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Pagamento Instantâneo: O que é o PIX?

Lançado oficialmente em fevereiro de 2020, o Pagamento Instantâneo (PIX — como foi nomeado pelo Banco Central) promete motivar grandes mudanças nos meios de pagamento no país.

Em comparação às alternativas disponíveis hoje, como transferência bancária e pagamento no débito, o PIX apresenta muitas vantagens atraentes. Seu fluxo de transação é praticamente instantâneo e livre de custos.

Neste artigo vamos mostrar o que é exatamente o PIX, quais os seus diferenciais, as definições e que impacto ele pode trazer ao mercado. Confira!

O que é o Pagamento instantâneo (PIX) e qual a motivação do regulador?

O pagamento instantâneo, nomeado no Brasil pelo BACEN como PIX, é uma modalidade que visa trazer mais simplicidade, agilidade, disponibilidade e custos menores para os consumidores.

No sistema atual de transferência entre bancos, a comunicação é feita através do SPB (Sistema de Pagamentos Brasileiro). Assim, a transação é mais demorada, funciona apenas em horário comercial e em dias úteis. O pagamento instantâneo, por sua vez, permite que essa transferência monetária entre a ordem de pagamento e o envio para o recebedor ocorra em tempo real. Isso acontece com total disponibilidade, 7 dias por semana, 24 horas por dia e em todos os dias do ano.

Além disso, foi desenvolvida uma nova infraestrutura para sustentar a operação do PIX e ela está sob gestão do Banco Central. A comunicação ocorre diretamente da conta do pagador para conta do usuário recebedor. Assim, não há a necessidade de intermediadores, o que reduz consideravelmente os custos.

Entre os vários objetivos do regulador, destacamos que o Banco Central espera:

  • elevar a competitividade no mercado;
  • aumentar a velocidade em que pagamentos ou transferências são feitos e recebidos;
  • reduzir o custo das transações;
  • elevar a segurança;
  • melhorar a experiência dos usuários;
  • promover a inclusão financeira;
  • gerar melhorias e tentar resolver espaços que os instrumentos de pagamentos ainda deixam no mercado.

Cronograma

O Regulamento PIX foi divulgado pelo Banco Central em 12 de agosto e os manuais técnicos relacionados ao sistema podem ser facilmente encontrados em página específica do BACEN. As próximas etapas estão previstas da seguinte forma:

  • 5 de outubro: começa o processo de registro de chaves de endereçamento;
  • 16 de novembro: ocorre o lançamento do PIX para a população inteira.

Cadastramento

As diretrizes para o cadastramento dos usuários para receber um PIX institui que ele deve ser bastante simplificado. A partir de outubro, o usuário vai entrar no aplicativo do banco ou instituição em que já tem uma conta para registrar sua chave. Esse registro da conta será vinculado ao número de telefone celular, CPF/CNPJ ou mesmo ao e-mail.

Todos esses dados serão gravados na plataforma criada e administrada pelo Banco Central, o Diretório Identificador de Contas Transacionais (DICT), que faz parte do PIX. Dessa forma, ficará mais fácil identificar o recebedor, de modo que o pagador não vai precisar de dados da instituição, como conta e agência, para fazer a transferência de valores.

Qual a estrutura básica e as formas de participação?

O Banco Central emitiu a Circular n.º 3.985 para divulgar as modalidades de participação no PIX. Em suma, qualquer instituição financeira com mais de 500 mil contas de usuários ativos terá de participar da plataforma e fornecer aos seus clientes a funcionalidade para o cadastramento e recebimento de pagamentos instantâneos.

Dentro desse ecossistema, são possíveis as seguintes formas de participação:

  • participação direta: toda instituição autorizada pelo Banco Central que fornece conta transacional para usuários finais que são titulares de Conta PI (Pagamento Instantâneo);
  • participação indireta: instituição sem usuários com Conta PI no Banco Central e sem conexão direta com o SPI. Nesse caso, utilizam um intermediário liquidante no SPI para liquidar os pagamentos instantâneos;
  • participação como provedor de serviços de iniciação de pagamento: instituição que não fornece uma conta transacional, mas que oferta o serviço de pagamento usando uma conta transacional que o usuário tem em uma instituição financeira ou de pagamento.

