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Regulatórios e Compliance

Registro de recebíveis: tudo o que você precisa saber

Com a Resolução n° 4.734 e a Circular n° 3.952/2019, ficou determinado que o registro de recebíveis é obrigatório para adquirentes e subadquirentes em qualquer operação com cartão. Essa medida tem o objetivo de trazer maior segurança jurídica às negociações de recebíveis e fomentar a competitividade no mercado de pagamentos.

A implementação tem seu início marcado para junho de 2021 e já traz muita movimentação no setor. Quer entender melhor como funcionam as mudanças? Siga lendo este artigo para saber mais!

O que são registradoras de recebíveis?

As registradoras de recebíveis são entidades autorizadas a operar pelo Banco Central e vão atuar com autonomia, ou seja, sem nenhuma dependência das outras instituições vinculadas ao Sistema Financeiro Nacional (SFN).

Dessa forma, elas funcionarão como um cartório de recebíveis, garantindo maior organização, segurança e visibilidade aos recebíveis de cartões. Esses valores se tornam ativos para serem usados como garantia de operações de crédito.

O que é uma unidade de recebível?

São várias vendas compostas pelas seguintes informações:

  • CNPJ ou CPF do usuário final recebedor (mesmo estabelecimento);
  • Código de arranjo = produto / bandeira;
  • Identificação da adquirente ou subadquirente (uma ou outra);
  • Data de liquidação.

Cabe lembrar também que a agenda de recebíveis é um conjunto de unidades de recebíveis caracterizado por:

  • CNPJ ou CPF do usuário final recebedor;
  • Identificação do arranjo de pagamento;
  • Identificação da adquirente ou subadquirente.

Para que os recebíveis servem?

Os recebíveis de cartões são ativos importantes utilizados principalmente por pequenas e microempresas para garantir capital de giro no mercado.

Com a definição de unidade de recebível e seu registro, garante-se maior qualidade da informação do fluxo financeiro dos estabelecimentos comerciais e, assim, a melhora da garantia das operações de crédito. Desse modo, espera-se que os custos das linhas de crédito sejam reduzidos.

O registro de recebíveis será obrigatório?

Como já pontuamos no início do artigo, todas as adquirentes e subadquirentes deverão obrigatoriamente registrar os recebíveis dos usuários finais oriundos de transações com cartões.

Isso significa que, numa transação à vista no cartão de crédito, a subadquirente registra o que será pago ao lojista, enquanto a adquirente registra o que será repassado à subadquirente.

Quando a norma entra em vigor?

A data de entrada em vigor é 07 de junho de 2021. Ou seja, estamos muito próximos de uma grande mudança no mercado de pagamentos.

O que acontece com instituições que realizarem o registro de seus recebíveis?

Pela norma e pela convenção estabelecida no mercado, todos os participantes devem registrar os recebíveis dos seus usuários finais. Isso significa que quem não registrar não poderá transacionar até regularizar sua situação.

Em caso de não adequação à norma, as registradoras terão o dever de notificar o Banco Central, que investigará e aplicará as medidas cabíveis.

Quais são as registradoras disponíveis no mercado?

Até o momento, existem três instituições que podem atuar como registradoras ou já estão próximas de atuar como tal:

O que é interoperabilidade entre as registradoras e como ela impacta as adquirentes e subadquirentes?

De forma simplificada, interoperabilidade entre registradoras quer dizer que não importa com qual das registradoras os participantes — bancos, adquirentes, subadquirentes — assinaram contrato, pois o recebível registrado na CERC poderá ser visualizado pela CIP, por exemplo.

Isso dá mais liberdade para que cada participante escolha a opção de registradora que melhor lhe servir.

O que fazer para estar de acordo com as normas do Bacen?

Dado o curto prazo para a entrada em vigor da norma, a subadquirente deve correr com o processo abaixo para estar de acordo com as normas. Assim, deve-se:

  • entrar em contato com a adquirente para alinhar processos e qualquer necessidade de desenvolvimento sistêmico, além de questões contratuais (está na Circular 3.952/2019 que a adquirente deve incluir cláusulas no contrato das subadquirentes garantindo que estes cumprirão o compromisso de registro de todos os recebíveis);
  • entrar em contato com uma das registradoras para assinar contrato e fazer a integração e a homologação de sistemas.

O que muda no mercado após a norma?

Além da obrigatoriedade do registro de recebíveis, ou seja, de todas as transações com arranjos de pagamento e contratos de crédito, há maior liberdade de gestão financeira dos recebíveis pelo lojista. É importante também exemplificar como muda a dinâmica para um estabelecimento comercial.

