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Meios de pagamentos

Glossário Adiq

O segmento de meios de pagamentos é repleto de expressões que podem confundir muitas pessoas. Por isso, preparamos uma lista extensa dos principais conceitos que você precisa conhecer.

Sempre que tiver uma dúvida, confira o Glossário Adiq para entender melhor esse mercado!

Adquirência

A adquirência é um serviço fornecido por empresas conhecidas como adquirentes, ou credenciadoras. Elas fornecem aos comerciantes tecnologias ligadas a meios de pagamentos, como o uso de cartões de crédito e débito.

Os serviços fornecidos compreendem mecanismos de captura de transações realizadas online ou por meio da venda e aluguel dos terminais de processamento de dados de cartões de crédito e débito, popularmente chamadas de “maquininhas de cartão”.

Autorização

Em um processo de pagamento, a bandeira e o emissor precisam verificar os dados que foram coletados pela adquirente. A transação pode ser aprovada ou não, conforme o resultado da análise feita. A esse procedimento damos o nome de autorização, que é baseado em diferentes fatores, como valor disponível para o consumidor ou mesmo o contexto da compra.

Bandeiras

Por trás de toda a infraestrutura técnica e das normas para o processamento das transações financeiras (pagamentos e estornos), existem instituições responsáveis por regular esses processos. Elas são as bandeiras. Suas regras são válidas até mesmo em diferentes países, de modo que um cartão de crédito emitido no Brasil pode realizar transações do outro lado do mundo.

Captura

Captura se refere à coleta de informações feita em uma transação. Na prática, o pagamento é registrado e transmitido com toda a segurança para a bandeira e o emissor, que vão analisar o processo e fazer ou não a autorização do pagamento.

Carteiras digitais

Também conhecidas como ewallet, as carteiras digitais constituem um conjunto de serviços que registra todas as informações dos meios de pagamento de um consumidor para que ele possa fazer compras de modo mais rápido.

Nessas carteiras digitais, o usuário cadastra um ou mais cartões de crédito, além de poder acumular créditos que podem ser usados para fazer pagamentos em sites, de serviços ou pagar outros usuários que também usam a plataforma.

Chargeback

Chargeback é o processo de estorno que acontece quando o comprador contesta a transação. Após a análise, a venda pode ser cancelada e o valor retorna ao consumidor.

Checkout

O termo normalmente é usado para se referir ao fechamento de compras online, quando o consumidor insere seus dados de pagamento e, quando for o caso, o endereço de entrega do produto. O mesmo processo pode também ocorrer em lojas físicas.

Conciliação bancária

Trata-se da comparação entre o relatório de vendas do estabelecimento comercial e o extrato da conta bancária. Nesse momento, a empresa pode averiguar se há diferenças e o motivo de possíveis desvios.

Consumidor

É aquele que consome produtos e serviços de uma empresa. Em outras palavras, é um cliente comprador que realiza um pagamento em troca de um item ou serviço.

Domicílio bancário

Refere-se à instituição bancária na qual o comerciante abre uma conta para a entrada dos valores referentes às suas vendas.

Emissor

O emissor é a instituição financeira que fornece o serviço de meio de pagamento para os usuários.  Existem diferentes meios de pagamentos, sendo cartões de crédito, de débito e cheques os principais.

Normalmente os emissores são os bancos. No entanto, outros tipos de estabelecimentos/empresas podem fornecer esse serviço.

Estabelecimento comercial (EC) ou merchant

O estabelecimento comercial consiste no conjunto de ativos (corpóreos ou não) reunidos pelo empresário para realizar suas atividades de venda e prestação de serviços entre troca de pagamentos. A expressão merchant pode se referir também à pessoa que recebe pagamento pelos serviços prestados ou vendas.

Fraude

Refere-se a qualquer ação ou esquema em que uma pessoa física, empresa ou grupo de pessoas articulam para ganhar lucros ou vantagens em prejuízo de outras pessoas. Muitas vezes, são adotados comportamentos ilegais ou criminosos para enganar e trazer prejuízos a pessoas físicas ou jurídicas.

