o empreendedor inicie seu negócio mirando o longo prazo. Isso vai aliviar aquela ansiedade de achar que o empreendimento precisa impactar o mercado logo de início. 

  1. Desconhecer seu mercado de atuação

Por melhor que seja sua ideia, boa parte do sucesso do seu empreendimento depende das condições do mercado. E quando falamos em mercado, referimo-nos à concorrência, ao público consumidor, à sazonalidade, aos fornecedores e a muitos outros fatores externos que interferem no seu negócio. 

Um dos grandes erros do empreendedor é iniciar o negócio sem antes fazer uma pesquisa sobre como está seu setor de atuação e as tendências para o futuro. É importante dominar a sua área, conhecendo o que a concorrência está fazendo e de que modo você vai se posicionar no mercado.  

Dentro desse contexto, defina também qual será seu diferencial. Em um campo em que há muitos concorrentes, você não pode fazer mais do mesmo. Sem um diferencial competitivo, sua marca nem é percebida pelo público. 

  1. Não definir um propósito para o seu negócio

O propósito de um negócio determina de que maneira ele contribui para a sociedade. Quando você entende como sua ideia pode gerar soluções para o problema que as pessoas têm, seu empreendimento passa a ter um valor social — e isso pode ser seu diferencial competitivo. 

Muitos empreendedores, porém, não têm bem claro em seu projeto qual o propósito do negócio. Mas essa definição será essencial para criar uma proximidade com o público e ganhar valor aos olhos dele. 

  1. Misturar as finanças pessoais das finanças do negócio é um dos principais erros do empreendedor

Essa é uma falha de quase todo empreendedor. Em muitos casos, a conta pessoal se torna a conta do negócio, e as entradas e saídas da empresa se misturam com os boletos da casa e da família. 

Esse erro gera uma confusão muito grande na gestão financeira da empresa. Fica muito difícil analisar a real situação do negócio. Por isso, um dos primeiros passos ao abrir um empreendimento é abrir uma conta jurídica dedicada às receitas e despesas. 

  1. Superestimar os lucros do negócio

Como vimos no início, um dos erros do empreendedor iniciante é esperar lucros rápidos. Mas também é um equívoco esperar que eles venham em grande volume. Esse erro pode ocorrer por diversos motivos. 

Em muitos casos, o empreendedor não sabe fazer o cálculo correto dos custos de produção para precificar corretamente seus produtos na prateleira. Então, a margem de lucro não condiz com a realidade. 

Para determinar os lucros de forma realista, é preciso levar em conta todos os custos do negócio. Isso inclui matéria-prima, fornecedores, despesas fixas, mão de obra e muitos outros. 

  1. Atuar na informalidade

Uma empresa só é oficialmente reconhecida após a formalização do negócio por meio do CNPJ. É por meio desse registro que você poderá abrir uma conta bancária jurídica, conquistar crédito para o crescimento do negócio, emitir notas fiscais, entre muitas outras vantagens. 

Além disso, a informalidade pode gerar multas por parte da Receita Federal. Sem falar que não será possível contratar funcionários e, em alguns casos, ganhar vantagens em compras maiores com fornecedores. Lembre-se também que um negócio legalizado gera mais confiança no público. 

  1. Ignorar a importância da contabilidade

A abertura e funcionamento de uma empresa envolve muitas burocracias com as quais a maior parte dos empreendedores não estão aptos — ou dispostos — a lidar. Assim como no caso da informalidade, quando o negócio deixa de pagar alguns impostos ou seguir algumas normas específicas do setor, ele pode ficar sujeito a multas e sanções judiciais. 

Por isso, ignorar o trabalho da contabilidade é um erro que você não pode cometer. Isso muitas vezes envolve a contratação de um contador. Esse é um custo que vale muito a pena, especialmente no longo prazo. 

  1. Não controlar o fluxo de caixa

O fluxo de caixa é um documento em que se registram todas as entradas e saídas de dinheiro do negócio. É por meio dele que você determinará como está a saúde financeira do seu negócio. Assim, fica mais fácil saber se há recursos ou se a empresa está no vermelho. 

A falta desse controle pode fazer o empreendedor gastar mais do que tem em caixa, gerando dívidas e até a falência do negócio. Infelizmente, esse é um erro que muitos novos empresários cometem, comprometendo o capital de giro da empresa, o que pode ser fatal para a sobrevivência do empreendimento. 

  1. Escolher mal os sócios

A falta de entendimento entre os sócios também pode resultar no fim do empreendimento. Esse problema pode ocorrer até mesmo com pessoas próximas, como amigos e familiares, que têm uma boa relação afetiva, mas na hora dos negócios, entram em conflito com opiniões e objetivos divergentes. 

Por isso, o ideal é analisar muito bem o perfil das pessoas com que você vai fechar uma sociedade, já que essa é uma relação de longo prazo. Tenha certeza de que os valores e os objetivos estão alinhados. 

  1. Não investir em marketing

Por mais inovadora que seja sua ideia, ela não vai se vender sozinha. As estratégias de marketing podem gerar valor e aumentar a visibilidade da sua marca. No entanto, um dos grandes erros do empreendedor iniciante é pensar que o marketing não é necessário. 

Então, não ignore a necessidade de investir na divulgação. Faça um bom planejamento levando em conta o público que deseja alcançar e os canais necessários para isso. O marketing digital é uma ferramenta muito eficiente para alcançar essas pessoas de forma eficiente e rápida. 

Nenhum negócio quando inicia está fadado ao fracasso ou ao sucesso. Muito depende do planejamento inicial realizado, da competência e do comprometimento ao longo da execução do projeto. Mas, ao evitar esses principais erros do empreendedor, as chances de sua ideia dar certo serão muito maiores! 