Dessa forma, a estrutura é bastante flexível, de modo que a liquidação das operações entre os participantes pode ser feita de forma direta (entre pagadores e seus respectivos participantes diretos) ou com participantes indiretos. Estes últimos podem incluir empresas especializadas que forneçam serviços financeiros adicionais ligados ao pagamento instantâneo.

Por que esse modelo é inovador?

O PIX promete trazer grandes mudanças no mercado de pagamentos no Brasil, e essa evolução parece ocorrer de forma estrutural e imediata. Essa inovação se baseará na entrada de novos players e serviços fornecidos aos usuários, bem como inúmeras vantagens na relação de pagamentos e recebimentos. Veja algumas delas.

Maior velocidade

Mesmo a transferência bancária na modalidade TED, que é tido como o dinheiro na conta “na hora”, pode levar de 5 a 30 minutos para ser efetivado. No caso do PIX, por outro lado, esse tempo será reduzido para até 10 segundos.

Maior disponibilidade

Mesmo pagando pela transação, o usuário hoje fica restrito ao horário comercial e a dias úteis. Essa limitação não mais ocorrerá, pois o PIX funcionará no esquema 24/7/365.

Maior controle sobre os dados

O lançamento do PIX abrirá margem para diversos serviços que tornarão a coleta de dados muito mais eficiente e darão ao usuário mais controle sobre seus dados bancários. Será mais fácil fazer a gestão financeira tanto para pessoas físicas quanto para comércios.

Maior competitividade no mercado

Com a entrada de novos intermediários no mercado de meios de pagamentos eletrônicos, poderemos presenciar o surgimento de novos serviços e modelos de negócios que facilitarão a vida dos usuários.

O Pagamento Instantâneo (PIX) trará muitas vantagens ao mercado e a todos os usuários. Será um avanço importante no Brasil em relação aos meios de pagamentos, garantindo mais segurança, disponibilidade e praticidade às operações.

Aqui no blog da Adiq, produzimos conteúdos que podem ajudá-lo a ficar por dentro do mercado de pagamentos. Não deixe de acessar nossa página do blog para acompanhar nossas próximas postagens.

Saiba mais em nosso podcast, o AdiqCast.

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Meios de pagamentos

Meios de captura: conheça as opções presentes nas lojas físicas e online

Os meios de captura representam uma forma importante de as empresas facilitarem o pagamento de produtos e serviços, seja em lojas físicas, seja pela internet.

Anos atrás, havia apenas os grandes bancos e poucas adquirentes que forneciam o serviço, elevando bastante os custos e dificultando o acesso de pequenos e médios empreendedores. Hoje, porém, com as fintechs e novas regulamentações, outras empresas surgiram nesse cenário e os serviços financeiros se democratizaram.

Neste artigo, você vai conhecer os principais meios de capturas de vendas no meio online e offline, e quais as vantagens para as empresas.

POS

POS é a sigla para Point of Sales e é o mais popular entre os meios de captura de vendas. É mais conhecido como maquininha de cartão. Ela sem dúvida tornou-se um elemento essencial para qualquer estabelecimento.

O POS aceita vendas de cartões de crédito ou débito, além dos vales refeição e alimentação. Nele, o consumidor insere seu cartão e digita a senha para validar a operação.

Alguns modelos de POS trazem recursos extras que permitem outras formas de pagamento, como por código QR ou por tecnologia contactless. Ambos os instrumentos utilizam o celular para realizar a compra.

No caso do código QR, a maquininha gera um código na tela, e o consumidor utiliza um aplicativo específico para ler o visor por meio da câmera do celular.

Já o contactless usa a tecnologia NFC para fazer a comunicação entre o cartão (que precisa contar com o recurso) e maquininha.

Uma das grandes vantagens da maquininha é a sua mobilidade. Ela se conecta via rede de dados e, por isso, pode ser utilizada por empreendedores que também trabalham fora da loja.

POS Mini

Existem modelos de maquininha que são econômicas, porém, com recursos mais limitados. São normalmente conhecidas como modelos “mini”. Em geral, necessitam de um celular ou tablet com conexão à internet para funcionar.

Na prática, o POS mini serve para inserir os dados da operação e a leitura do cartão. Então, ela se conecta ao smartphone via bluetooth para transmitir os dados.