Gateway de pagamento

É uma interface ou plataforma que integra o usuário, o lojista, o banco e a adquirente no processamento de compras online. Em outras palavras, funciona no e-commerce como uma maquininha funciona na loja física. Dessa forma, o gateway é usado no checkout para se ligar à adquirente e processar o pagamento pela internet.

Intercâmbio (interchange)

O intercâmbio é uma taxa cobrada a cada transação. Ela é paga ao emissor do cartão e é calculada com base em diferentes variáveis, como o tipo de cartão.

KYC (Know Your Customer, ou Conheça Seu Cliente)

O KYC nomeia uma série de regras ligadas ao monitoramento das transações, identificação dos clientes, gestão de riscos e cadastro. O objetivo é validar a identidade dos usuários e garantir a idoneidade das transações, buscando reduzir as chances de fraude, ocultação de origem ilícita de bens (lavagem de dinheiro), financiamento ao terrorismo e roubo de identidade.

MCC (Merchant Category Code, ou Código de Categoria de Comerciante)

É um código numérico de quatro dígitos usado para categorizar o comerciante conforme o tipo de produto ou serviço que fornece. A atribuição é feita pela bandeira para segmentar os negócios. Conforme a categoria em que a empresa se encaixa, haverá regras e taxas específicas.

MDR (Merchant Discount Rate, ou Taxa de Desconto do Comerciante)

Em cada transação de cartão de crédito ou débito, as adquirentes também cobram uma taxa pelo uso de suas ferramentas. Essa cobrança é o MDR. Na prática, o consumidor paga a fatura do cartão ao banco. A taxa é deduzida quando a adquirente repassa o montante ao lojista.

Essa taxa serve para garantir o investimento do desenvolvimento dos serviços, o que fornece muito mais segurança e agilidade nas tecnologias adotadas.

Modelo 4 Partes

O modelo 4 partes é a expressão que nomeia o arranjo de pagamento composto por quatro agentes principais: emissores, adquirentes, consumidores e comerciantes. Esse modelo é gerenciado pela bandeira, que fornece regras para o fluxo de pagamentos.

P2P (peer-to-peer, ou ponto-a-ponto)

No contexto dos meios de pagamento, P2P se refere ao esquema de transação que ocorre entre duas pessoas (dois pontos), sem a necessidade da intermediação de uma instituição.

Para ilustrar, podemos citar as plataformas P2P Lending, que funcionam para ligar empresas que desejam empréstimos a pessoas físicas ou jurídicas que desejam investir. Nesse sistema, não há a intervenção de um banco para a concessão de crédito.

Pagamento recorrente

Pagamento que ocorre regularmente dentro de certo período estipulado pelo vendedor. É um modelo muito comum na assinatura de um serviço, mensalidades e planos diversos.

Esse pagamento pode ser feito em base anual, semestral, mensal, quinzenal ou mesmo semanal. As possibilidades são variadas.

PDV (Ponto de Venda)

A princípio, refere-se ao ambiente usado pelo comerciante para receber consumidores e fazer vendas. No contexto dos meios de pagamento, refere-se aos sistemas (hardware e software) empregados no ambiente comercial para fazer operações de venda.

Quando falamos de estabelecimentos comerciais de médio e grande porte, o PDV pode englobar a integração entre diferentes tecnologias de automação, como TEF, computadores, leitores de código de barras e terminais Pin Pad.

PCI DSS (Payment Card Industry Data Security Standards)

O Padrão de Segurança de Dados da Indústria de Cartões de Pagamento, em português, é formado por uma série de procedimentos e requerimentos de segurança adotados para proteger os dados sigilosos dos titulares de cartões de crédito.

O objetivo é reduzir os riscos de fraudes e roubo de dados dos usuários.  O PCI DSS é composto por doze requisitos de segurança que precisam ser seguidos pelas instituições para mitigar as chances de invasões e perdas de informações.