O que achou das dicas? Se quiser continuar informado, acompanhe o blog da Adiq e siga as nossas redes sociais no Facebook, no YouTube, no LinkedIn e no Instagram. 

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Ticket médio: saiba como aumentar ele na sua empresa

Aumentar as vendas é um objetivo constante para empresas de diversos segmentos. Uma das estratégias para alcançar isso é incentivar os clientes a comprar mais. Em outras palavras, aumentar o ticket médio. Mas o que isso significa? 

Neste artigo, você vai entender o que é ticket médio, como deve ser calculado e o que fazer para aumentar esse índice. Continue a leitura e saiba mais! 

O que é ticket médio?  

O ticket médio é um indicador que revela o valor médio que cada cliente gasta na sua empresa. Por meio dessa métrica, a empresa consegue analisar o comportamento dos consumidores. Na prática, quanto maior o ticket médio, maior a quantia gasta. 

Como calcular?  

O cálculo do ticket médio é simples. Você terá apenas que somar o total do valor faturado em um período específico e dividir pela quantidade de vendas no mesmo período. Esse cálculo pode ser segmentado por canais de vendas, departamento, segmento, canal específico, categoria, entre outros. 

Veja um exemplo prático para entender melhor. Considere uma empresa que vende em dois bairros distintos. No bairro 1, os valores foram os seguintes: 

  • 800 vendas; 
  • R$ 350 mil em faturamento; 
  • ticket médio = R$ 350 mil / 800 = R$ 437,50. 

Isso significa, que cada cliente dessa loja gastou em média R$ 437,50. Já no bairro 2, os resultados foram os seguintes: 

  • 1500 vendas; 
  • R$ 600 mil em faturamento; 
  • ticket médio = R$ 600 mil / 1500 = R$ 400. 

Apesar de ter um faturamento maior e apresentar mais vendas, o ticket médio foi menor no bairro 2 do que no bairro 1. Esse mesmo tipo de cálculo pode ser feito por produtos específicos, por vendedores, categorias etc. Mas em que esses resultados podem ser de ajuda para a empresa? Entenda essa importância. 

Por que o ticket médio é importante?  

O cálculo do ticket médio pode gerar muitos insights importantes para a empresa. Por meio dele, é possível identificar: 

  • o comportamento do consumidor, gerando informações importantes sobre possíveis promoções, precificação e outras ações; 
  • a eficácia de algum investimento em ações promocionais. Ao comparar o ticket médio de diferentes períodos, é possível determinar se a campanha conseguiu elevar o valor médio de compra dos clientes; 
  • prioridades de investimentos; 
  • oportunidades para ações estratégicas em áreas ou regiões específicas. 

Com as informações geradas pelo cálculo do ticket médio, as possibilidades de estratégias são muitas. Mas, ao detectar que o ticket médio está aquém do desejado, o que pode ser feito para elevar o índice? Veja algumas dicas. 

Como aumentar? 

Aumentar o ticket médio significa aumentar o faturamento. Por isso, é tão importante ter esse objetivo. Lembre-se que esse incremento representa quanto, em média, os clientes gastam com produtos e serviços de sua empresa. Por isso, as estratégias de aumento do ticket médio baseiam-se na ideia de fazer cada cliente gastar mais. Saiba como! 

Diversifique e facilite os meios de pagamento 

Se o pagamento for facilitado, é mais provável que o cliente gaste mais. E uma das principais formas de dar esse incentivo é por diversificar os meios de pagamento. Somente em 2021, as compras com cartões cresceram 33%. O cartão de crédito puxou esse avanço com 36,6% de aumento.  

Isso significa que, se você fornecer a opção do crédito e facilitar com boas condições de pagamento, o cliente terá condições de fazer compras de maior valor, aumentando o ticket médio por consequência. 

Com as informações de métodos de pagamento e parcelamento realizados em sua empresa, você também pode fazer campanhas que envolvam este tema, como por exemplo pedidos acima de R$600 com parcelamento em até 6x, caso você ainda não oferte essa opção. 

Monte kits e combos de produtos 

Uma boa prática é agrupar produtos relacionados para formar combos com preços mais atraentes. Assim, em vez de levar um único item, o cliente se sente motivado a comprar outros produtos para aproveitar a promoção. 

Um exemplo clássico disso são os kits com xampu, condicionador e hidratante capilar. Dessa forma, o cliente compra o combo com preço menor do que se fosse comprar cada um separadamente. 

Adote técnicas de cross selling e up selling 

Essas suas estratégias têm um grande potencial de aumentar o faturamento por incentivar o cliente a comprar mais durante a venda. O cross selling (venda cruzada) é a prática de oferecer um serviço ou produto complementar ao que o cliente está comprando. A loja pode oferecer um fone de ouvido para um consumidor que comprou um smartphone, por exemplo. 

Já no up selling, a ideia é fazer um upgrade no produto comprado por um valor a mais. É o caso de um serviço de assinatura que aumenta os recursos para pagar um plano mais caro. Ou então oferecer um dispositivo mais potente por um valor a mais.  

Crie benefícios para clientes que compram acima de um valor específico 

Uma dica que funciona bastante para aumentar o ticket médio é dar vantagens em compras acima de um limite mínimo. Por exemplo, no e-commerce é muito comum oferecer fretes grátis para clientes que pagam mais. Assim, o consumidor fica tentado a adicionar itens no carrinho para usufruir do benefício. 

Outros benefícios podem incluir: 

  • descontos progressivos; 
  • brindes; 
  • vantagens em próximas compras. 

Fortaleça sua marca no mercado 

Um dos fatores que podem determinar o valor que os clientes estão dispostos a gastar no seu negócio é a credibilidade da sua empresa no mercado. Muitos consumidores não se arriscam a fazer compras altas com empresas que não conhecem bem ou sobre as quais não há boas indicações. 