Antes da regulamentação, todos os recebíveis de um estabelecimento comercial (EC) ficavam ligados somente à instituição financeira na qual o empresário obteve o crédito.

Por exemplo, digamos que um comerciante tenha R$ 15 mil de recebíveis no cartão de crédito. Então, ele obtém um empréstimo de R$ 3 mil, usando parte destes R$ 15 mil como garantia. Na regra anterior, ele não poderia usar o restante dos recebíveis que não foram dados em garantia para realizar outras operações de crédito ou antecipação; dizia-se que o EC estava com o domicílio travado, pois todo o fluxo de recebíveis deveria ser pago na conta no banco em que ele pegou crédito.

No exemplo dado e pela nova regra, o EC daria R$ 3 mil em garantia e teria os outros R$ 12 mil livres para usar como garantia em operações com outras instituições, mesmo que elas não estivessem ligadas ao SFN.

Na prática e de forma simplificada, o recebível do comerciante fica compilado em uma registradora, e ele usa o volume que desejar como garantia. A operação de crédito é feita com base apenas no montante necessário, e o restante se mantém à disposição para outras operações de crédito ou antecipação.

A obrigatoriedade do registro de recebíveis representará uma grande mudança no mercado de pagamentos. A liberdade e a transparência dos ativos garantirão um importante capital de giro à disposição do empreendedor, gerando mais competitividade e melhores condições.

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Veja mais sobre registro de recebíveis em nosso podcast com a participação da registradora CERC.

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Meios de pagamentos

PIX no mercado de pagamentos: como será?

O PIX já é uma realidade que chegou para causar uma grande revolução. Esse novo sistema de pagamentos instantâneos brasileiro é uma interessante proposta do Banco Central para a diminuição de uso do papel-moeda e digitalizar de vez as transações financeiras.

Além das novas oportunidades, o PIX também traz novos desafios para o mercado. Neste artigo, vamos discutir um pouco sobre o impacto do PIX e como ele pode mudar o dia a dia de empresas e do consumidor final.

O que é o PIX?

PIX é um sistema de pagamentos instantâneos criado pelo Banco Central para dar suporte a pagamentos e transferências feitos entre instituições financeiras de forma prática, segura, digital e em tempo real.

As grandes instituições financeiras com o tempo serão obrigadas a entrar nesse arranjo, mas esse já é um sistema que está na mira de muitas organizações, desde cooperativas até bancos e fintechs.

A novidade chama a atenção de muitos usuários. Afinal, em comparação com as modalidades convencionais de transferências, como TED e DOC, o PIX traz muitas vantagens importantes, como baixo custo e agilidade ao usuário.

A grande diferença do PIX em relação a outras modalidades é a sua disponibilidade de 24 horas por dia, sete dias por semana, em qualquer dia do ano, inclusive nos feriados. Os recursos serão debitados diretamente da conta do pagador e creditados na instituição financeira cadastrada via chave do recebedor em tempo real.

PIX no mercado de pagamentos: quais são os impactos?

A perspectiva é que o PIX leve parte do marketshare do cartão de débito, TED, DOC, dos pagamentos em dinheiro e dos boletos bancários a curto prazo. Provavelmente, não haverá a extinção dessas modalidades, uma vez que poderão coabitar no mercado durante muitos anos, já que cada uma delas tem suas especificidades e aplicações.

Mas o que se espera é que o PIX se torne muito mais popular e promova uma digitalização maior por parte dos brasileiros. Isso se deve bastante aos seus baixos custos e à praticidade da operação.

Por exemplo, ao realizar um pagamento via boleto bancário, espera-se que o pagador tenha saldo em conta, mas a compensação pode levar dias para acontecer. Além disso, a transferência mais rápida até então, o TED, acarreta custos ao consumidor e não funciona fora dos dias e horários comerciais.

O PIX, por outro lado, exige apenas uma chave, que pode ser o CNPJ, CPF, e-mail ou número de telefone ou mesmo um código QR. Em todo o caso, o cliente deverá apenas abrir o app do banco ou da instituição financeira em que tem uma ou mais chaves cadastradas e selecionar a opção PIX para fazer a transferência instantaneamente.

Se do lado do consumidor as vantagens são claras, pelo lado do recebedor, como empresas e profissionais autônomos, os benefícios não são menores. Embora para pessoas jurídicas as transações com o PIX também gerem custos, eles tendem a ser menores que os de cartões de crédito e débito.