Subadquirentes

A subadquirente presta serviços de gerenciamento para intermediar a relação entre bandeira, adquirente, comerciantes e clientes. Dessa forma, facilitam a aquisição de um meio de pagamento por parte dos comerciantes. Elas oferecem serviços adicionais, cobrando um valor percentual maior do que seria a relação direta com a adquirente.

Taxa de autorização

A taxa de autorização é um cálculo feito na relação entre o volume de transações negadas e as aprovadas.  Uma taxa de transação elevada significa que o volume de vendas efetivamente feitas foi alto. Isso significa também mais receita para o comerciante.

TEF (Transferência Eletrônica de Fundos)

Trata-se de uma tecnologia que liga o Pin Pad do estabelecimento ao sistema de automação comercial. Essa conexão permite que o valor da compra computado no terminal do caixa seja automaticamente digitado no terminal de pagamento, e a resposta de autorização retorne ao caixa para a emissão do cupom fiscal.

Terminal de pagamento

O terminal é a máquina utilizada para coletar os dados de pagamento do cliente e transmiti-los à adquirente, seguindo todos os protocolos de segurança. Após a transmissão, o emissor e a bandeira serão responsáveis por autorizar o pagamento.

Terminal de pagamento – Leitor

O terminal leitor é um equipamento que captura os dados, mas não tem autonomia para fazer a transmissão, pois precisa de uma rede de dados ou sem fio para completar o processo de envio.

Terminal de pagamento (Pin Pad, ou Personal Information Number — Peripheral Adapter Device)

Chamado simplesmente de Pin Pad, é um equipamento que trabalha em conjunto com o TEF e o sistema de automação comercial. Nele o cliente insere o cartão e digita seus dados, que serão transmitidos para a automação.

Terminal de pagamento (POS – Point of Sale)

É um equipamento que tem os recursos suficientes tanto para capturar os dados de pagamento quanto enviar de forma segura para a adquirente, sem a necessidade de outras máquinas.

Token

É um código aleatório que se renova a cada transação para fornecer mais segurança durante o processo de pagamento. Dessa forma, não é necessário que o usuário informe seus dados todas as vezes que efetuar uma transação.

TPV (Total Payment Volume, ou Volume total de pagamento)

Trata-se do montante de pagamentos recebidos por uma empresa.

Transação

É a operação comercial feita entre o consumidor e um estabelecimento. Cada transação pode ser aprovada ou não, levando-se em conta a consistência dos dados apresentados e o potencial de risco da operação.

Venda presencial

É a transação feita na presença do cliente.

Venda online

É a transação comercial feita na ausência do cliente, como ocorre em vendas pelo e-commerce, no telefone ou via e-mails.

Voucher

Consiste em documento, título ou mesmo um cartão-benefício que representam um valor financeiro. Dessa forma, ele pode ser usado na compra de produtos ou serviços específicos, como combustível, itens alimentícios ou no transporte público. O vale-refeição é um tipo de voucher.

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Conheça a história dos meios de pagamento

Ao longo dos séculos, o mercado de pagamentos passou por muitas evoluções, e hoje a tecnologia exerce um papel central em todas as operações financeiras.

Neste artigo, você vai entender melhor como ocorreu a evolução dos meios de pagamento, antes no mundo físico e, hoje, no ambiente virtual. Descubra também os impactos que a transformação digital causou ao setor!

O mercado de pagamentos — entendendo o conceito

Antes de entender melhor a história, é importante ter claro na mente o conceito. O mercado de meios de pagamento é formado por todos os instrumentos, os processos, as regras e os agentes que vendem, compram e trocam mercadorias, além de instituições que regulam o setor.

Assim, fica claro que o mercado de pagamentos é inerente à atividade comercial. Dessa maneira, sua origem está também atrelada ao início da atividade humana de vender, comprar e trocar bens, e pagar por serviços prestados. E como isso tudo começou?

A história dos meios de pagamentos

A história do mercado de pagamentos é tão antiga quanto a humanidade. A princípio, era comum o uso do escambo, ou seja, a simples troca de mercadorias que julgavam ter um valor equivalente, sem algum tipo de moeda ou algo que a pudesse representar. Então, não havia um pagamento em si. Mas foi há cerca de 10 mil anos a.C. que os homens passaram a utilizar animais como meio de troca.