Nesse quesito, o ideal é investir em uma marca forte no mercado. O segredo está não somente na qualidade dos produtos e serviços fornecidos, mas também na comunicação da empresa com o público.  

Divulgue os feedbacks dados pelos clientes, invista em um atendimento de qualidade e em uma experiência de compra encantadora, e conquiste selos de confiança próprios do seu segmento. Com a credibilidade em alta, os clientes se sentirão mais confiantes para gastar mais. 

Use os resultados do cálculo do ticket médio 

Como já mencionado, o cálculo do ticket médio também pode ser usado para avaliar o sucesso de uma campanha de marketing. Assim, com a avaliação certa, é possível fazer ajustes com base nos resultados já obtidos. Avalie o que já deu certo e o que precisa ser aprimorado para as próximas campanhas. 

O ticket médio é uma métrica importante que gera informações valiosas para as estratégias do negócio. Além disso, investir em estratégias para aumentar esse valor pode representar um grande incremento no faturamento da empresa. 

Neste artigo, você aprendeu mais sobre ticket médio. Que tal ficar por dentro de outros temas para a gestão do seu negócio? Continue acompanhando o blog da Adiq e nos siga nas redes sociais para saber mais. Estamos no Facebook, no YouTube, no LinkedIn e no Instagram. 

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Capital de giro: o que é e qual a sua importância?

Quando falamos em gestão financeira e crescimento do negócio, é natural que o conceito sobre capital de giro surja na discussão. Afinal, essa reserva é fundamental para a segurança financeira de qualquer empresa, e precisa ser calculada e gerenciada de forma adequada. 

Apesar da grande relevância do tema, muitas empresas ainda não têm esse valor bem resolvido na gestão financeira do negócio. E não é raro faltar recursos para as operações do empreendimento. 

Pensando nisso, resolvemos detalhar o assunto. Neste post, você vai entender melhor o que é capital de giro, qual a sua importância e como ele deve ser calculado de forma simples e prática. 

O que é capital de giro? 

Capital de giro é o montante de dinheiro que sua empresa tem prontamente disponível para arcar com os custos da empresa. Essas despesas estão ligadas às operações do negócio, como contas de consumo, pagamento de fornecedores, folha de pagamentos de funcionários, manutenção de equipamentos, entre outros. 

Essa reserva deve existir independentemente dos lucros do negócio. Normalmente, a maior parte desse dinheiro fica altamente disponível no caixa da empresa. No entanto, ele também pode ficar alocado em investimentos (preferencialmente de alta liquidez), em contas a receber e no estoque. 

O capital de giro garante que a empresa tenha condições financeiras de continuar funcionando, ou seja, que ele “gire”, como sugere o próprio nome. 

Assim, podemos entender o capital de giro basicamente como o ativo circulante, ou seja, a soma de todos os recursos da empresa (bens e direitos) que compõem sua reserva financeira e que podem ser convertidos rapidamente em dinheiro para cobrir seus custos — saldo em conta bancária, investimentos de alta liquidez, estoque, caixa etc. 

Quais são os tipos de capital de giro? 

O conceito de capital de giro pode ser desdobrado em alguns tipos principais.  

Capital de giro líquido 

O capital de giro líquido se refere ao total do ativo circulante disponível para a empresa, após terem sido deduzidas todas as despesas (o passivo circulante). 

Capital de giro bruto 

O capital de giro bruto conta com toda a reserva financeira que a empresa tem disponível sem subtrair o passivo circulante, ou seja, sem contar as despesas.  

Assim, soma-se todo o dinheiro presente no caixa, em contas bancárias, em aplicações financeiras, contas a receber etc. Existe também o ativo não circulante, que se refere a bens e direitos que não podem ser convertidos em dinheiros tão rapidamente, como equipamentos e imóveis. 

Capital de giro positivo ou negativo 

Nesse tipo de abordagem, considera-se a relação entre as despesas e a reserva: 

  • positivo: a reserva é suficiente para cobrir as despesas; 
  • negativo: as despesas são maiores que o montante reservado em caixa, o que representa um grave risco financeiro para o negócio. 

Capital de giro permanente 

O capital de giro permanente se refere a um volume mínimo de ativo circulante que o negócio deve ter para que suas operações funcionem de modo estável. Cada empresa terá seu próprio valor definido, pois os custos e as receitas variam de um negócio para outro. 

Capital de giro variável 

Diferentemente do capital de giro permanente, este tipo pode oscilar de acordo com o que a empresa está precisando no momento. Pode ser que durante algumas fases, a empresa necessite reservar um capital maior especialmente se tiver alguns investimentos, ampliações ou projetos específicos. 

Capital de giro ligado a investimentos 

Além de despesas convencionais, esse tipo de capital de giro considera os investimentos programados no período. Por exemplo, pode ser necessário fazer uma ampliação ou comprar maquinário — esses gastos são considerados como passivo circulante. 

Como calcular? 

Calcular o capital de giro é bastante simples. Mas ter essa clareza é fundamental para facilitar a sua gestão financeira. O cálculo pode ser dividido em três etapas principais. 

  1. Some todo seu ativo circulante

O ativo circulante do seu negócio são aqueles valores que estão mais rapidamente disponíveis, como dinheiro em caixa, na conta bancária, no estoque e nas contas a receber. Então, some todos eles.  

Veja um exemplo prático: 

  • nas contas bancárias: R$ 43 mil; 
  • no estoque: R$ 150 mil; 
  • no caixa: R$ 10 mil; 
  • em contas a receber: R$ 80 mil. 

Nesse caso, o ativo circulante é igual a R$ 283 mil. Então, vamos para o segundo passo. 

