Categorias
Segurança

Por que implementar a autenticação de dois fatores (2FA)?

A autenticação de dois fatores — 2FA, sigla para Two Factors Authentication — é uma das técnicas mais relevantes na área da segurança digital para garantir maior proteção aos dados pessoais dos usuários. Diversos serviços já utilizam esse método, de forma que sua usabilidade já está bastante difundida entre empresas e clientes.

Apesar de ser bastante comum em aplicativos de e-mail, mensagens e bancários, a autenticação de dois fatores também está sendo utilizada em outros segmentos empresariais, proporcionando mais segurança para negócios e clientes.

Neste artigo, você vai entender melhor como funciona o 2FA, quais as vantagens de implementar esse sistema e como fazer isso.

O que é autenticação de dois fatores (2FA)?

A autenticação de dois fatores é uma técnica de proteção a acessos a sistemas que incrementa uma camada de segurança no momento da autenticação de um usuário a uma plataforma ou um aplicativo. O objetivo é comprovar a identidade da pessoa que está tentando acessar o sistema. Para isso, exige-se do usuário pelo menos dois dos seguintes fatores:

  • algo que o usuário sabe: como senhas, respostas a perguntas secretas ou PINs;
  • algo que o usuário tenha: como códigos enviados por e-mail e SMS, geração de códigos em apps do smartphone e chaves de segurança física.
  • alguma característica biométrica do usuário: como impressão digital, reconhecimento facial ou voz.

Ao combinar dois desses fatores, o sistema pode comprovar que a tentativa de acesso é legítima.

Como funciona?

Em primeiro lugar, o sistema precisa fornecer ao usuário a possibilidade de configurar a autenticação de dois fatores, que pode ser opcional ou obrigatória. Então, dentro do próprio sistema, o usuário informa o segundo fator de autenticação, conforme as opções disponíveis.

Após configurado, o sistema em que o usuário for fazer o login vai exigir o código do segundo fator de autenticação. Essa solicitação pode ocorrer a cada acesso ou toda vez que o usuário usar um novo navegador ou dispositivo para entrar no sistema.

Quais os tipos de 2FA?

Ao configurar um segundo fator de autenticação, a plataforma disponibiliza algumas opções. Confira as mais usadas!

Entrega de SMS ou e-mail

A autenticação via código entregue por SMS ou e-mail é um dos fatores mais comuns, mas não um dos mais seguros. A ideia é simples: uma sequência alfanumérica é enviada ao número de telefone ou e-mail cadastrado. Esse código deve ser inserido no momento do login.

A desvantagem desse modelo é que o SMS e o e-mail são meios facilmente acessíveis pelo próprio smartphone, sem a necessidade de uma autenticação adicional para verificar o código. Assim, os dois fatores de autenticação ficam rapidamente disponíveis no mesmo aparelho, sem uma proteção adicional. É uma facilidade que também pode ser um risco.

Autenticador via app mobile

O autenticador mobile é um aplicativo instalado no smartphone que gera códigos aleatórios, ou tokens. Normalmente não precisa de internet ou conexão com a rede telefônica para funcionar. Outra diferença dos códigos via SMS e e-mail é que o acesso ao aplicativo do autenticador também exigirá uma senha, o que adiciona uma camada a mais de segurança.

Autenticação biométrica

autenticação biométrica utiliza características físicas ou comportamentais para comprovar a identidade do usuário, como reconhecimento facial, dos olhos, da voz e impressão digital. Primeiro, as soluções fazem essa leitura e gravação dos dados. Então, no momento do login, solicitam a leitura para comparar os dados biométricos.

Push Notification

A autenticação nesse caso é feita por meio de uma notificação enviada para um aparelho confiável do usuário. Assim, funciona como um alerta. Dessa forma, bastará o usuário clicar na opção de autorizar o login quando a notificação for exibida.

Onde a 2FA é normalmente usada?