A moeda

Ao passo que as sociedades evoluíam, a troca com animais passou a não ser eficiente para negociações cada vez mais complexas. Então, surgiu o conceito de moeda, baseado no custo do material em que o artefato havia sido produzido. A partir dessa ideia, moedas de prata, ouro, entre outros materiais, passaram a circular, revolucionando o comércio.

Uma das primeiras moedas de que se tem registro foi o shekel, criado na Mesopotâmia (cerca de 3 mil a.C.). O shekel era originalmente uma unidade de peso. Com cerca de 11,4 gramas, ele era utilizado para pesar a cevada (equivalente a 180 grãos) e metais, como cobre e prata.

Atribui-se aos comerciantes lídios da península da Anatólia, às margens do mar Mediterrâneo, a cunhagem das primeiras moedas. Elas eram marcadas com golpes para indicar o valor e evitar uma nova pesagem a cada uso. Eram formadas por uma liga natural de prata e ouro conhecida como electrum. Essa invenção do cunho em relevo foi um divisor de águas no uso da moeda, dando um caráter representativo de valor ao artefato, em vez de basear-se apenas no peso.

O forte comércio marítimo na época fez com que a moeda se espalhasse por todo o território grego, de modo que já no terceiro século antes de Cristo, o sistema já tinha se universalizado, contando até com uma cunhagem oficial do Estado.

As cédulas de papel

As cédulas de papel surgiram durante a dinastia Tang, que durou entre 618 e 907 d.C. Elas foram inventadas pelos chineses para evitar o uso do cobre em transações mais volumosas. No século 13, Marco Polo, entre outros viajantes, migraram a ideia para o sistema ocidental e, em 1661, o sueco Stockholms Banco passou a ser a primeira instituição europeia a imprimir cédulas.

O sistema financeiro

Foi somente na Idade Média, com o início da Renascença, que o comércio internacional retomou o fôlego, e ressurgiu a necessidade de guardar e transferir dinheiro. Foi então que foram criados os serviços financeiros. O registro mais antigo, data de 1156 d.C., na Itália, foi quando dois genoveses pagaram um empréstimo a bancários em Constantinopla.

Ouro como padrão do mercado

O Padrão Ouro foi estabelecido pelos ingleses em 1816, sistema que foi adotado pelos estadunidenses e alemães em 1873. Nesse modelo, o valor da moeda nacional era legalmente determinado por uma quantidade fixa de ouro. Ele se tornou o primeiro sistema monetário internacional e ficou ativo até 1914.

Precursores dos cartões

Em 1920, surge nos Estados Unidos o que seria uma forma preliminar de um cartão de débito. Viajantes que precisavam fazer pagamentos em regiões distantes dos seus bancos utilizavam um instrumento criado por algumas lojas e redes de hotéis, o Charge Cards e o Charger Plates. Essa pequena placa de metal poderia ser apresentada sem a necessidade de dinheiro.

Início da indústria de cartões

Foi em 1949 que o mercado de meios de pagamentos teve um outro grande salto. Frank McNamara e seu sócio, junto a 27 empresas e 200 amigos, lançaram o Diners Club Card. Em 1958, foi a vez da American Express lançar seu cartão para cobrir gastos com entretenimento e viagens, e do Bank of America com seu BankAmericard (o que conhecemos hoje como VISA).

Inovações que impactaram o setor

Com o passar dos anos, a tecnologia se tornou a grande protagonista nas inovações no mercado de pagamentos. Por exemplo, na década de 70, surgiram os cartões com tarja magnética. O mecanismo permitia que as transações fossem autenticadas por meios eletrônicos. A versão em chip surgiu na década de 90, reduzindo a vulnerabilidade à clonagem.

O pagamento eletrônico e o crescimento da internet permitiram a grande expansão do e-commerce. Em agosto de 1994 foi realizada a primeira compra em um site, um ano antes da criação da Amazon.

