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Financeiro

O que é Banking as a Service?

Você já deve ter percebido uma grande tendência no mercado de diferentes empresas oferecerem serviços financeiros aos seus clientes e parceiros, mesmo sem pertencer a esse segmento. Isso é possível graças ao que chamamos de Banking as a Service.  

Já pensou nessa possibilidade de seu negócio fornecer produtos e serviços financeiros como se fosse um banco digital? Isso sem ter que se preocupar com tecnologias, regulamentações e expertise no setor. Entenda melhor como funciona esse modelo de negócios e quais são as possibilidades! 

O que é banking as a service? 

Banking as a Service, ou simplesmente BaaS, é uma solução que permite a qualquer negócio fornecer serviços financeiros, sem a intermediação de um banco e mesmo que esse não seja seu core business. Essas plataformas desenvolvidas por empresas de tecnologia especializadas no mercado financeiro dão todo o suporte e a base para que diferentes negócios possam imprimir sua marca em serviços financeiros e de pagamentos, como: 

Banking as a Service faz parte de um modelo de produtos do grupo “as a Service”, ou “como um serviço”. Ele é usado por diferentes companhias para fornecer soluções para as empresas que operacionalizam um serviço, sem a necessidade de investir ou comprar uma infraestrutura. A companhia fornecedora do serviço ‘as a service se responsabiliza por todas as normas, tecnologias, suporte e hardware, enquanto a contratante apenas usa o serviço sob demanda pelo tempo que precisar. 

No Banking as a Service funciona da mesma maneira. A empresa contrata uma infraestrutura completa para fornecer serviços financeiros, em um modelo White Label, ou seja, apenas imprimindo sua marca no formato já construído. Entenda melhor como esse conceito pode funcionar. 

Como funciona? 

Afinal, como o BaaS funciona na prática? Todo o fornecimento da infraestrutura de serviços financeiros acontece por meio de APIs (Application Programing Interface). Essa solução é um conjunto de padrões e instruções programados para integrar dois sistemas distintos.  

No caso do Banking as a Service, a API faz a conexão entre o fornecedor da infraestrutura (normalmente uma fintech) e a empresa que vai oferecer serviços financeiros para seus clientes e parceiros. Assim, embora na “fachada” da plataforma, o cliente verá a marca que contrata o BaaS, por trás, toda a programação e infraestrutura é desenvolvida e gerenciada pela fintech. 

Por isso, não haverá problemas com segurança ou funcionalidades, pois os padrões de proteção e recursos são os mesmos de um banco digital, incluindo não somente as tecnologias, mas também as regulamentações definidas pelo Banco Central. 

Para entender melhor como o Banking as a Service funciona, veja um exemplo prático. Digamos que um supermercado deseja atrair mais clientes e fidelizar o público. Então, a gestão tem a ideia de criar um cartão de crédito que fornece descontos especiais para quem usá-lo comprando em sua rede.  

Com base no cartão, também é possível criar programas de fidelização, como pontuação ou cashbacks. Além disso, o supermercado teria dados valiosos sobre comportamento de compra dos consumidores e ficaria mais fácil personalizar o atendimento.  

O supermercado poderia ir além: conceder empréstimo ou até mesmo uma conta bancária em nome da empresa para seus clientes. Mas como um supermercado poderia fornecer esses produtos, já que a lei só permite que instituições financeiras concedam esse tipo de serviço? Aqui entra o Banking as a Service. 

Por contratar uma plataforma BaaS, o supermercado pode contar com toda a infraestrutura necessária para criar a sua própria instituição de pagamento. A plataforma é totalmente customizável, e o supermercado consegue inserir sua marca em todos os serviços financeiros que oferecer.  

Quais as vantagens? 

BaaS traz um benefício competitivo para as marcas que desejam ampliar seu campo de atuação com agilidade, segurança e praticidade, mesmo sem ter nenhum conhecimento no setor financeiro. 

Baixo custo 

Em vez de precisar criar uma solução bancária do zero, a contratação de uma plataforma BaaS permite usufruir de uma infraestrutura já completa, pulando fases de desenvolvimento, licenças, testes etc.  

Além disso, a tecnologia permite que a empresa gerencie suas próprias transações financeiras internas, como recebimento de clientes e pagamento de funcionários, de fornecedores e comissões. Com isso, ganha mais controle, liberdade e economia nas operações. 