Carteiras digitais (ewallet)

As carteiras digitais podem transformar dispositivos móveis, como smartphones, em verdadeiros meios de pagamento. Por isso mesmo levam esse nome. Elas podem ser utilizadas tanto em lojas físicas como no e-commerce.

Seu funcionamento é bem simples. O usuário cadastra seu cartão de crédito na plataforma da carteira digital, que pode ser um site, ou um aplicativo no smartphone. Dessa forma, usando seu cadastro na instituição, a compra pode ser feita.

No caso do aplicativo instalado no smartphone, basta aproximar o celular ao terminal de pagamento habilitado para fazer a leitura dos dados. Nesse caso, o dispositivo precisa contar com a tecnologia NFC. Daí então, as informações da compra aparecem na tela para fazer a autorização.

No e-commerce, as ewallets também facilitam na hora do checkout. Em vez de preencher seus dados de cartão de crédito, basta fazer o login na carteira digital, e a compra já pode ser feita. Nesse caso, o usuário é redirecionado para a página da carteira digital e depois da aprovação retorna para fechar o pedido.

TEF

A Transferência Eletrônica de Fundos (TEF) é uma maquininha de leitura de cartões integrada ao Ponto de Vendas (PDV). Elas são muito utilizadas em estabelecimentos de médio e grande porte, pois facilitam bastante o processamento das vendas no caixa.

Uma vez que o meio de captura de pagamento fica integrado ao sistema de vendas do estabelecimento, a inserção dos dados do pagamento é automática.

O PDV inclui outros equipamentos para tornar possível a integração, como leitores de códigos de barras e computadores. É muito útil, por exemplo, em supermercados e lojas de conveniência, onde ocorre a compra de vários itens.

Split de pagamento

O split de pagamentos é um meio de captura comum no marketplace, em que há o compartilhamento de diferentes vendedores em um mesmo espaço online de vendas.

Digamos, por exemplo, que o consumidor efetuou a compra de diversos itens de vendedores diferentes. Por meio do split de pagamento, o cliente faz um pagamento único, e o valor é automaticamente direcionado a cada vendedor, deduzindo-se o percentual do marketplace.

Do lado do lojista, ele recebe os dados de quais produtos foram comprados, quem comprou e valor de cada um deles.

Link de pagamento

O link de pagamento é um meio de captura online muito prático, especialmente para vendedores autônomos.

O empreendedor pode cadastrar um link de pagamento para cada produto. Ao clicar no link para fazer o pagamento, o cliente é redirecionado para a página da instituição financeira para a inserção dos dados do cartão.

Esse link também pode ser utilizado em redes sociais, associando o anúncio do produto a um link de pagamento. Outra forma é o envio por meio de mensagens, via WhatsApp ou SMS, por exemplo.

Gateway de pagamento

O gateway de pagamento é como se fosse uma maquininha de pagamentos em lojas online. Sua função é fazer a integração da loja virtual com o banco. Por isso, é fundamental que se contratem outros serviços de segurança e se tomem precauções antifraude.

Por exemplo, é necessário contratar um serviço de certificado digital SSL. Além disso, a própria loja vai fazer a gestão de risco.

A maior parte dos gateways de pagamento dão recursos para relatórios e dashboards das vendas. Isso é muito importante para o gerenciamento do empreendimento.

Ao contrário do que aconteceria com um intermediador de pagamentos, tal como as carteiras digitais, o cliente não é redirecionado. Todo o processo de vendas ocorre dentro da página de checkout. Isso pode ajudar a reter a venda, dando mais credibilidade. Por outro lado, aumenta a responsabilidade do lojista em relação à proteção dos dados.

As opções disponíveis no mercado de meio de captura de vendas são inúmeras. Cabe à empresa buscar as melhores opções, conforme seu modelo de negócio e também levando em conta o perfil do seu público. Além disso, diversificar essas opções podem facilitar o pagamento e atrair ainda mais clientes ao empreendimento.

Gostou do artigo? Então, acompanhe nosso blog e fique de olho nas novas postagens para ficar atualizado com o mercado de pagamentos!

Veja também o nosso vídeo sobre o tema.

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Novidades

Alerta de incidentes

Ninguém deseja passar por incidentes ou indisponibilidades em seus processos e atividades, mas em alguns casos é praticamente inevitável.