A autenticação de dois fatores é utilizada em diversos serviços, como:

  • plataformas de e-commerce;
  • ambientes privados corporativos;
  • contas de e-mail;
  • aplicativos de mensagens;
  • aplicativos de gestão de senhas;
  • contas e transações bancárias.

Mas porque é tão importante investir nessa tecnologia de segurança? Entenda mais!

Por que utilizar essa tecnologia?

O investimento em uma tecnologia de segurança como a autenticação de dois fatores pode prevenir muitas fraudes.

Previne ataques de cibercriminosos

Infelizmente, ter a senha como único método de validação para acesso a sistemas não é mais suficiente para prevenir ataques de cibercriminosos.

A autenticação de dois fatores incrementa uma camada a mais de segurança que dificulta o acesso de pessoas não autorizadas. Mesmo que o criminoso tenha acesso a senha, a 2FA ativada vai impedir que o hacker acesse o sistema, pois o login falhará.

Protege a empresa de problemas legais

Caso um hacker consiga ter acesso aos dados do usuário, ele pode causar muitos prejuízos. É dever da empresa implementar soluções que protejam os dados pessoais de seus usuários. Se o sistema de segurança falhar e os registros vazarem, o negócio poderá ter sérios problemas com multas e processos judiciais, conforme as regras da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD).

Resguarda a imagem da empresa

Uma das informações que os hackers mais desejam são números de cartões de crédito, telefone, e-mail e outras informações usadas para aplicar golpes. Ter o nome da empresa associada a esse tipo de golpe pode fazer o negócio perder força no mercado.

Como implementar no sistema da empresa?

A implementação do método de autenticação de dois fatores depende da plataforma utilizada pela empresa. No marketplace, por exemplo, é preciso verificar a disponibilidade que a plataforma fornece.

Em sites construídos com WordPress, é possível instalar plugins para implementar o sistema no processo de login. Também existem empresas que fornecem soluções especializadas para cada formato desejado.

Com o aumento dos golpes e tentativas de invasão de sistemas online, é muito importante que a empresa adote soluções mais robustas para proteger seus clientes e dados corporativos. Nesse sentido, a autenticação de dois fatores representa uma ferramenta simples, porém, muito eficiente para aumentar a segurança no acesso às plataformas.

Gostou das nossas dicas? Então, continue acompanhando os artigos do blog e nos siga em nossas redes sociais. Estamos no Facebook, no YouTube, no LinkedIn e no Instagram.

Categorias
Meios de pagamentos

Stablecoin: o que é e qual a diferença para o bitcoin?

A stablecoin é um tipo de criptomoeda com uma diferença muito vantajosa em relação às demais: ela tem uma estabilidade muito próxima às moedas correntes, como o real. Essa baixa volatilidade gera muitas vantagens, especialmente em um mercado de criptomoedas com tantas oscilações. 

Siga com a leitura e entenda melhor como funciona essa moeda virtual. Saiba como ela pode ser usada fora do mundo das criptomoedas. 

O que é stablecoin? 

As stablecoins são uma categoria de criptomoedas que dão mais estabilidade de valor, especialmente se comparadas às demais moedas virtuais, como o Bitcoin. Esses ativos são atrelados ou lastreados a um ativo de reserva mais estável, como ouro ou dólar. 

Esse lastro significa que para cada unidade de stablecoin é preciso que a instituição que emite precisa ter o ativo real correspondente em reserva. Por exemplo, se cada stablecoin estiver cotada em US$ 1, a instituição precisa ter esse valor em dinheiro guardado. 

Esse funcionamento é muito semelhante ao padrão-ouro que funcionou até agosto de 1971, em que a emissão do papel-moeda devia ser feita com base na quantidade real de ouro no tesouro do país. 

Como acontece com qualquer outra criptomoeda, as stablecoins também são geradas em uma blockchain, que é um tipo de livro-registro virtual super seguro. 

Para que servem? 