Segurança 

A plataforma de Banking as a Service é desenvolvida e gerenciada por empresas especializadas no setor, que detêm todo o conhecimento necessário para garantir a segurança das operações a nível bancário. Assim, um negócio que não pertence a esse segmento, mas deseja fornecer serviços financeiros, pode contar com o mesmo padrão de segurança e confiabilidade por meio do BaaS. 

Fortalecimento da marca 

Ampliar o portfólio de serviços e produtos marcando presença no mundo digital com soluções financeiras certamente fortalece a marca em seu ramo de atuação. 

Retenção de clientes 

Fornecer serviços de empréstimo, cartões de crédito e programas de fidelidade permite que a empresa fique ainda mais próxima de seus clientes. Se o público percebe que o negócio dá oportunidades de crédito e garante melhores condições de pagamento, certamente a empresa se torna a sua primeira opção. 

Personalização de serviços 

Por meio dos dados coletados das compras feitas por seus clientes, a empresa consegue gerar insights para melhor atender o público, como perfil de consumo e padrões de comportamento. Essas informações permitem fornecer serviços e produtos mais personalizados e atraentes. 

Aprimoramento da experiência do cliente 

Banking as a Service tem um grande potencial de fornecer aos clientes uma experiência realmente satisfatória. Afinal, a empresa conhece de perto seus clientes, seus desejos e expectativas. Um conhecimento aprofundado sobre um nicho de atuação alinhado com as soluções do BaaS dá uma ótima base para a criação de produtos que respondam às necessidades dos usuários e do negócio. 

Uma plataforma de BaaS normalmente fornece produtos conforme a demanda das empresas, de forma que é possível escolher os serviços que melhor se encaixam nas estratégias do negócio. Todo o processo ocorre com toda a segurança e agilidade. 

Banking as a Service representa uma grande inovação no mercado financeiro e de pagamentos. Com a democratização na oferta de serviços financeiros, os clientes podem ter produtos que melhor atendam às suas necessidades específicas e as empresas ganham mais uma ferramenta para fortalecer o relacionamento com seus usuários. 

Gostou de saber mais sobre essa nova tendência? Então, continue acompanhando os conteúdos do blog e nos siga em nossas redes sociais. Estamos no Facebook, no YouTube, no LinkedIn e no Instagram.

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Meios de pagamentos

Bandeiras de cartão: o que são e para que servem?

Dentro do arranjo de pagamentos, existem diversos agentes que garantem a segurança e a agilidade das transações com cartões de crédito e débito. Um dos principais personagens é a bandeira do cartão. Você entende qual seu papel e como essa instituição funciona? 

Neste artigo, vamos esmiuçar detalhes sobre as bandeiras de cartão de crédito. Entenda qual a importância delas para as transações com cartão e que funções cumprem no arranjo de pagamentos. 

O que são as bandeiras de cartão? 

As bandeiras são empresas responsáveis por interligar os diferentes sistemas do arranjo de pagamento, conectando os adquirentes às instituições que emitiram o cartão (normalmente bancos).  

Na prática, elas fornecem as regras que regem a utilização do cartão, como a aceitação do cartão dentro e fora do país, número de parcelas e precificação das taxas praticadas conforme o tipo do estabelecimento. Por isso, são também chamadas de instituições do arranjo. 

Como ficou evidente, ela tem um papel social importante em regular o mercado de pagamentos, interagindo com diferentes agentes do arranjo. Por isso, para entender melhor como é sua atuação, é indispensável conhecer a função dos demais personagens desse mercado de cartões. 

O que elas fazem? 

Para entender o que as bandeiras fazem, vamos relembrar a função dos outros agentes no arranjo de pagamentos. 

O emissor do cartão são bancos ou outras instituições financeiras que emitem a ferramenta de crédito ou débito. É ele quem interage diretamente com o portador do cartão, gerenciando o fluxo de transações, faturas, limite de crédito, entre outros processos. Ou seja, o emissor fornece o crédito. 

As credenciadoras, ou adquirentes, têm a função de conectar o comprador ao vendedor. Elas fornecem a maquininha de cartão e habilitam os lojistas para que possam aceitar pagamentos no crédito ou débito. Elas então fazem então o dinheiro sair do emissor do cartão do cliente e chegar ao estabelecimento. 

Nesse arranjo, também existem as subadquirentes ou subcredenciadoras, que podem intermediar a relação entre a credenciadora e o lojista. Essa contratação é menos burocrática e mais prática para o estabelecimento.  