  1. Calcule o passivo circulante

Agora são todas as despesas do negócio. Some todas elas. Vamos continuar com um exemplo: 

  • folha de pagamentos: R$ 15 mil; 
  • contas de consumo (internet, água, energia etc.): R$ 8 mil; 
  • fornecedores: R$ 120 mil; 
  • aluguel: R$ 5 mil. 

Com esses valores, a soma chega a R$ 148 mil de ativo circulante em obrigações que precisam ser pagas ao longo do período. 

  1. Aplique a fórmula

Para conhecer seu capital de giro líquido, basta aplicar a seguinte fórmula básica: 

  • capital de giro = ativo circulante – passivo circulante. 

Usando os exemplos citados, fica fácil entender o cálculo: 

  • capital de giro = R$ 283 mil – R$ 148 mil; 
  • capital de giro = R$ 135 mil. 

Então, neste caso, a reserva financeira que o negócio terá para manter seu funcionamento é de R$ 135 mil. 

Mas qual o valor ideal? O recomendado é que o capital de giro represente de 20% a 100% do valor de todas as despesas. 

Qual a importância do capital de giro para o sucesso de um negócio? 

O capital de giro é um indicador importante que informa a saúde financeira do seu negócio. Se essa reserva for inexistente, mesmo conseguindo pagar todas as despesas, seu negócio fica sob risco caso ocorram situações de crise ou surjam oportunidades de investimentos. 

Ter um capital de giro muito elevado também não é  uma boa ideia. Isso pode acontecer quando o estoque está muito alto porque os produtos não estão saindo. Então, é necessário encontrar o equilíbrio certo. 

Como gerenciar o capital de giro? Confira algumas dicas! 

Separamos algumas dicas que vão ser úteis para você gerenciar seu capital de giro. Veja só! 

Mantenha um bom registro e acompanhe 

Após calcular seu capital de giro atual, mantenha sempre tudo registrado e cuide para preservar esse montante. Afinal, de um mês para o outro, as receitas e despesas podem variar. Então, é necessário avaliar as necessidades. 

Gerencie com cuidado as contas 

Controlar as datas de pagamento e recebimento pode ser bastante complicado.  Então, tente conciliar esses períodos, organizando os pagamentos em datas próximas às datas de recebimento. 

Fique de olho na inadimplência 

Todo seu controle não será eficiente se seus clientes não pagarem nas datas previstas. A inadimplência é a grande inimiga do seu capital de giro. Então, não deixe de organizar seus processos de cobrança. 

O capital de giro é uma reserva indispensável para seu negócio. Ele pode contribuir para o crescimento da empresa. Mas precisa ser bem gerenciado e acompanhado de perto. 

Gostou das dicas? Então, continue acompanhando o blog e siga as redes sociais da Adiq. Estamos no Facebook, no YouTube, no LinkedIn e no Instagram. 

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Financeiro

O que é embedded finance?

As empresas estão cada vez mais atentas às necessidades de seus clientes. O avanço das novas tecnologias está permitindo que os negócios consigam embarcar soluções inovadoras em seus serviços e produtos. É o que ocorre com o embedded finance. 

Empresas do mercado financeiro têm desenvolvido sistemas que permitem a diferentes negócios fornecerem produtos e serviços financeiros, mesmo que não sejam desse setor. Essa possibilidade abre muitas oportunidades para as empresas ampliarem sua atuação no mercado e fortalecerem sua marca. 

Quer entender melhor esse conceito Continue a leitura e saiba mais! 

O que é embedded finance? 

Embedded finance (que em tradução livre significa “finanças embutidas”) é a inserção de serviços financeiros embarcados em produtos de empresas que não pertencem a esse setor. Com isso, negócios de diferentes segmentos podem atuar como se fosse um “banco” ou outro tipo de instituição financeira. 

A vantagem dessa alternativa é que a empresa já tem uma cartela de clientes formada e conhece as dores e necessidades deles. Dessa forma, ela pode oferecer um serviço financeiro personalizado, melhorando a experiência de consumo do seu público e aumentando as chances de sucesso da estratégia. 

A variedade de serviços é realmente grande. Entre as soluções que podem ser fornecidas pela empresa, estão: 

  • diferentes tipos de cartões, como de crédito, de débito e pré-pago; 
  • contas e carteiras digitais; 
  • pagamento de contas; 
  • empréstimos; 
  • Pix e outras modalidades de transferências. 

Mas como uma empresa que não é uma instituição financeira pode fornecer serviços do gênero? Isso é possível graças às plataformas de Banking as a Service (BaaS) e serviços de produtos White Label. Então, toda a infraestrutura de serviços já está preparada, bastando utilizar APIs (que são instruções de programação) para conectar a empresa com a plataforma. 

Assim, os processos da empresa ficam interligados ao desenvolvedor dos serviços, fazendo com que a marca possa integrar seus produtos às soluções financeiras entregues ao público. 

Quais as características do embedded finance? 

A principal característica do embedded finance é a possibilidade de as empresas integrarem serviços financeiros aos seu portfólio. As ofertas abrangem não somente as soluções mais tradicionais, mas também outros de maior risco, como seguros. 

Considere um exemplo prático que apresenta as características típicas desse tipo de serviço. Uma rede de supermercado pode aproveitar uma oportunidade quando percebe que a maior parte de seus clientes paga suas contas no cartão de crédito.  

O varejista pode estreitar o relacionamento com seu público por fornecer um cartão de crédito próprio que dê descontos ou acumule pontos em compras feitas no estabelecimento. Além de ser vantajoso para o s clientes, há uma clara oportunidade de trazer para o mercado de crédito usuários que talvez não tenham acesso às instituições convencionais. 

Então, a rede de supermercados terá sua marca impressa em cartões de crédito de seus clientes. Agregado a isso, os usuários também poderão ter acesso a uma carteira conta digital para fazer depósitos, transferências e pagamentos. Tudo isso através de parcerias com uma Instituição de Pagamento ou Instituição Financeira, reguladas pelo BaAnco Central. 