Sabendo disso, é importante dar a máxima atenção na comunicação para que todos os envolvidos fiquem devidamente atualizados.

E é aí aonde queríamos chegar. Nesse mês, estamos colocando em prática um projeto de alerta de incidentes, que visa a melhoria na comunicação de qualquer problema que possa te impactar de uma maneira mais ágil e transparente.

Como isso funciona?

Quando um incidente acontece, o nosso time de atendimento se certificará de notificar via SMS as pessoas impactadas, até que o problema seja solucionado.

Por exemplo, suponhamos que haja um problema no EDI, dessa forma você receberá, em tempo real, uma mensagem semelhante a essa: “Prezado cliente, informamos que tivemos um atraso no processamento do arquivo de conciliação EDI. O nosso time já está trabalhando para resolver essa questão e em breve o serviço será disponibilizado.”

Assim, garantimos a você que estamos atentos e trabalhando para mantê-lo informado e, principalmente, tranquilo de que tudo será resolvido o mais rápido possível.

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Meios de pagamentos

Glossário Adiq

O segmento de meios de pagamentos é repleto de expressões que podem confundir muitas pessoas. Por isso, preparamos uma lista extensa dos principais conceitos que você precisa conhecer.

Sempre que tiver uma dúvida, confira o Glossário Adiq para entender melhor esse mercado!

Adquirência

A adquirência é um serviço fornecido por empresas conhecidas como adquirentes, ou credenciadoras. Elas fornecem aos comerciantes tecnologias ligadas a meios de pagamentos, como o uso de cartões de crédito e débito.

Os serviços fornecidos compreendem mecanismos de captura de transações realizadas online ou por meio da venda e aluguel dos terminais de processamento de dados de cartões de crédito e débito, popularmente chamadas de “maquininhas de cartão”.

Autorização

Em um processo de pagamento, a bandeira e o emissor precisam verificar os dados que foram coletados pela adquirente. A transação pode ser aprovada ou não, conforme o resultado da análise feita. A esse procedimento damos o nome de autorização, que é baseado em diferentes fatores, como valor disponível para o consumidor ou mesmo o contexto da compra.

Bandeiras

Por trás de toda a infraestrutura técnica e das normas para o processamento das transações financeiras (pagamentos e estornos), existem instituições responsáveis por regular esses processos. Elas são as bandeiras. Suas regras são válidas até mesmo em diferentes países, de modo que um cartão de crédito emitido no Brasil pode realizar transações do outro lado do mundo.

Captura

Captura se refere à coleta de informações feita em uma transação. Na prática, o pagamento é registrado e transmitido com toda a segurança para a bandeira e o emissor, que vão analisar o processo e fazer ou não a autorização do pagamento.

Carteiras digitais

Também conhecidas como ewallet, as carteiras digitais constituem um conjunto de serviços que registra todas as informações dos meios de pagamento de um consumidor para que ele possa fazer compras de modo mais rápido.

Nessas carteiras digitais, o usuário cadastra um ou mais cartões de crédito, além de poder acumular créditos que podem ser usados para fazer pagamentos em sites, de serviços ou pagar outros usuários que também usam a plataforma.

Chargeback

Chargeback é o processo de estorno que acontece quando o comprador contesta a transação. Após a análise, a venda pode ser cancelada e o valor retorna ao consumidor.

Checkout

O termo normalmente é usado para se referir ao fechamento de compras online, quando o consumidor insere seus dados de pagamento e, quando for o caso, o endereço de entrega do produto. O mesmo processo pode também ocorrer em lojas físicas.

Conciliação bancária

Trata-se da comparação entre o relatório de vendas do estabelecimento comercial e o extrato da conta bancária. Nesse momento, a empresa pode averiguar se há diferenças e o motivo de possíveis desvios.

Consumidor

É aquele que consome produtos e serviços de uma empresa. Em outras palavras, é um cliente comprador que realiza um pagamento em troca de um item ou serviço.

Domicílio bancário

Refere-se à instituição bancária na qual o comerciante abre uma conta para a entrada dos valores referentes às suas vendas.

Emissor

O emissor é a instituição financeira que fornece o serviço de meio de pagamento para os usuários.  Existem diferentes meios de pagamentos, sendo cartões de crédito, de débito e cheques os principais.