Em lojas online, no e-commerce, ainda vamos encontrar o gateway de pagamento, que é uma interface ou um programa instalado no site da loja virtual para processar pagamentos online, conectando o lojista à credenciadora. 

E o que faz a bandeira nesse arranjo dentro de um fluxo de transação? Bem, quando o cliente passa o cartão na maquininha, a adquirente informa à bandeira sobre a transação e pede que esta determine o emissor do cartão. A bandeira então identifica o emissor e pede autorização para o pagamento ser aprovado.  

A instituição financeira ou banco emissor verifica se o usuário tem limite de crédito ou saldo em conta (no caso do débito). Em caso positivo, o emissor aprova a compra e informa à bandeira. Então, a bandeira dá sinal verde para a adquirente autorizar a compra na maquininha.  

Como vimos também, além dessa parte mais prática durante a transação, as bandeiras também regulam as regras sobre as operações e padronizam todo o sistema. De modo que um pagamento pode facilmente ser feito no exterior, mesmo que o emissor esteja no Brasil. 

A bandeira recebe da adquirente a informação de captura da transação e valida o limite de crédito do portador do cartão com o banco, que por sua vez efetua a transação. Elas também fomentam o mercado por meio de programas de estímulo ao uso de cartões. 

Quais são as principais bandeiras do mercado? 

A bandeira é facilmente identificável por meio do símbolo que fica no canto inferior direito do cartão. São diversas em atuação no Brasil. As principais são: 

  • American Express S/A; 
  • Elo S/A; 
  • Hiper S/A; 
  • MasterCard S/A; 
  • Visa S/A. 

Mastercard 

Lidera o market share no Brasil, com cerca de 42,50% da fatia do mercado no débito e 58,17% no crédito. Quando falamos em transações internacionais, é uma das melhores opções. Aceita em 210 países, raramente você vai encontrar uma loja que não aceite a bandeira nascida na terra do tio Sam. 

Visa 

Chegou no Brasil em 1981, sendo uma das mais antigas. A bandeira que nasceu na década de 50 nos Estados Unidos é aceita em mais de 200 países. Junto com a MasterCard, abocanha a maior parte do mercado brasileiro. Até 2016, estava em primeiro lugar no Brasil, mas não deixou de ser uma das mais reconhecidas e aceitas. 

American Express 

É uma bandeira americana direcionada para um público mais restrito, com um poder aquisitivo mais elevado. No Brasil, a emissão dos cartões com a marca está sob a responsabilidade do Banco do Brasil e do Bradesco. 

Hipercard 

A Hipercard surgiu em 1969 a partir da criação do cartão fidelidade do Grupo Bompreço. Em 2014, deu-se início ao arranjo de pagamentos Hiper/Hipercard, no qual emissor e bandeira foram separados. Especialmente a partir de 2016, com a abertura de mercado, a bandeira passou a ser aceita em diversos estabelecimentos, com vários benefícios aos lojistas. 

Hoje, a bandeira pertence ao Itaú Unibanco, com transações que ultrapassam R$ 32 milhões mensais, em mais de 1 milhão de pontos de venda. 

Elo  

A Elo, diferentemente das concorrentes mencionadas, é brasileira e surgiu a partir de uma associação entre o Banco do Brasil, Bradesco e Caixa Econômica Federal. Apesar de ter uma história recente, já ganhou bastante destaque, sendo aceita em mais de 35 milhões de estabelecimentos espalhados em cerca de 185 países. 

Qual a melhor bandeira? 

Essa escolha pode ser difícil para os consumidores e lojistas. Mas a decisão depende primeiramente das necessidades e do perfil de consumo. Algumas bandeiras atendem nichos específicos. Além disso existem benefícios e produtos diferenciados em cada bandeira. Por isso, é necessário avaliar: 

  • a aceitação nas lojas; 
  • as taxas de juros; 
  • promoções; 
  • programas de pontos; 
  • serviços adicionais, como seguros e outros diferenciais. 

Ao navegar pelos sites oficiais da bandeira do cartão, é possível analisar todos os serviços e produtos, bem como os benefícios que concedem a seus usuários. Com base nisso, a decisão será mais acertada. 

A bandeira do cartão é mais do que um símbolo impresso no plástico. Trata-se uma instituição indispensável no arranjo de pagamentos com um papel social de regular e conectar os diferentes agentes.   