E as oportunidades disponíveis nesse modelo? 

Analisando as características do embedded finance, podemos destacar muitas oportunidades ou soluções de negócios para as empresas que contratam o serviço. Como já mencionamos, os serviços financeiros vão muito além de cartão de crédito e contas digitais.  Conheça algumas modalidades. 

Embedded payments 

Os pagamentos embutidos são direcionados ao e-commerce. É uma forma de facilitar o processo de pagamentos do cliente. Todos os dados do usuário já ficam cadastrados (como nome, endereço, cartão de crédito) e, para realizar o pagamento, bastam poucos cliques. 

A grande vantagem desse sistema é facilitar o checkout e, com isso, retirar uma barreira que poderia fazer o cliente desistir da compra. 

Embedded card payment 

Nessa solução, o cliente pode integrar seu cartão de débito à plataforma de pagamento digital, que são as chamadas carteiras digitais.  Assim, ao fazer compras, em vez de levar seu cartão físico, ele usa a carteira digital, seja no navegador de internet do computador, seja em um aplicativo no celular. 

Embedded lending 

Este se refere ao serviço de empréstimos integrados à compra. De forma prática, no momento do pagamento, o cliente pode pedir uma quantia de empréstimo. Assim, o usuário não precisa ter conta em bancos ou relacionamento com instituições financeiras. 

Embedded investments 

Essa é uma forma muito prática do cliente fazer investimentos por meio da sua marca. Dessa forma, o processo fica descomplicado. Um serviço interessante é dar a possibilidade de o cliente deixar um pequeno valor como investimento toda vez que fizer uma compra. 

Embedded insurance 

O termo insurance está relacionado a serviços de seguros. Essa oferta também pode ser oferecida no momento da compra, não somente para itens de maior valor, como carros e motos, mas também para eletrônicos, por exemplo. 

Embedded banking 

Neste modelo de embedded finance, a empresa pode criar sua própria marca de banco digital aos seus parceiros. Assim, ele não precisará buscar outras instituições e você ainda ganha uma nova fonte de renda para o negócio, por meio da cobrança de tarifas. 

Quais as vantagens? 

As vantagens do embedded finance são muitas — para clientes e para a empresa. Por meio dela, o negócio consegue: 

  • ampliar sua força de mercado em novo segmento; 
  • aproveitar sua própria cartela de clientes; 
  • estreitar o relacionamento com seu público; 
  • aumentar a fidelização dos clientes por meio de serviços que são úteis para eles; 
  • criar uma nova fonte de receita, sem deixar de dar foco ao seu core business; 
  • atrair um novo público desbancarizado que poderá ter acesso a serviços financeiros sem burocracia; 
  • diversificar serviços e produtos; 
  • ter acesso a mais dados que podem ser usados para otimizar a experiência do cliente e criar produtos que atendam às demandas do público. 

O embedded finance é mais uma revolução trazida pelas fintechs. Além disso, as evoluções promovidas pelo Banco Central, como o Pix e o Open Banking permitem que cada vez mais serviços sejam criados para facilitar o dia a dia das pessoas e abrir novas oportunidades de negócios para as empresas. 

Gostou de saber mais sobre o embedded finance? Então, continue acompanhando o blog e siga as redes sociais da Adiq. Assim, você não perde nada! Estamos no Facebook, no YouTube, no LinkedIn e no Instagram. 

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Financeiro

O que é antecipação automática e quais as vantagens?

Uma pesquisa feita pelo Datafolha revelou que 75% dos clientes de cartão de crédito fazem compras de serviços e produtos por meio de parcelamento. Somente uma minoria de 16% afirmou poder comprar um bem durável com dinheiro à vista.

Essa facilidade para o cliente pode representar uma grande dificuldade para o lojista, uma vez que pode levar até 1 ano  para que ele receba o pagamento, caso a compra seja parcelada em 12 vezes, por exemplo. Mas já pensou na possibilidade de antecipar de modo regular os valores de vendas feitas a prazo sem a necessidade de solicitar a cada necessidade à adquirente? Esse recurso é conhecido como antecipação automática e traz muitas vantagens para o negócio.

Neste artigo, vamos detalhar o funcionamento desse serviço, bem como as vantagens e desvantagens que envolvem a antecipação automática.

O que é antecipação automática?

A antecipação automática de recebíveis é um serviço de crédito fornecido por credenciadoras  e que consiste no pagamento antecipado de vendas de boletos e cartões de crédito feitos a prazo. Tudo isso ocorre de forma automática, sem que o empresário precise se preocupar.

Para exemplificar, digamos que a loja tenha feito uma venda no cartão de crédito que seria depositada em sua conta dentro de 30 dias. Com a antecipação automática, o valor é recebido pela empresa em menos tempo, muitas vezes até mesmo no próximo dia útil, de acordo com as condições definidas na contratação do serviço.

Para ter acesso ao crédito antecipado, é cobrada uma taxa que incide sobre o valor da operação , que varia conforme a credenciadora.

Por ser automática, não é necessário que o lojista entre em contato com a instituição para fazer a solicitação. Basta requerer a automatização apenas uma vez, e a transferência é liberada sempre pouco tempo depois da venda a prazo.

Quais as vantagens?

Apesar do pagamento da taxa (que ocorre em qualquer operação de crédito), a antecipação automática de recebíveis traz muitas vantagens ao fluxo de caixa da empresa. Conheça alguns deles!

Disponibilidade de recursos

Em primeiro lugar, a empresa contará com dinheiro das vendas sempre disponível, e de modo regular. Assim, será possível oferecer pagamentos a prazo para os clientes, sem que isso impacte significativamente a liquidez do caixa do negócio.