Em 1998, surgiu mais uma inovação: as carteiras digitais. Dessa vez, foi a startup californiana PayPal que estava por trás da evolução. O serviço consistia em um simples cadastro com um e-mail para permitir o envio e o recebimento de dinheiro entre usuários de forma eletrônica.

E a inovação não parou. Com o lançamento das plataformas móveis, foi-se aberto um leque gigantesco de oportunidades para pagamentos móveis, como o Google Pay e o Apple Pay.

Além disso, já faz alguns anos que falamos em Bitcoin (sistema de pagamento eletrônico baseado em blockchain) e o nascimento das criptomoedas, pagamentos via tecnologia NFC e dispositivos wearables sendo usados na autenticação de pagamentos.

Apenas para ter uma ideia do crescimento do mercado de pagamentos eletrônicos, o relatório Payments Report 2019, produzido pela Capgemini, estimou que até 2022, chegaremos a 1,046 bilhões de transações no mundo sem o uso de dinheiro vivo.

Estamos certos que ainda há muito campo para evolução no mercado de pagamentos. As tecnologias que já existem dão uma margem espaçosa para muita inovação. Por isso, estamos no momento certo de aproveitar essa onda e promover estratégias que garantam maior vantagem competitiva para os negócios.

Gostou de viajar no tempo com a gente e entender melhor sobre a evolução dos meios de pagamento? Então, continue acompanhando nosso blog e fique por dentro do nosso conteúdo!

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Fluxo de transação de pagamento: entenda todo o processo

Você insere seus dados do cartão na página de compra do e-commerce ou passa seu cartão na maquininha, porém, você não tem a menor ideia de todo o processo de transmissão de dados e autorização que ocorre em questão de segundos. Tudo precisa acontecer de maneira rápida e com muita segurança.

Para que isso seja possível, é necessário contar com um fluxo de transação de pagamento muito consistente. Por isso, neste artigo explicamos o que ocorre nos bastidores para garantir que a operação seja bem-sucedida!

Como funciona o fluxo da transação de pagamento? 

O fluxo de pagamento não é assim tão linear, uma vez que ocorre a troca de dados entre os diferentes agentes responsáveis pela autorização da transação, liberação dos recursos e posterior cobrança ao titular do cartão. Podemos resumir esse fluxo da seguinte maneira:

  1. O usuário insere seus dados no site da loja virtual, ou passa seu cartão na maquininha do estabelecimento.
  2. Os dados são transmitidos para a adquirente que repassa as informações para a bandeira.
  3. A bandeira determina o emissor do cartão para liberação do pagamento. O emissor pode ser um banco ou outra instituição financeira.
  4. O banco emissor confere os dados do cliente e aprova (ou não) o pagamento, informando à bandeira.
  5. A bandeira comunica a aprovação do pagamento ao adquirente.
  6. O adquirente, por sua vez, envia a aprovação de pagamento ao estabelecimento ou loja virtual.
  7. A venda é realizada e o cliente recebe um comprovante da transação.

Para entender melhor esse fluxo, assista o vídeo abaixo.

Nesse resumo, existe um fluxo didático para entender de uma forma mais prática. Mas nesse intervalo podem existir outros personagens que também cumprem papéis importantes na transação, como os gateways de pagamento e os subadquirentes. Entenda como os diversos elementos funcionam dentro do fluxo.

Qual o papel de cada um dos componentes do fluxo?

Os players que vão atuar no mundo virtual não são os mesmos que atuam no ambiente físico, em virtude das características próprias de cada contexto. Vamos considerar primeiro então os componentes do ponto de vista de uma loja física.

Adquirente

Com a inserção ou aproximação de um cartão ou dispositivo de pagamento em uma maquininha (POS), ela realiza a transmissão das informações da transação para o adquirente, como se fosse uma versão do gateway de pagamento para o mundo físico.

O adquirente será o responsável em fazer a conexão entre o estabelecimento e a bandeira do cartão (Master, Visa, Elo etc.). Além de fazer essa ligação, ela também fornece à loja toda a infraestrutura para o processo de pagamentos, como as maquininhas e o sistema de gestão da liquidação financeira, normalmente no modelo D+30, ou seja, o comerciante receberá o dinheiro no prazo de 30 dias a partir da data da venda.