Esperamos que este artigo tenha ampliado sua visão sobre o mercado de pagamentos.  E temos muitos outros conteúdos como este aqui no blog da Adiq. Acompanhe nossas postagens nas redes sociais para não perder nada. Você nos encontra no Facebook, no YouTube, no LinkedIn e no Instagram. 

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Segurança

O que é engenharia social e como se proteger?

Segundo um levantamento feito pela Kaspersky, em 2020, a cada cinco brasileiros, um sofreu alguma tentativa de phishing. Com isso, o Brasil chega à infeliz liderança dos países com o maior número de golpes desse tipo. Com a pandemia, os casos de phishing, assim como outros métodos de engenharia social, cresceram bastante. Mas como se proteger? 

Em primeiro lugar, é importante entender como agem os golpistas. As ferramentas, plataformas e a abordagem podem mudar, mas normalmente os golpes seguem mecanismos bem semelhantes. Por isso, o conhecimento é a principal arma para combater os ataques. 

Neste artigo, você vai entender melhor sobre a engenharia social, um método usado pelos criminosos para roubar dados e dinheiro dos usuários, criando armadilhas que milhares de pessoas caem todos os dias. Continue a leitura e saiba mais. 

O que é engenharia social? 

Engenharia social é um conjunto de técnicas que influenciam, manipulam ou induzem os usuários a tomar ações com base em táticas psicológicas para tirar vantagem de pessoas ou empresas. 

Embora hoje a maior parte dos golpes de engenharia social estejam relacionadas ao ambiente digital, a técnica está mais ligada ao contato pessoal e ao poder de persuasão, que pode ser feito em qualquer contexto, virtual ou físico. Por isso, a história da engenharia social é muito mais antiga do que as tecnologias digitais e pode ser facilmente aplicada fora da internet. 

A expressão engenharia social se tornou popular por meio do hacker Kevin Mitnick nos anos 90. Com apenas 12 anos de idade, ele conseguia acesso a informações confidenciais de órgãos do governo e de empresas para fraudar bilhetes de ônibus e assim viajar sem custos. Em 1995 foi descoberto e preso. Após isso, se tornou gerente em uma empresa de segurança e referência no assunto. 

No entanto, com a tecnologia, mais golpes surgiram e as oportunidades para ludibriar as pessoas ficaram ainda maiores. Conheça algumas das principais aplicações da engenharia social hoje. 

Quais os principais tipos de engenharia social? 

Em todos os casos de engenharia social, o golpista tenta usar a abordagem certa com uma linguagem apropriada para ganhar a confiança da vítima e, assim, extrair as informações que deseja. Então, independentemente do meio, o atacante finge ser algo que não é, como uma empresa, uma autoridade ou simplesmente atrai pela curiosidade. As técnicas mais comuns são as seguintes. 

Phishing 

phishing ocorre geralmente por meio de e-mails que anunciam grandes promoções, ações judiciais ou pagamentos pendentes, acompanhados de um link para que o usuário acesse um site falso e insira seus dados sensíveis. 

Esses sites maliciosos muitas vezes simulam portais autênticos de um banco, por exemplo. A URL, ou endereço da página, geralmente é muito semelhante ao original, mudando apenas alguns detalhes, como um número ou troca de letras similares. Assim, a pessoa cai no golpe mais facilmente. 

Ao entrar na página, a vítima insere seus dados, como nome completo, CPF, número de cartões, agência e contas bancárias, além de senhas. Todas essas informações vão direto para o cibercriminoso praticar os golpes. 

Smishing 

smishing tem como canal principal o SMS e funciona de um modo muito semelhante ao phishing. As mensagens solicitam que o usuário tome alguma ação, como fazer uma ligação ou clicar em algum link. 

As fraudes via mensageiros também têm ficado cada vez mais comuns. O WhatsApp é um dos canais prediletos dos golpistas. Muitas dessas mensagens prometem ganhos em promoções de marcas famosas e se aproveitam das técnicas de engenharia social para se alastrar rapidamente entre as redes de contato. 

Vishing 

No Vishing, a engenharia social ocorre por voz, seja numa ligação, seja em áudios. Um dos golpes mais comuns é a ligação de criminosos fingindo ser atendentes de instituições financeiras. Eles informam à vítima de que sua conta bancária está com problemas de segurança e induzem o usuário a repassar dados sobre senhas, tokens e até o CVV (Código de Verificação do Cartão). 