As características das stablecoins as tornam ideais para diversas situações, como: 

  • conversão para dólar, uma vez que seu lastro é a moeda norte-americana.  
  • transferências para qualquer lugar sem precisar de bancos; 
  • pagamentos com cartões de débito ou transferência direta a fornecedores; 
  • investimento no mercado cripto com baixo risco, opção ideal para iniciantes; 
  • ponte entre as moedas do mundo real e as criptomoedas, bastando trocar suas bitcoins por uma stablecoin lastreada em dólar, por exemplo. 

Quais os tipos de stablecoin?  

Existem no mercado pelo menos quatro modelos de stablecoins que se diferenciam especialmente pelo lastro. 

Lastro em moeda fiduciária 

Vamos começar pelas mais tradicionais. As stablecoins lastreadas em moeda fiduciária seguem uma regra de 1:1, isto é, cada stablecoin criada tem uma representação de igual valor na reserva da instituição. A USDC é um exemplo em que cada unidade equivale a US$ 1. 

Lastro em criptomoedas 

São lastreadas com base no valor de outras criptomoedas. Assim, o preço é parecido com outro ativo digital. O exemplo mais conhecido é a DAI que precisa de ETH em contato inteligente para ser gerada. 

Lastro em commodities 

O lastro aqui são commodities, como ouro — o ativo mais usado nesses casos. O Pax Gold (PAXG), por exemplo, é uma stablecoin em que cada 1 onça de ouro (31 gramas) equivale a um token dessa criptomoeda. 

Stablecoins algorítmicas  

O cálculo do lastro das stablecoins algorítmicas são um pouco diferentes. Elas têm seu valor baseadas no uso de contratos inteligentes e algoritmos.  

Quais as principais stablecoins hoje? 

Existe uma infinidade de stablecoins disponíveis no mercado hoje. Mas podemos destacar os projetos de maior relevância no cenário das criptomoedas: 

  • Theter (USDT): é a primeira stablecoin lançada no mercado, em 2014, lastreada em dólar; 
  • USD Coin (USDC): foi lançada em 2018 pelo consórcio Centre formado pelas empresas Circle e Coinbase; 
  • TerraUSD: também lastreada em dólar na proporção 1:1, foi criada pelas empresas Terra e a Bittrex Global; 
  • Binance USD: foi criada em 2019; 
  • pela empresa Paxos Trust Company em parceria com a Binance; 
  • MarkerDAO (DAI): uma das principais stablecoins lastreadas em bitcoins. 

Stablecoin x criptomoedas — quais as diferenças? 

As stablecoins e as criptomoedas atuam no mesmo mercado e são geradas pela blockchain, mas apresentam diferenças muito importantes que detalharemos a seguir. 

Lastro 

Esse é um dos principais aspectos que aproxima as criptomoedas das moedas fiduciárias que usamos em nosso dia a dia. Como já explicamos, o preço das stablecoins são atreladas a um ativo que a instituição precisa ter em reserva. Assim, o mesmo valor é praticado entre investidores e comerciantes, como no mercado tradicional. 

Já as criptomoedas não se pareiam com outros ativos, embora alguns especialistas afirmem que a tecnologia utilizada pela moeda virtual funcione como um lastro.  

Essa falta de lastro é considerada por muitos como um dos principais riscos das criptomoedas, já que só existem no mundo virtual, não tendo nada para comprovar seu valor. 

Volatilidade 

As criptomoedas têm preços de mercado que oscilam muito rapidamente e com grande frequência. Por isso, trata-se de um mercado em que os investidores sabem que podem valorizar ou desvalorizar com muita facilidade, o que gera baixa confiabilidade. 

No caso das stablecoins, já que são atreladas a ativos mais estáveis, como ouro ou moedas fiduciárias, elas têm o potencial de apresentar menor volatilidade. Por isso, muito raramente você verá quedas significativas de um dia para o outro, como é comum no mundo das criptomoedas.  