Bandeira

O trabalho da bandeira é regular toda a transação. Ela faz a conexão entre a adquirente e o banco ou instituição emissora do cartão. Na verdade, ela funciona como uma reguladora de todo o mercado de cartões.

Na prática, a bandeira recebe as informações da transação do adquirente e busca no banco emissor os dados do limite de crédito do portador.

As bandeiras mais populares e utilizadas que circulam no mercado mundial são Visa, Mastercard, Elo, Hipercard, American Express e Diners, com cerca de 98% do market share do mercado mundial. No Brasil, no entanto, são mais de 10 bandeiras autorizadas a atuar.

Instituição financeira emissora

Essa é a instituição que emite o cartão de crédito ao usuário que faz a compra. Ela recebe os dados da compra pela bandeira, faz a autorização ou reserva o limite e, caso aprovada, registra a cobrança na fatura do cliente. Essa liquidação ao adquirente é normalmente feita no esquema D+27.

Em transações online, haverá outros players envolvidos, uma vez que não contamos com um cartão físico com chip e uma maquininha para inserir as informações. Os principais envolvidos são os seguintes:

Subadquirente

O subadquirente pode ser contratado pelo empreendedor no lugar do adquirente. Geralmente os custos são menores e a implementação é fácil e rápida. Dessa forma, será ele quem conduzirá o fluxo da transação de pagamento, conectando-se ao adquirente para prosseguir com o processo normalmente. Assim, é o subadquirente o responsável pela liquidação dos recebíveis junto aos varejistas.

Uma vez que a subadquirente faz parcerias com diversos adquirentes, o varejista e as lojas podem contar com uma variedade maior de meios de pagamentos junto com esse intermediador. Ele também ajuda a gerenciar soluções de segurança e processos de chargeback.

Gateway de pagamento

É uma ferramenta própria do mundo virtual. Trata-se de uma interface que transporta as informações para o adquirente.

Uma grande diferença do gateway de pagamento para um subadquirente, ou intermediador, é que a solução do gateway funciona de forma integrada à página de venda da loja virtual. O comprador nem percebe que está usando uma ferramenta de terceiros.

No caso do subadquirente atuando no online, ao clicar no botão de compra, o cliente é redirecionado para a página desse intermediador, fora do e-commerce. Nessa nova página, ele deverá fazer um cadastro com login e senha, abrindo uma conta para inserir os dados do cartão para fazer a compra.

A diferença do subadquirente fica bem evidente, por exemplo, quando aparece o símbolo do PayPal, um subadquirente bastante conhecido. Ao clicar nele, o cliente é redirecionado para sua página a fim de fazer o pagamento.

Solução antifraude

Um terceiro elemento adicional importante para o mundo online é a contratação de soluções de segurança. Na compra presencial, o lojista tem ao seu dispor diversas ferramentas que garantem maior segurança à transação, como chip do cartão, mas isso não é exigido em compras na internet.

O objetivo das soluções antifraudes é avaliar o potencial de risco de uma transação, consultando um banco de dados para descobrir o IP e a localização do comprador.

Apesar dessas ferramentas adicionais próprias do ambiente virtual, o dono do e-commerce não é obrigado a contratar um gateway ou subadquirente para conectar sua loja ao adquirente. É possível contar diretamente com um adquirente sem um intermediador. No entanto, esse credenciamento direto é mais complicado, exigindo bastante burocracia e o seguimento de muitas regras de segurança. Por exemplo, será necessário contratar serviços de antifraude e segurança. Por isso, essa opção é recomendada para empresas maiores.

Entendeu o que acontece nos bastidores do fluxo de transação de um pagamento? Embora sejam muitas etapas até a aprovação de uma operação, tudo isso ocorre em questão de milésimos de segundos e conta com tecnologias de ponta para garantir a segurança e validade da transação.

Quer saber mais sobre como compor a solução ideal para seu estabelecimento?  Entre em contato com a Adiq e tire todas as suas dúvidas!