Em alguns casos, eles utilizam interfaces que simulam um número semelhante ao utilizado pelo banco, aumentando as chances de persuadir o cliente. Pode ocorrer também de o golpista já ter posse dos dados pessoais do usuário e usar essas informações para o convencer da autenticidade da ligação. 

Outra forma de vishing é a ligação de golpistas que afirmam ser autoridades (como delegados e juízes) e pedem dinheiro para resolver supostos problemas judiciais da vítima. Os criminosos também podem fingir ser parentes distantes ou até forjar um falso sequestro de um familiar para extorquir a vítima. 

O método de engano é sempre o mesmo — fingir ser algo que não é —, mas as possibilidades são inumeráveis. Acredite, os golpistas são muito criativos. O que fazer para se proteger? É o que você vai ver agora! 

Como se proteger? 

É preciso ficar muito atento para não cair em golpes de engenharia social, pois até os mais entendidos no assunto podem facilmente ser ludibriados. Esse tipo de crime usa fatores psicológicos, como a urgência, o medo, o perigo iminente e o desejo de aproveitar grandes oportunidades, para enganar suas vítimas em questão de minutos. Então, confira algumas dicas! 

Desconfie de contatos inesperados 

Se receber uma ligação ou mensagem de qualquer pessoa ou empresa pedindo seus dados, desconfie, especialmente se você não estava esperando o contato. Fique com o pé atrás até mesmo com mensagens de conhecidos pedindo dados, informações sensíveis ou dinheiro. 

O ideal é verificar a autenticidade do contato. Encerre a ligação e entre em contato com a empresa ou o órgão público por meio de um canal oficial para perguntar sobre a ligação. No caso de contato de amigos e familiares, faça você mesmo a ligação para confirmar os dados. 

Lembre-se que senhas e tokens nunca devem ser informados para terceiros, mesmo para o banco. Esses dados pertencem somente a você. 

Desconfie de e-mails e mensagens que exigem uma ação 

E-mails informando processos judiciais, contas ou dívidas inesperadas e atualizações bancárias são suspeitos. No phishing, geralmente a mensagem solicita que você clique em um link para acessar um portal onde você terá mais informações ou vai inserir esses dados. 

Mais uma vez, entre em contato com a empresa ou o órgão identificado no e-mail por meio de canais oficiais para constatar a autenticidade da mensagem. 

Mantenha a calma em contatos de ameaças 

É muito difícil lidar com golpes de engenharia social em que o golpista afirma ser um sequestrador. Ou mesmo aqueles que dizem ser uma autoridade, informando processos assustadores em seu nome. Mas a orientação dos especialistas é manter a calma. 

Nesses casos, nunca ceda à pressão inicial de fazer a transferência ou o depósito dos valores solicitados. Busque a ajuda de um amigo ou parente para tomar os passos necessários com mais calma. No caso do falso sequestro, tente entrar em contato com o familiar que supostamente foi sequestrado. E em todos os casos, comunique à polícia, por telefone ou presencialmente. 

A engenharia social reúne diferentes técnicas minuciosamente elaboradas para enganar e tirar proveito de suas vítimas. Por isso, é importante ficar atento aos principais golpes que ocorrem e tomar medidas de segurança. Dessa forma, as chances de ser vítima de criminosos serão muito menores. 

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Meios de pagamentos

O que é instituição de pagamento?

Nos últimos anos, o Brasil tem presenciado uma verdadeira revolução fintech. Os serviços financeiros se multiplicaram com grande velocidade, gerando maior competitividade no mercado e beneficiando o consumidor final. No entanto, alguns conceitos importantes acabaram se perdendo. Por exemplo, você sabe o que é uma instituição de pagamento? 

Muitos confundem instituições de pagamento com instituições financeiras, e muitas fintechs ainda são vistas como bancos pelos usuários, mesmo sem ter essa atribuição no Banco Central.  

Pensando nisso, decidimos produzir este conteúdo para ajudar você a entender melhor esses conceitos. Entenda o que é uma instituição de pagamento, suas atribuições e vantagens. 

O que é instituição de pagamento? 