Normalmente os emissores são os bancos. No entanto, outros tipos de estabelecimentos/empresas podem fornecer esse serviço.

Estabelecimento comercial (EC) ou merchant

O estabelecimento comercial consiste no conjunto de ativos (corpóreos ou não) reunidos pelo empresário para realizar suas atividades de venda e prestação de serviços entre troca de pagamentos. A expressão merchant pode se referir também à pessoa que recebe pagamento pelos serviços prestados ou vendas.

Fraude

Refere-se a qualquer ação ou esquema em que uma pessoa física, empresa ou grupo de pessoas articulam para ganhar lucros ou vantagens em prejuízo de outras pessoas. Muitas vezes, são adotados comportamentos ilegais ou criminosos para enganar e trazer prejuízos a pessoas físicas ou jurídicas.

Gateway de pagamento

É uma interface ou plataforma que integra o usuário, o lojista, o banco e a adquirente no processamento de compras online. Em outras palavras, funciona no e-commerce como uma maquininha funciona na loja física. Dessa forma, o gateway é usado no checkout para se ligar à adquirente e processar o pagamento pela internet.

Intercâmbio (interchange)

O intercâmbio é uma taxa cobrada a cada transação. Ela é paga ao emissor do cartão e é calculada com base em diferentes variáveis, como o tipo de cartão.

KYC (Know Your Customer, ou Conheça Seu Cliente)

O KYC nomeia uma série de regras ligadas ao monitoramento das transações, identificação dos clientes, gestão de riscos e cadastro. O objetivo é validar a identidade dos usuários e garantir a idoneidade das transações, buscando reduzir as chances de fraude, ocultação de origem ilícita de bens (lavagem de dinheiro), financiamento ao terrorismo e roubo de identidade.

MCC (Merchant Category Code, ou Código de Categoria de Comerciante)

É um código numérico de quatro dígitos usado para categorizar o comerciante conforme o tipo de produto ou serviço que fornece. A atribuição é feita pela bandeira para segmentar os negócios. Conforme a categoria em que a empresa se encaixa, haverá regras e taxas específicas.

MDR (Merchant Discount Rate, ou Taxa de Desconto do Comerciante)

Em cada transação de cartão de crédito ou débito, as adquirentes também cobram uma taxa pelo uso de suas ferramentas. Essa cobrança é o MDR. Na prática, o consumidor paga a fatura do cartão ao banco. A taxa é deduzida quando a adquirente repassa o montante ao lojista.

Essa taxa serve para garantir o investimento do desenvolvimento dos serviços, o que fornece muito mais segurança e agilidade nas tecnologias adotadas.

Modelo 4 Partes

O modelo 4 partes é a expressão que nomeia o arranjo de pagamento composto por quatro agentes principais: emissores, adquirentes, consumidores e comerciantes. Esse modelo é gerenciado pela bandeira, que fornece regras para o fluxo de pagamentos.

P2P (peer-to-peer, ou ponto-a-ponto)

No contexto dos meios de pagamento, P2P se refere ao esquema de transação que ocorre entre duas pessoas (dois pontos), sem a necessidade da intermediação de uma instituição.

Para ilustrar, podemos citar as plataformas P2P Lending, que funcionam para ligar empresas que desejam empréstimos a pessoas físicas ou jurídicas que desejam investir. Nesse sistema, não há a intervenção de um banco para a concessão de crédito.

Pagamento recorrente

Pagamento que ocorre regularmente dentro de certo período estipulado pelo vendedor. É um modelo muito comum na assinatura de um serviço, mensalidades e planos diversos.

Esse pagamento pode ser feito em base anual, semestral, mensal, quinzenal ou mesmo semanal. As possibilidades são variadas.

PDV (Ponto de Venda)

A princípio, refere-se ao ambiente usado pelo comerciante para receber consumidores e fazer vendas. No contexto dos meios de pagamento, refere-se aos sistemas (hardware e software) empregados no ambiente comercial para fazer operações de venda.

Quando falamos de estabelecimentos comerciais de médio e grande porte, o PDV pode englobar a integração entre diferentes tecnologias de automação, como TEF, computadores, leitores de código de barras e terminais Pin Pad.

PCI DSS (Payment Card Industry Data Security Standards)

O Padrão de Segurança de Dados da Indústria de Cartões de Pagamento, em português, é formado por uma série de procedimentos e requerimentos de segurança adotados para proteger os dados sigilosos dos titulares de cartões de crédito.