Com isso, o valor da venda, na maior parte dos casos, cairá na conta no mesmo mês corrente. Isso facilita bastante o gerenciamento financeiro do negócio. Afinal, controlar contas a receber a prazo não é uma tarefa tão simples.

Dessa forma, o empresário tem dinheiro em mãos mais rapidamente para pagar fornecedores, custear as operações e fazer investimentos.

Esse tipo de serviço é especialmente vantajoso para empresas que estão iniciando suas atividades. Nesses casos, normalmente são feitos altos investimentos iniciais, e o retorno financeiro pode ser demorado, especialmente se há muitas vendas a prazo.

Com a antecipação automática de recebíveis, o negócio já consegue um retorno mais rápido, mesmo que tenha que arcar com uma pequena taxa pela operação.  Isso contribui para que o fluxo financeiro do negócio permaneça equilibrado.

Crédito com taxas mais baratas

A antecipação é uma operação que visa trazer o valor futuro para o valor presente . No entanto, as taxas são mais reduzidas. Afinal, você está recebendo uma quantia que já pertence ao seu negócio, e os riscos para a operadora são menores. Dessa forma, a empresa não precisa se comprometer com um endividamento.

Menos burocracia

A obtenção de crédito em uma instituição financeira pode ser um processo bastante burocrático, exigindo diversos documentos e demandando tempo para conferência. Esse serviço pode ser contratado diretamente com a adquirente,  levando apenas alguns minutos.

Redução do impacto de vender a prazo

Oferecer aos clientes diferentes formas de pagamento é muito importante para atrair o público e fazer mais vendas. O pagamento a prazo, no entanto, pode desequilibrar o caixa do negócio.

Nesse cenário, a antecipação resolve esse problema, pois evita que o caixa do negócio fique descapitalizado com muitas contas a receber. Além disso, as vendas a prazo serão recebidas em menor tempo.

E as desvantagens, existem?

As vantagens da antecipação são óbvias. Mas, como qualquer operação financeira, é preciso dar atenção a alguns pontos importantes.

Taxas vão reduzir o lucro potencial

A taxa paga pelo serviço de antecipação se torna um custo a mais que deverá ser levado em conta e acrescido às taxas convencionais cobradas pela operadora.

Risco de dependência financeira do crédito antecipado

O hábito de antecipar recebíveis pode tornar o negócio dependente e fazer o empresário perder o controle do recebimento de parcelas futuras — se não for bem gerenciado o que foi antecipado e o que não foi. Por isso, é preciso que essa estratégia parta de um bom planejamento estratégico e financeiro

Aumento do preço final ao consumidor

Uma vez que haverá um custo adicional, esse valor será no fim repassado ao cliente, caso não queira reduzir sua margem de lucro. Assim, deverá ser feita uma boa precificação para não comprometer sua competitividade no mercado.

Como a antecipação automática pode ser interessante para o seu negócio?

A antecipação de recebíveis é uma solução muito interessante para as empresas que desejam equilibrar seu fluxo de caixa. Para garantir resultados satisfatórios na estratégia, é importante avaliar os prós e contras e dar atenção a algumas ações, tais como:

  • tente não agregar a taxa de serviço de antecipação aos preços de venda, evitando perder clientes e vantagem competitiva;
  • estude o contrato feito com a adquirente para entender todas as condições do serviço a fim de evitar cláusulas indesejadas, ou mesmo o serviço de antecipação automática, se esse não for objetivo;
  •  avalie as necessidades de recursos do seu negócio, para determinar se está necessitando de capital de giro ou não.

A antecipação automática de recebíveis do cartão de crédito é uma estratégia muito vantajosa, especialmente para empresas que precisam fortalecer e equilibrar seu fluxo de caixa. No entanto, essa decisão deve partir de um bom planejamento financeiro, levando em conta todas as vantagens e riscos da operação.

Aqui no blog da Adiq sempre compartilhamos dicas e conteúdos úteis sobre o mercado de meios de pagamentos. Acompanhe nossas próximas postagens. Para isso, siga nossos perfis nas principais redes sociais. Estamos no Facebook, no YouTube, no LinkedIn e no Instagram.

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Financeiro

O que é Techfin e qual a diferença para Fintech?

Nos últimos anos, empresas do setor financeiro têm sido beneficiadas pelo avanço tecnológico, tendo assim condições de apresentar soluções que facilitem o dia a dia das pessoas. Essas fornecedoras de tecnologias são conhecidas com techfin e têm um papel fundamental no aumento da competitividade e democratização bancária nos últimos anos. 

O conceito de techfin, no entanto, muitas vezes é confundido com as fintechs. Apesar de haver semelhanças, são modelos distintos, e é sobre essa diferença que vamos falar neste artigo. Continue a leitura e entenda mais! 

O que é uma techfin? 

Techfin é o nome dado a empresas de tecnologia que adentram ao mercado financeiro para fornecer serviços inovadores para empresas do ramo. Esse termo foi visto pela primeira vez pelo fundador do grupo Alibaba, Jack Ma. O objetivo foi nomear empreendimentos que forneciam produtos financeiros ligados a plataformas tecnológicas. 

Assim, em muitos casos, as soluções de tecnologias que essas empresas têm são essencialmente digitais, sendo concebidas sem que haja nenhuma relação com o setor financeiro. No entanto, podem ser utilizadas para oferecer serviços financeiros. 

Para entender melhor, imagine um software ERP usado para gerenciar um negócio. Com o tempo, os desenvolvedores passam a incorporar funções financeiras à plataforma, especializando nesse tipo de demanda. Aí surge uma techfin. 

Para que serve? 