Uma instituição de pagamento (IP) é uma empresa que presta serviços de venda, compra e movimentação de recursos financeiros, dentro de um arranjo de pagamentos — uma tecnologia que interliga as diferentes instituições para que seja possível transacionar dinheiro via cartões, boletos, celulares etc. A IP, porém, não pode fornecer financiamentos ou empréstimos.  

Dessa forma, uma instituição de pagamento tem uma lista de serviços mais reduzida que as instituições financeiras. Toda a sua movimentação financeira é direcionada para pagamentos. Assim, independentemente do relacionamento do cliente com bancos ou outras instituições do gênero, um usuário de uma instituição de pagamentos tem um recurso financeiro movimentável, de modo digital, podendo inclusive fazer transferências para outros bancos e instituições de pagamentos. 

Essas instituições precisam atuar em conjunto com um instituidor de pagamento — a pessoa jurídica que cria e organiza o arranjo de pagamentos, como é o caso das bandeiras de cartão de crédito  (Visa, MasterCard, Elo). Esses instituidores definem regras de como os serviços são prestados, com normas para prazos, condições para que a IP se junte ao arranjo, requisitos de segurança etc. 

Vale ressaltar que as instituições de pagamento são empresas regulamentadas pelo Banco Central do Brasil (Bacen), e por isso seguem uma série de normas definidas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) que garantem segurança aos seus clientes e aos demais agentes no arranjo de pagamentos. 

Qual a diferença entre instituição de pagamento e instituição financeira? 

Como já pontuamos, as instituições de pagamento têm um campo de atuação mais limitado quando comparadas às instituições financeiras. Quando analisamos esses serviços prestados, essa diferença fica mais clara. 

As intuições financeiras são empresas que fornecem um amplo leque de serviços financeiros, como investimentos, pagamentos, empréstimos, financiamentos, além das movimentações financeiras que as IPs também podem operar. 

Assim, entre os principais modelos de instituições financeiras, agrupam-se os bancos comerciais, corretoras de valores mobiliários, financeiras e sistemas financeiros cooperativos. Todos eles autorizados a operar pelo Banco Central. 

Quanto à segurança, todas as instituições de pagamento e instituições financeiras contam com recursos técnicos de segurança que resguardam as informações e o acesso de seus usuários. Mas existem diferenças.  

No caso dos bancos, todos os valores de até R$ 250 mil por CPF estão protegidos pelo FGC (Fundo Garantidor de Crédito). Isso significa que, caso o banco entre em falência, esse montante estará assegurado ao correntista. 

O mecanismo de segurança das contas de pagamento é diferente. A determinação é que o dinheiro dos clientes não pode ficar misturado com os ativos das instituições e não deve ser usado para outros fins, ou seja, é de titularidade do portador. Assim, se a instituição passar por problemas financeiros, esses valores não poderão ser usados e deverão ser devolvidos aos seus respectivos donos. 

Quais suas vantagens? 

As IPs fornecem muitas vantagens práticas aos usuários de serviços financeiros. Com muito menos burocracia que um banco tradicional, um cliente pode ter uma conta de pagamento para movimentar seus recursos online, fazer transferências, PIX, pagar boletos, recarregar celular, fazer transferências e consumir muitos outros serviços que facilitam o dia a dia. 

Além das pessoas físicas, as empresas também garantem muitas vantagens com as instituições de pagamento. Elas se integram a sistemas de gestão para automatizar tarefas burocráticas, como emissão de cobranças recorrentes, envios automáticos de e-mails de cobrança e APIs para marketplaces. Além disso, podem fazer remessas de fundos e pagar benefícios a colaboradores. 

Por fazerem um uso intensivo da tecnologia, é comum que forneçam diversas soluções inovadoras no mercado. São também mais enxutas, muitas vezes já nascendo no mundo digital, o que reduz sua infraestrutura. Conseguem reduzir seus custos. Tanto que muitas dessas instituições de pagamento fornecem serviços gratuitos. 

Nesse cenário, elas tiveram um papel importante no processo de bancarização da população, de forma que muitos cidadãos que nunca tiveram acesso a uma conta bancária puderam facilmente abrir uma conta de pagamentos para movimentar seus recursos no ambiente online. 

Em 2018, o Banco Central emitiu a circular 3.885 para definir novas regras para as instituições de pagamento. A flexibilização de alguns requisitos permitiu que as empresas pudessem também fornecer alguns serviços financeiros por meio dessas instituições de pagamento, sem a necessidade da contratação de um banco. 