Valorização 

Já que stablecoins são atreladas a ativos reais, são mais estáveis, uma característica positiva que também impede que se beneficiem com grandes saltos de valorização, como ocorre com as criptomoedas. Assim, quem investe em stablecoins sabe que terá uma moeda menos volátil e mais segura, porém, está ciente que não usufrui de grandes rendimentos.  

Centralização 

Uma das principais características das criptomoedas é sua descentralização, ou seja, não são reguladas por nenhuma instituição. Por outro lado, as stablecoins são criadas por grandes empresas, o que reduz a transparência das operações. Por outro lado, esse mecanismo garante maior segurança ao investimento. 

Comportamento frente à inflação 

As criptomoedas são vistas por muitos como ferramentas de proteção contra a inflação, exatamente pela descentralização da moeda. No entanto, como as stablecoins são atreladas a moedas fiduciárias, elas se tornam dependentes de decisões tomadas pelos bancos centrais, especialmente relativas ao controle da inflação no país. 

Elas são aceitas para pagamentos? 

A popularidade das stablecoins está apenas começando, mas sua estabilidade já está abrindo portas para que possam ser usadas no mercado de pagamentos.  

Por exemplo, em março de 2022, a Visa pronunciou sua proposta de aceitar a USDC para transações. Inclusive, o São Paulo Futebol Clube usou a USDC para a contratação de um jogador.  

O Banco Central também está planejando uma versão do real digital, que é uma espécie de stablecoin, pois é lastreada na moeda brasileira. O PicPay, uma fintech que fornece carteiras digitais, também tem propostas de implementação de uma stablecoin lastreada em reais, a BRC. 

O fenômeno stablecoin ainda é incipiente e carece de regulamentação. Mas sua dinâmica e estabilidade atrai muitos investidores e apresenta um grande potencial de se tornar uma ferramenta de pagamento para o nosso dia a dia. 

Gostou de ficar por dentro de mais esse conteúdo sobre criptomoedas. Então, continue nos acompanhando pelo nosso blog da Adiq e siga nossas redes sociais. Estamos no Facebook, no YouTube, no LinkedIn e no Instagram. 

Categorias
Regulatórios e Compliance

O que é Sandbox Regulatório?

Em 30 de outubro de 2021, a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) divulgou a lista com os nomes de startups que vão estrear no Sandbox Regulatório. Esse é apenas um dos três programas do tipo que existem no país — os outros sendo da SUSEP e do Banco Central). Esse ambiente experimental protegido permite que empresas testem projetos inovadores do setor financeiro sem comprometer a segurança do sistema financeiro.

Neste artigo, você vai entender tudo o que está por trás dessa iniciativa, de onde surgiu e que vantagens ele pode trabalhar para o mercado de pagamentos no Brasil.

O que é Sandbox Regulatório?

Sandbox é um termo utilizado por profissionais de TI que se refere a um ambiente isolado onde novas aplicações podem ser testadas sem o risco de que falhas ou invasões interfiram no restante do sistema. Da mesma forma, o Sandbox Regulatório nomeia um ambiente experimental em que inovações podem ser testadas com regras próprias, sem interferir ou gerar riscos ao sistema financeiro (como é o caso dos bancos).

Conforme divulgado pelo Banco Central, o Sandbox Regulatório permite que entidades possam ser autorizadas pela instituição para testar projetos do setor financeiro dentro desse ambiente, obedecendo algumas regulamentações menos restritivas determinadas para esse tipo de atividade.

O objetivo do Governo com essa iniciativa é promover a inovação e a pluralidade de modelos de negócios relacionados ao fornecimento de serviços e produtos financeiros. Como consequência, a concorrência tende a ficar maior, e os usuários se beneficiam com serviços que atendem às suas necessidades com valores competitivos.

Mas o que são produtos e serviços inovadores testados no sandbox?