O objetivo é reduzir os riscos de fraudes e roubo de dados dos usuários.  O PCI DSS é composto por doze requisitos de segurança que precisam ser seguidos pelas instituições para mitigar as chances de invasões e perdas de informações.

Subadquirentes

A subadquirente presta serviços de gerenciamento para intermediar a relação entre bandeira, adquirente, comerciantes e clientes. Dessa forma, facilitam a aquisição de um meio de pagamento por parte dos comerciantes. Elas oferecem serviços adicionais, cobrando um valor percentual maior do que seria a relação direta com a adquirente.

Taxa de autorização

A taxa de autorização é um cálculo feito na relação entre o volume de transações negadas e as aprovadas.  Uma taxa de transação elevada significa que o volume de vendas efetivamente feitas foi alto. Isso significa também mais receita para o comerciante.

TEF (Transferência Eletrônica de Fundos)

Trata-se de uma tecnologia que liga o Pin Pad do estabelecimento ao sistema de automação comercial. Essa conexão permite que o valor da compra computado no terminal do caixa seja automaticamente digitado no terminal de pagamento, e a resposta de autorização retorne ao caixa para a emissão do cupom fiscal.

Terminal de pagamento

O terminal é a máquina utilizada para coletar os dados de pagamento do cliente e transmiti-los à adquirente, seguindo todos os protocolos de segurança. Após a transmissão, o emissor e a bandeira serão responsáveis por autorizar o pagamento.

Terminal de pagamento – Leitor

O terminal leitor é um equipamento que captura os dados, mas não tem autonomia para fazer a transmissão, pois precisa de uma rede de dados ou sem fio para completar o processo de envio.

Terminal de pagamento (Pin Pad, ou Personal Information Number — Peripheral Adapter Device)

Chamado simplesmente de Pin Pad, é um equipamento que trabalha em conjunto com o TEF e o sistema de automação comercial. Nele o cliente insere o cartão e digita seus dados, que serão transmitidos para a automação.

Terminal de pagamento (POS – Point of Sale)

É um equipamento que tem os recursos suficientes tanto para capturar os dados de pagamento quanto enviar de forma segura para a adquirente, sem a necessidade de outras máquinas.

Token

É um código aleatório que se renova a cada transação para fornecer mais segurança durante o processo de pagamento. Dessa forma, não é necessário que o usuário informe seus dados todas as vezes que efetuar uma transação.

TPV (Total Payment Volume, ou Volume total de pagamento)

Trata-se do montante de pagamentos recebidos por uma empresa.

Transação

É a operação comercial feita entre o consumidor e um estabelecimento. Cada transação pode ser aprovada ou não, levando-se em conta a consistência dos dados apresentados e o potencial de risco da operação.

Venda presencial

É a transação feita na presença do cliente.

Venda online

É a transação comercial feita na ausência do cliente, como ocorre em vendas pelo e-commerce, no telefone ou via e-mails.

Voucher

Consiste em documento, título ou mesmo um cartão-benefício que representam um valor financeiro. Dessa forma, ele pode ser usado na compra de produtos ou serviços específicos, como combustível, itens alimentícios ou no transporte público. O vale-refeição é um tipo de voucher.

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Produtos e Serviços

O que é link de pagamento?

Existem no mercado diferentes meios de captura que facilitam bastante a vida de clientes e empresários. Uma das modalidades que tem se tornado muito popular nos últimos anos é o link de pagamento. Você já usa no seu negócio?

Por meio do link de pagamento, a venda pode ser feita mesmo sem o cliente acessar o e-commerce ou ir à sua loja. Quer entender melhor como funciona? Continue a leitura e saiba mais!

O que é link de pagamento?

O link de pagamento é uma ferramenta de captura de vendas criada para fazer uma cobrança por meio de um link personalizado que pode ser usado para uma venda pontual.

Este serviço pode ser utilizado por pessoas físicas e jurídicas. No entanto, por ora, veremos mais a fundo como o link de pagamento pode ser utilizado como ferramentas de vendas para os negócios.

Como o link de pagamento funciona?