Dessa forma, a regulamentação permitiu que negócios com um volume inferior a 25 milhões de transações e até R$ 500 milhões por ano não passassem pela regulação do Bacen, mesmo que ainda estejam sob a sua supervisão. 

Quais são os tipos de IPs? 

O Banco Central determinou a criação de três tipos de instituições de pagamento, com diferentes modelos de funcionamento — embora uma instituição possa desempenhar essas três funções ao mesmo tempo. 

Emissor de moeda de pagamento 

O modelo emissor de pagamento é do tipo pré-pago, em que os recursos são previamente depositados na conta para que somente depois as transações sejam feitas. Temos aqui os vale-refeição, vale-transporte, cartões pré-pagos e outras contas de benefícios. 

Emissor de instrumento de pagamento pós-pago 

Neste caso, os débitos são primeiramente feitos e somente depois os recursos são depositados. É o caso dos cartões de crédito, que permitem a compra antecipada para que depois o valor seja pago. O instrumento de pagamento aqui é o próprio cartão.  

Credenciador 

O credenciador tem uma função diferente dos modelos pós e pré-pagos. No arranjo de pagamentos, eles cumprem o papel de habilitar lojistas a aceitar diferentes meios de pagamentos, como cartões de crédito e débito. Um exemplo, são aquelas que disponibilizam maquininhas de cartão ou gateways de pagamentos no e-commerce. 

A instituição de pagamento reúne um conjunto de serviços muito úteis para pessoas físicas e jurídicas, fornecendo dinamismo e crescimento à economia. Autorizadas pelo Banco Central, garantem segurança financeira e jurídica aos usuários. 

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Financeiro

Open banking: o que muda para o usuário?

Os serviços financeiros estão prestes a passar por mais uma grande revolução. Com implementação ao longo de 2021 e 2022, o Open Banking vai realmente transformar a maneira como enxergamos as soluções fornecidas no mercado financeiro e de pagamentos. 

Porém, poucos entendem o real impacto que o projeto terá no cotidiano das pessoas. Por isso, produzimos este conteúdo para você entender melhor o Open Banking e como isso pode afetar sua vida. 

O que é o Open Banking? 

Open Banking, ou sistema bancário aberto, é um projeto elaborado pelo Banco Central que tem como função regular como será feito o compartilhamento de dados financeiros dos usuários. A premissa é que o usuário seja o dono dos seus próprios dados e possa abrir ou compartilhar com quem desejar. 

Assim, a proposta é que você tenha condições de autorizar que outras instituições acessem suas informações bancárias. Que dados são esses? São eles: 

  • dados cadastrais: nome, telefone, CNPJ ou CPF, endereço e demais informações dos dados dos sócios, caso seja uma pessoa jurídica; 
  • renda: todo o faturamento da empresa ou o comprovante de salários de pessoas físicas; 
  • transações: movimentação da conta bancária (extrato), capacidade de compra, perfil de consumo; 
  • produtos contratados: financiamentos e empréstimos bancários, envolvendo valores e demais condições. 

Com esse compartilhamento, a concorrência no setor fica ainda mais acirrada, dando maior liberdade de escolha aos consumidores e melhores condições de crédito. 

Como é hoje? 

Nos padrões convencionais, os dados ficam presos à instituição bancária na qual o usuário tem uma conta. Essas informações não ficavam conhecidas pelas demais instituições, mesmo que o usuário desejasse compartilhar. Dessa forma, o banco acabava se tornando o proprietário dos dados, e os seus clientes não têm nenhuma autonomia para gerenciar suas próprias informações. 

Pense em uma situação em que uma pessoa deseja buscar soluções de financiamento para a compra de um imóvel. O banco A, no qual ele tem conta, conhece todas as suas informações financeiras, como histórico de renda, pagamentos, produtos contratados, comportamento de consumo, entre outros. 

Mas o cliente deseja pesquisar os valores de financiamento no banco B. No entanto, este banco não tem nenhuma informação sobre o cliente e fica muito mais difícil fornecer condições de crédito mais favoráveis. 

Que oportunidades o open banking proporcionará para o usuário? 

Com o Open Banking, o cliente é inserido no centro de todo esse processo. É ele quem dita o que ocorre com seus próprios dados, podendo compartilhar com terceiros sempre que desejar. 