Quando falamos em modelos de negócios inovadores, a ideia é executar um projeto que lança mão da tecnologia para oferecer um produto ou serviço ainda não existente no mercado. O resultado do projeto deve gerar eficiência, reduzir custos ou democratizar o acesso das pessoas aos serviços em geral.

Ao participar do Sandbox Regulatório, o participante ganha algumas vantagens, como:

  • ser monitorado pelo Banco Central, o que lhe dá expertise em um ambiente regulado e supervisionado;
  • testar seu projeto com clientes de verdade;
  • gerar dados que contribuem para uma possível nova regulamentação do Banco Central relacionada à atuação do seu projeto, o que lhe garante visibilidade e força de mercado.

Como surgiu?

O primeiro modelo de Sandbox Regulatório se deu em 2015 no Reino Unido. De acordo com o Financial Conduct Authority (FCA), órgão que regulamenta os serviços financeiros no país, a iniciativa aumentou a competitividade no mercado, aproximou o regulador com o mercado, reduziu custos e tempo na implementação de ideias inovadoras e contribuiu para que novos projetos obtivessem investimentos com maior facilidade.

Desde então, outros países instituíram seus próprios modelos, como Austrália, Canadá e países asiáticos, africanos, europeus, asiáticos e do Oriente Médio.

Como é feito no Brasil?

O anúncio da iniciativa de implementar o modelo de Sandbox Regulatório no Brasil foi dado em 13 de junho de 2019 por meio de um Comunicado Conjunto entre a Secretaria Especial de Fazenda do Ministério da Economia e os três órgãos participantes: a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o Banco Central e a Superintendência de Seguros Privados (Susep).

Esses três órgãos apresentam princípios semelhantes, mas são entidades distintas, cada uma com sua própria competência:

  • o Banco Central regula o sistema financeiro e de pagamentos. Assim, supervisionará projetos ligados ao mercado de crédito, financiamentos, consórcios etc.;
  • a CVM supervisiona o mercado de capitais e, portanto, ficarão sob seu controle projetos sobre investimentos, infraestrutura da bolsa de valores e outros relacionados;
  • A Susep regulamenta o mercado de seguros privados.

Dessa forma, essas entidades avaliarão os projetos que estão sob sua supervisão de modo diferenciado, conforme sua área de atuação. Em projetos que englobam atividades que adentrem a supervisão de duas ou três entidades, haverá uma coordenação entre elas. Por exemplo, se estiver sendo testado um produto que integre investimentos e seguros.

Os participantes do Sandbox Regulatório estão sendo monitorados e avaliados a todo momento. O regulador terá acesso aos dados do projeto para garantir mais proteção às operações. Além disso, há regras que vão proporcionar mais segurança aos usuários.

Primeiro, os clientes que participarão do teste precisam ser informados que estão fazendo parte de um ambiente experimental. Os participantes também devem apresentar ao regulador tanto o programa de gerenciamento de riscos quanto um plano de saída, que é a forma como o projeto será descontinuado ao fim do experimento.

Vale registrar que, se durante o teste, o regulador identificar alguma falha grave, o projeto pode ser suspenso e temporariamente cancelado. Por isso, é necessário apresentar um plano de contingência para que os clientes não sejam prejudicados após o cancelamento dos serviços.

Quais as vantagens?

As discussões sobre a implementação de um Sandbox Regulatório no Brasil foram intensificadas com atuação das fintechs ou startups de serviços financeiros.  Essas empresas desenvolveram diversos produtos e serviços que careciam de regulamentação, e a falta de um ambiente de testes tornou esse desenvolvimento mais burocrático e demorado.

Um ambiente experimental monitorado permite que novos modelos sejam testados e validados para que uma possível nova regulamentação seja produzida mais rapidamente.

Nesse cenário, o sandbox surge como uma ferramenta facilitadora para empresas com projetos inovadores no setor financeiro. Elas podem pular etapas e eventuais inflexibilidade das regras, que poderiam travar o desenvolvimento do projeto.