Por meio da plataforma ou aplicativo da empresa que fornece o serviço, o usuário cadastra um produto, atribuindo a ele um valor. Após isso, o sistema gera um link de pagamento que pode ser compartilhado por e-mail ou aplicativo de mensagens, como WhatsApp.

Quando o cliente recebe e clica no link, ele é redirecionado para a página com um checkout seguro.

É possível usar para vendas de produtos e serviços?

Sim, é possível. Na verdade, o link de pagamento pode ser criado tanto para mercadorias físicas e serviços, quanto para itens intangíveis, como produtos digitais.

Ao criar o link, normalmente não é obrigatório escrever uma descrição do item negociado. Nesse caso, basta inserir o valor e compartilhar o link gerado.

É preciso ter um e-commerce para criar um link de pagamento?

Não é necessário ter uma loja virtual para usar links de pagamentos, já que eles podem ser compartilhados por mensagens. Também não precisa usar nenhuma outra plataforma, a não ser a da empresa que fornece o serviço de pagamentos.

Dá para cadastrar mais de um produto ou serviço em um mesmo link?

É possível registrar diversos produtos em um único link, como se fosse um combo, por exemplo. Assim, o cliente efetua um único pagamento e compra diferentes itens que fazem parte de um mesmo pacote.

A empresa também pode somar o preço de diferentes produtos comprados pelo cliente e gerar um link para aquela compra específica.

Quais as vantagens de utilizar esse meio de captura de vendas?

O link de pagamentos traz muitas vantagens a empresas e empreendedores. Veja a seguir quais são elas:

Praticidade

Um dos principais benefícios é a praticidade. Com apenas alguns cliques, o link pode ser enviado para o cliente efetuar o pagamento.

Especialmente em época de isolamento social, em que vendas presenciais têm se tornado mais difíceis, contar com uma ferramenta de captura online é uma grande vantagem.

Mais independência

Quem usa um link de pagamento não precisa ter um site, maquininhas ou um e-commerce. Basta fazer um cadastro simples e rápido, e já enviar seus links para fazer as cobranças.

Assim, quem trabalha como autônomo e vende pelas redes sociais pode inserir o link na descrição do produto e já estará apto a receber os pagamentos.

Pagamento sem distrações

O link de pagamento redireciona o cliente para uma página livre de distrações. É diferente de uma página de checkout em um e-commerce, por exemplo, que pode conter diversas informações que podem fazer o usuário sair da página.

Por exemplo, no e-commerce, não é raro a página de checkout apresentar outras opções de compras para o cliente. Ele pode clicar nelas e talvez não voltar para fechar o pedido. No caso do link de pagamento, só haverá as opções de inserção de dados.

Como utilizar o link de pagamento no seu negócio?

O cenário atual da pandemia tem forçado muitas empresas a se reinventarem. Aquelas que apenas vendiam presencialmente, por exemplo, precisam aprender maneiras de entregar seus produtos e serviços à distância. E quando o assunto é a captura da venda, o link de pagamento se tornou uma saída muito interessante.

Assim, mesmo quem não tem condições de montar uma loja virtual, pode disponibilizar seus produtos em redes sociais e atrelar os itens a links de pagamentos, de uma forma rápida e fácil.

Mas esse link não é direcionado apenas para quem é autônomo. Qualquer tipo de serviço prestado por empresas, ou mesmo venda de produtos, também pode ser cobrado por ele.

Digamos, por exemplo, que sua empresa seja uma loja varejista que tenha feito um orçamento específico para um cliente. Ele ficou de pensar nos valores, mas você pode enviar um link de pagamento com o valor acordado, configurando uma data de validade. Dessa forma, mesmo à distância, o cliente pode fechar a venda, pois terá o link à disposição. Com isso, ele não precisa fazer a viagem até sua loja, e você não perde a compra.

Empresas que trabalham com delivery também podem fazer um bom uso dessa ferramenta, muitas vezes dispensando a necessidade de o entregador carregar a maquininha de pagamento.

As possibilidades de uso do link de pagamento são muito diversas. Essa pode ser a solução de vendas online para muitas empresas e empreendedores que precisam de um meio de captura eficiente, seguro e flexível.

Gostou das dicas? Então, acompanhe nosso blog e confira nossas novas postagens para ficar por dentro do mercado de meios de pagamentos!

Saiba mais sobre link de pagamento assistindo o vídeo abaixo.