Considere esse mesmo caso do cliente que deseja financiar um imóvel. Com as regras e as tecnologias desenvolvidas com o Open Banking, o usuário pode facilmente compartilhar com o banco B os seus dados armazenados no banco A. Assim, a instituição teria todas as informações necessárias para fornecer um produto segundo as suas necessidades e com taxas muito mais competitivas. 

É claro que o Open Banking abre um leque de oportunidades muito mais amplo do que o fornecimento de crédito aos usuários, e ainda fica difícil entender toda a dimensão de novos serviços e modelos de negócios que podem surgir com essa revolução. 

Imagine, por exemplo, que pode ser muito mais fácil abrir uma conta em outras instituições financeiras, uma vez que bastará compartilhar seus dados para que tudo seja feito com muita agilidade e menos burocracia. 

Negócios que unem diferentes serviços financeiros em uma só plataforma também serão possíveis. Assim, o cliente poderá gerenciar cartão de crédito de uma operadora, conta corrente de outro banco, empréstimo de uma fintech e seus investimentos de uma corretora tudo em só app. Já pensou nisso? 

Como vai ser na prática? 

Todo o compartilhamento de informações vai acontecer por meio de APIs (Interfaces de Programação de Aplicações). Essa tecnologia utiliza padrões técnicos para que os sistemas das diferentes instituições financeiras possam extrair informações umas das outras de modo rápido, seguro e em conformidade com as regras estabelecidas. 

Segundo as normas do Open Banking, os participantes devem criar APIs abertas que serão usadas pelas demais instituições e fintechs para ler os dados dos usuários que deram essa autorização. Para os grandes brancos, aderir a esse padrão é obrigatório, mas é facultativo para outras instituições. No entanto, o sistema é recíproco, ou seja, poderá ler as APIs de terceiros somente quem também compartilhar os dados que estão sob sua gestão. 

Essas APIs são avançadas e extraem apenas as informações necessárias e autorizadas para cada caso. Isso quer dizer que nenhuma instituição financeira terá acesso a dados que você não compartilhou. 

Na prática, quando o usuário entrar em contato com uma instituição financeira ou fintech para abrir conta ou buscar produtos e serviços, ele poderá autorizar que ela extraia seus dados do banco onde já tem conta. Tudo vai funcionar de forma digital e pode ser feito pelo próprio app da instituição, de modo fácil, rápido e sem burocracia. 

Quando o Open Banking entra em vigor? 

Segundo o Banco Central, a implementação do Open Banking ocorre ao longo de 2021 em 4 fases: 

  • 1º de fevereiro de 2021 — fase 1: as instituições financeiras passam a disponibilizar seus dados sobre taxas e tarifas de seus produtos de forma padronizada em seus canais de atendimento, permitindo que o cliente possa comparar os diversos serviços financeiros; 
  • 15 de julho de 2021 — fase 2: o cliente pode compartilhar dados cadastrais, de transações, de cartões e de crédito para as instituições. Assim, ele já pode portabilizar suas informações; 
  • 30 de agosto de 2021 — fase 3: troca de dados sobre transferências pelo PIX; 
  • 15 de dezembro — fase 4: integração de diversos produtos financeiros, como seguros, operações de câmbio, previdência privada e investimentos — troca de dados entre as instituições financeiras. 

Algumas integrações serão feitas somente em 2022, como: 

  • 15 de fevereiro de 2022: transferências para contas do mesmo banco e Transferência Eletrônica Disponível (TED); 
  • 30 de março de 2022: poderão ser compartilhados aos clientes que aderiram ao Open Banking propostas de operações de crédito; 
  • 31 de maio de 2022: poderão ser compartilhados aos clientes que aderiram ao Open Banking os dados sobre operações financeiras, como seguros, previdência, investimento e câmbio; 
  • 30 de junho de 2022: compartilhamento de serviços de boletos bancários; 
  • 30 de setembro de 2022: compartilhamento de serviços de débito em conta. 

Como você pode perceber, algumas dessas etapas se referem a processos que ocorrem entre as instituições financeiras, e ficam mais evidentes ao consumidor. Mas a revolução já começou, e os bancos já estão se movimentando para não ficar para trás nessa corrida. 

Open Banking deixou ainda mais claro algo que sabemos há muitos anos no mundo dos negócios: dados valem ouro. E com esse sistema, você ganha legalmente o poder sobre seus dados, com regras e tecnologias específicas para compartilhar com quem quiser, e com toda a segurança necessária. 

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