Pela própria definição, a techfin fornece soluções tecnológicas para empresas do setor financeiro, atuando no modelo B2B (Business to Business). No entanto, não restringem seus produtos, uma vez que também podem fazer parcerias para criar soluções em benefícios de empresas de outros segmentos, como saúde, varejo e educação. 

Quando uma instituição financeira contrata um techfin, ela deseja implementar uma tecnologia que visa a otimização de suas operações financeiras para garantir maior eficiência aos seus processos e maior qualidade na experiência de seus clientes. 

Assim, um banco não precisa ser detentor de todas as tecnologias que utiliza para assegurar a proteção dos dados e manter suas operações. Na verdade, ele contrata empresas especializadas para dar suporte tecnológico à sua infraestrutura. 

Qual a diferença entre techfin e fintech? 

É natural que os dois modelos de negócios sejam confundidos. Afinal, são as mesmas sílabas, mas invertidas. No entanto, são tipos muito diferentes de operações. 

As fintechs são startups que direcionam suas operações para o mercado financeiro, e ganharam bastante notoriedade nos últimos anos, com grandes marcas que até se tornaram populares. Não há dúvidas de que facilitaram o dia a dia das pessoas com soluções práticas, desde a abertura de uma conta digital para movimentação bancária, até apps que facilitam na gestão financeira. 

Ao passo que as fintechs focam na experiência do usuário de serviços bancários, tendo sempre como base plataformas tecnológicas, as techfins fornecem soluções para empresas do setor financeiro que desejam atualizar suas operações. 

Assim, em primeiro lugar, temos a diferença do público que elas atendem. O usuário final não será um cliente de uma techfin, mas sim um banco ou outro tipo de empresa. Já as fintechs focam no cliente final, que vai abrir a conta no banco, por exemplo. 

Além disso, a techfin é uma empresa de tecnologia, e não do setor financeiro. Ela fornece soluções que dão suporte a negócios do setor financeiro, mas também pode gerar soluções para outros segmentos. Já as fintechs são focadas no mercado financeiro, mas nasceram com base tecnológica. Por isso, normalmente são bastante inovadoras. 

Na forma em que atuam, as fintechs e techfins podem apresentar abordagens diferenciadas. Ao passo que as fintechs usam uma base tecnológica já existente e a revisam para criar serviços financeiros, às techfins pensam na tecnologia como um todo, pensando em como podem ser usadas em benefício dos serviços que já existem. Nesse processo, também podem surgir inovações. 

Qual a importância das techfins para o mercado financeiro? 

As techfins têm um valor muito marcante no mercado financeiro, uma vez que são as grandes responsáveis por fornecer tecnologias que dão suporte a operações bancárias. Assim, elas são capazes de modernizar a infraestrutura de um banco a fim de que suas operações sejam mais eficazes e assim conquistarem mais clientes, que prezam pela praticidade. 

Mas elas não se limitam a prestar serviços a empresas do setor bancário. Seus sistemas de gestão, por exemplo, podem facilitar o gerenciamento financeiro de outras empresas. Uma operadora de telefonia pode utilizar um ERP de uma techfin para automatizar e integrar seus processos de pagamento, como boletos, Pix e outros meios de pagamentos. 

E não para por aí. As techfins podem atender diversos segmentos, como soluções para que outras empresas forneçam serviços financeiros — empréstimos, ofertas de crédito, seguros, consórcios, contas bancárias etc. 

A atuação das empresas de tecnologia é significativa no setor de serviços financeiros. Segundo um levantamento feito pelo Bank for International Settlements (BIS), 11,3% da receita das maiores empresas de tecnologias (as techs) do mundo são gerados a partir de serviços financeiros, ficando à frente dos serviços de saúde e da indústria, por exemplo. 

E temos fortes razões para essa forte atuação no setor. Estamos vivendo em um cenário de alta concorrência e mudanças muito rápidas. Uma dessas mudanças é a evolução de um sistema bancário tradicional para um modelo puramente digital. Nesse contexto, todo o ecossistema financeiro dessas grandes instituições é obrigado a fazer ajustes críticos em suas operações, se desejam se manter competitivas no mercado. 

A pandemia também acelerou o processo de digitalização e acesso aos serviços bancários. Com as restrições de mobilidade urbana, contar com serviços bancários remotos, usando o smartphone ou computador, tornou-se essencial. 

Com esse plano de fundo, as empresas do segmento techfin são capazes de dar o suporte em soluções tecnológicas e infraestruturas que as empresas necessitam para se adaptar à nova realidade. 

As techfins têm se destacado pelo conhecimento profundo acerca de novas tecnologias, e entendem como as soluções podem ser implementadas no setor de finanças. Dessa forma, seus sistemas podem contribuir para a otimização das empresas do setor. 

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Financeiro

O que é iniciador de pagamentos?

Com a edição da Resolução BCB n° 24, datada de 22 de outubro de 2020, passou a existir uma nova modalidade de instituição de pagamento: o iniciador de pagamentos. Criada pelo Banco Central, o objetivo é facilitar as transações de pagamento online, abrindo margem para um novo campo de atuação, sobretudo para as fintechs.

Neste artigo, você vai entender melhor como funcionam os iniciadores de pagamentos, as etapas de implementação e como eles impactam o e-commerce. Prossiga a leitura e saiba mais!

O que é iniciador de pagamentos?

O iniciador da transação de pagamentos é uma instituição de pagamentos que presta esse serviço com base em duas prerrogativas:

  • não gerencia a conta de pagamento;
  • não possui os fundos que serão transferidos na operação.

Segundo o que diz a Resolução BCB n° 24, a iniciação de pagamento é “ordenada pelo usuário final, relativamente à conta de depósito ou de pagamento, comandada pela instituição não detentora da conta à instituição que a detém”.