Ao mesmo tempo, o sistema se torna um propulsor para o empreendedorismo no setor financeiro. Com mais serviços inovadores disponíveis ao público, o ambiente se torna mais competitivo, fomentando ainda mais a inovação e multiplicando o número de serviços úteis ao público.

Outra vantagem do Sandbox Regulatório para as startups é para a captação de investimentos. O mecanismo proporciona uma visibilidade e é capaz de validar o lançamento de ideias criativas e inovadoras para o mercado, atraindo a atenção de investidores.

O Sandbox Regulatório é um avanço importante para o desenvolvimento e implementação de projetos inovadores no setor financeiro e de pagamento no país. Com a chegada do Open Banking, mais modelos de negócios devem surgir e esse projeto será uma ferramenta essencial para combater a burocracia e morosidade na implantação de novos serviços.

O que achou da informação? Continue acompanhando o blog da Adiq e seguindo as redes sociais para ficar por dentro das novidades do setor. Acesse nosso perfil no Facebook, no YouTube, no LinkedIn e no Instagram.

Categorias
Vendas online

Community commerce: saiba o que significa essa tendência

Já pensou em contar com a parceria de um influencer das redes sociais para divulgar e vender seus serviços e produtos? Essa é a ideia do community commerce, ou e-commerce comunitário. Pela promoção de conteúdos divertidos e criativos, fica mais fácil que produtos se popularizem e sejam divulgados no boca a boca. 

Neste artigo, você vai entender melhor como funciona essa estratégia de vendas e qual pode ser o impacto no crescimento do seu e-commerce. 

O que é community commerce? 

Community commerce é um tipo de divulgação de vendas feito nas redes sociais em que um criador de conteúdos promove produtos e serviços. Essa estratégia incita o marketing boca a boca, pois muitos seguidores se sentem motivados a experimentar aquilo que o influencer está apresentando. 

Uma característica importante desse modelo é que a apresentação dos produtos ocorre de forma autêntica, divertida e se espalha de modo orgânico, direcionando a campanha para uma comunidade específica da qual o criador de conteúdo faz parte. 

Então, não basta fazer uma apresentação, é preciso criar conteúdo e inserir o produto nesse contexto. Assim, a marca aproveita a conexão que já existe entre o criador e seu público, aumentando as chances de conversão. 

Como funciona na prática? 

É verdade que a própria marca pode fazer um conteúdo com o intuito de viralizar. Mas as chances de sucesso são maiores quando a postagem é produzida por criadores de conteúdo. Eles produzem vídeos — normalmente curtos e divertidos — e os divulgam para a sua comunidade.  

Assim, os membros desse grupo podem gostar da ideia e compartilhar ou produzir novos posts baseados no produto divulgado. Esse esquema normalmente acontece em um ciclo de quatro etapas derivadas de verbos em inglês: 

  1. spark (fazer faísca): o conteúdo é publicado; 
  1. share (compartilhar): os usuários começam a assistir e a compartilhar o conteúdo; 
  1. spike (aumentar): as vendas aumentam com o sucesso do produto; 
  1. sustain (manter): o engajamento com a marca se mantém nas redes. 

Olhando para essa dinâmica, percebemos claramente como o community commerce funciona como um tipo de marketing boca a boca, mas em sua versão digital. É como se fosse uma extensão do social commerce, aproveitando os recursos dessas plataformas para promover e aumentar vendas. 

A melhor forma de entender como funciona o community commerce na prática é analisando o caso do TikTok, um dos agentes mais relevantes nessa estratégia — embora ele possa ser aplicado em qualquer rede. 

Uma das características de maior destaque do TikTok que favorece o e-commerce comunitário é a forma como ele fornece os conteúdos. Na página “Para você”, o TikTok entrega conteúdo baseado nas curtidas, nos compartilhamentos e nos vídeos frequentemente assistidos pelo usuário.  