Isso significa que o iniciador de pagamentos pode solicitar que a Instituição Financeira em que o usuário tem conta faça um pagamento a quem o cliente desejar, sem precisar que ele acesse o aplicativo do banco para efetuar a operação.

Como funciona?

Na prática, os iniciadores de pagamentos poderão oferecer diferentes serviços em suas plataformas, como compra, venda e movimentação de recursos de contas autorizadas pelo usuário. Esses serviços, porém, não devem incluir financiamentos ou empréstimos.

Assim, as pessoas poderão manter relacionamento com bancos e instituições financeiras, e movimentar seus recursos em plataformas de terceiros, sem precisar necessariamente entrar no app do banco. Essas operações podem ser feitas tanto para pessoas físicas, quanto para pessoas jurídicas.

O que o iniciador de pagamentos não pode fazer?

Como podemos perceber, o iniciador de pagamentos tem funções importantes relacionadas ao acesso a informações e movimentações financeiras. Por isso, o Banco Central impôs certas restrições a esses agentes. Dessa forma, eles não podem:

  • armazenar dados de autenticação para validar transações financeiras na conta da instituição do usuário;
  • solicitar mais dados além do que o necessário para realizar o serviço de iniciação de pagamento;
  • armazenar, acessar ou usar dados do usuário que não seja estritamente para o serviço de iniciação de transação que foi autorizada pelo usuário;
  • alterar dados da transação autorizada pelo usuário, como valores ou credores.

Essas restrições impostas pelo Banco Central estão claramente em harmonia com a Lei Geral De Proteção de Dados (LGPD). Com isso, constrói-se uma camada a mais de segurança, impossibilitando que sejam realizadas operações além daquilo que foi previamente acordado e autorizado pelo usuário.

Quem pode ser um iniciador de pagamentos?

Para funcionar como um iniciador de transação de pagamento, a instituição precisa de uma autorização do Banco Central. Para solicitá-la, a instituição deve integrar e manter um Capital Social de no mínimo R$ 1 milhão, atendendo ainda aos seguintes critérios:

  • conhecer os riscos que estão relacionados à prestação do serviço de iniciação de pagamento;
  • ter capacidade financeira que dê suporte às operações da instituição, inclusive que seja suficiente para lidar com contingências;
  • apresentar sustentabilidade financeira, operacional e mercadológica;
  • ter capacidade técnica e administrativa para dar cabo das operações.

Quais foram as etapas de implementação?

O papel do iniciador de pagamentos está diretamente atrelado ao Open Banking. Afinal, temos aí o compartilhamento de dados do usuário para que as transações sejam autorizadas e efetuadas ao credor.

Para relembrar, o Open Banking se refere a um sistema bancário aberto em que o cliente de instituições financeiras pode permitir que seus dados sejam compartilhados com terceiros previamente autorizados. Dentro desse cenário, o iniciador de pagamentos entra em cena com maior destaque na fase 3 do Open Banking. Essa fase também será dividida em etapas, da seguinte maneira:

  • 1º ciclo (29/10/2021 – 14/11/2021): iniciação por: chave Pix; inserção manual de dados; informações do usuário recebedor;
  • 2º ciclo (15/11/2021 – 30/11/2021: iniciação por: chave Pix; inserção manual de dados; informações do usuário recebedor;
  • 3º ciclo (01/12/2021 – 31/01/2022: iniciação por: chave Pix; inserção manual de dados; informações do usuário recebedor; QR Code dinâmico e QR Code estático;
  • 4º ciclo (01/02/2022 – 17/02/2022: iniciação de transação de pagamento do arranjo Pix (inclusive Pix agendado): chave Pix; inserção manual de dados; informações do usuário recebedor; QR Code dinâmico e QR Code estático.

Fonte: Site do Bacen (Banco Central do Brasil).

Dentro desse cenário, o iniciador de pagamentos será capaz de permitir ao cliente utilizar e gerenciar transações de vários bancos em uma única plataforma ou aplicativo. Assim, em vez de usar os apps nativos do seu banco, será possível utilizar um iniciador para gerenciar tudo de um lugar só.

Essa divisão em fases no compartilhamento de informações servirá como uma forma de testes, para que tudo seja implementado com segurança e eficiência.

Qual a importância do iniciador de pagamentos para o e-commerce?

Como sabemos, a operação de pagamentos com PIX é dependente da ação do usuário de abrir outro aplicativo e fazer a leitura de um QR Code para autenticar o pagamento. Talvez você se lembre que até pouco tempo atrás, para realizar pagamentos com cartão de débito era necessário fazer login na página do banco, mas depois da certificação 3DS 2.0 isso não é mais necessário e o checkout é concluído direto no e-commerce. E a proposta do iniciador de pagamentos segue essa mesma ideia, facilitar e tornar mais fluída a experiência.

Por isso, o papel do iniciador de pagamentos no e-commerce é muito importante, pois dá maior praticidade e agilidade à experiência de compra. Antes do iniciador de pagamentos, para realizar o pagamento pelo PIX, por exemplo, eram necessários diversos passos.

No checkout, o cliente precisava copiar o código QR Code, abrir o aplicativo do banco, acessar a área pix, colar o código e validar a operação. Com o iniciador de pagamentos, é possível cortar essas etapas, realizando todo o processo ali mesmo na tela da loja online.

E não é apenas com o PIX que o iniciador de pagamentos terá um papel importante. Será possível fazer transferências usando um app fornecido pelo iniciador. Por exemplo, esse aplicativo poderá gerenciar as finanças, enviar mensagens, servir como rede social e ainda iniciar pagamentos a partir das contas bancárias dos usuários.

Open Banking trouxe mudanças significativas no sistema financeiro brasileiro. O papel do iniciador de pagamentos é uma dessas inovações que permitirá maior competitividade, segurança e praticidade nas transações financeiras.

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