Esse mecanismo contribui para que os conteúdos direcionados para comunidades ou interesses específicos se disseminem de forma orgânica mais facilmente. Por exemplo, se um usuário costuma ver vídeos sobre penteados, é mais fácil que ele tenha acesso a conteúdo de uma marca de produtos de cabelo, por exemplo. 

Segundo uma pesquisa feita pelo TikTok em conjunto com a Publicis e a WAR, 80% dos usuários da rede afirmaram que a plataforma os ajuda a conhecer melhor as marcas e seus produtos. Em muitos casos, é o primeiro contato deles com a empresa. Com isso, mais consumidores estão migrando para as compras online. 

Mas a ideia é que o conteúdo da marca promovido por algum criador seja divertido e criativo. Isso aumenta as chances de o conteúdo viralizar e gerar o marketing boca a boca.  

Qual a diferença entre community commerce e social commerce? 

Apesar de terem as redes sociais como base, o community commerce e o social commerce apresentam algumas diferenças. Em primeiro lugar, o social commerce é uma estratégia mais ampla que denomina uma série de ações de vendas em redes sociais, incluindo anúncios patrocinados e outras campanhas unilaterais. 

O community commerce, por sua vez, faz parte do social commerce, mas está mais direcionado aos criadores de conteúdo e suas respectivas comunidades virtuais. 

No TikTok, por exemplo, as pessoas gostam de assistir vídeos para se divertir e não se sentem atraídas por anúncios que interrompem o fluxo de postagens. Por isso, as campanhas de community commerce inserem a divulgação dentro dos conteúdos de um modo divertido e informal. 

Como ela ajuda as empresas? 

O community commerce pode ser uma poderosa ferramenta para empresas que vendem pela internet, ajudando a alcançar novos públicos e fortalecer sua marca nas comunidades em redes sociais. 

Fortalecimento da marca 

Ter uma marca forte nas redes sociais é fundamental para o crescimento do negócio, especialmente quando levamos em conta que boa parte do público busca opiniões e recomendações de produtos nessas plataformas. 

Segundo uma pesquisa feita pela Opinion Box, 71% dos brasileiros utilizam as redes sociais para fazer compras. 75% da população utiliza as plataformas para buscar os produtos que desejam. Dessa forma, ter uma presença marcante nesse mundo digital aumenta as chances da marca ser reconhecida pelo público como referência em seu segmento. 

Ampliação de público 

Criadores de conteúdo têm milhares e até milhões de seguidores em sua comunidade, e o que falam e fazem têm uma forte influência nas decisões de compra da sua audiência. Quando essas pessoas fazem postagens divulgando produtos e serviços, a empresa gera uma visibilidade enorme para um novo público consumidor. 

Aumento das vendas 

Abrir as portas para uma nova audiência significa também aumentar as vendas. Quando falamos em plataformas digitais, aquelas etapas da jornada do cliente (descoberta, consideração e decisão) nem sempre são tão lineares. Assim, com uma simples recomendação, a conversão pode ocorrer de modo muito mais rápido, e as etapas se misturam.  

A validação social é um diferencial decisivo na hora da compra. Afinal, as pessoas sempre buscam referências sobre produtos para garantir que sua compra vai ser satisfatória. Segundo a mesma pesquisa divulgada pela Opinion Box, 41% dos clientes gostam de comprar em redes sociais exatamente porque, nelas, conseguem visualizar a opinião de outros consumidores. E se essa opinião for de pessoas em que confiam, as chances de conversão são muito maiores. 

Essa estratégia de community commerce tem um grande potencial de aumentar as vendas em curto prazo. E se a estratégia for direcionada de forma correta, a força da marca se sustenta. 

Gostou dessa tendência para alavancar suas vendas online? Então, continue acompanhando o blog e siga nossas redes sociais para ficar por dentro do nosso conteúdo! Você nos encontra no Facebook, no YouTube, no LinkedIn e no Instagram.