Nas vendas feitas por débito, por exemplo, existe a cobrança do MDR (merchant discount rate), que é formada por três taxas: um fica com a empresa fornecedora da maquininha, a outra com o banco e uma terceira com a bandeira. Esses três agentes do fluxo de transações, no entanto, não necessariamente precisam ser utilizados pelo PIX.

Por exemplo, em uma venda utilizando o código QR, a transação pode ser feita pelo smartphone do cliente, e o processamento será feito pelo Sistema de Pagamentos Instantâneos do Banco Central (SPI).

Por esse motivo, os estabelecimentos comerciais têm bastante interesse em adotar essa ferramenta, ganhando um novo meio de captura. Quando falamos das grandes empresas do mercado, haverá interesses adicionais, especialmente daquelas que já atuam com seus próprios meios de pagamento. Afinal, o PIX pode fornecer dados valiosos: os hábitos financeiros dos usuários.

Quais desafios o mercado enfrentará?

O PIX ainda está em fase de implementação, e os bancos e as organizações financeiras ainda estão se ajustando para entender a dinâmica de como o sistema funcionará na prática. Além disso, essa nova plataforma de pagamentos instantâneos trará muitos desafios ao mercado.

Em primeiro lugar, podemos levantar a questão da conciliação bancária. Com as limitações de transações que ocorriam em dias e horários comerciais, era mais fácil realizar essa conciliação antes da abertura do caixa a cada dia.

Com o PIX, as transações ocorrem 24 horas por dia, e as empresas precisarão buscar novas estratégias e ferramentas que possam dar o suporte necessário à conciliação para que ela ocorra de forma dinâmica e exata.

Outra questão a apontar é que, embora seja gratuito para pessoas físicas, o PIX não é isento de custos para as empresas, e muitos bancos e instituições financeiras ainda estão considerando ajustar preços e limites.

Em relação ao mercado, ainda será preciso conquistar uma boa parcela do público que ainda não tem a confiança necessária para usar os meios de pagamento digitais.

Caberá às instituições cuidar da segurança dos próprios aplicativos utilizados, como ocorre nos casos de outras transações. Outras camadas poderão ser adicionadas, como limites de valores diários com o pagamento instantâneo.

Esse cuidado com a segurança não se deve apenas às possibilidades de golpes, presentes já na etapa de pré-cadastro pelas instituições, é preciso considerar os erros cometidos pelos próprios usuários, uma vez que pagamentos instantâneos não terão garantia de retorno, e as instituições precisarão saber como lidar com isso.

Que oportunidades o PIX trará ao mercado de pagamentos?

A princípio, o PIX não atende a uma necessidade preenchida pelo crédito, muito usado pelas empresas como capital de giro. O pagamento instantâneo exige que o valor esteja disponível na conta do cliente, o que nem sempre é possível.

Além disso, o uso do cartão de crédito dá recursos ao cliente para contestação por não cumprimento dos serviços ou problemas com produtos. Nesse caso, o ressarcimento é facilitado, especialmente por ter um intermediador na transação.

Esses aspectos abrem diversas oportunidades ao mercado para bancos e fintechs inovarem em serviços, de forma que se possa aproveitar a praticidade do PIX e as características do crédito, por exemplo.

O PIX tem grande potencial de aumentar a digitalização do mercado de pagamentos, promover a inovação e inclusão e reduzir custos nas transações. É claro que o que se tem hoje são previsões baseadas em teorias.

O que sabemos é que, assim como ocorreu com a entrada de outras ferramentas, como o TED, o PIX no mercado de pagamentos não vai canibalizar as alternativas de pagamentos existentes. Elas devem coabitar durante muito tempo. Mas sim, haverá uma evolução clara, trazendo vantagens diretas ao consumidor e maior competitividade ao mercado.

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[Bônus] Quer saber o que fazer para receber com pix?

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Vendas online

E-commerce: você sabe como funciona?

Especialmente por conta da quarentena motivada pelas medidas de combate ao coronavírus, segundo dados do Compre&Confie, as vendas online chegaram a dobrar em comparação com o mesmo período do ano anterior.

Assim, percebemos que há uma forte tendência de crescimento para o comércio eletrônico, até mesmo quando as pessoas voltarem às suas atividades normais. De qualquer maneira, o consumidor conseguiu entender de uma vez por todas a valorizar as compras online.

Neste artigo, você vai entender melhor o que é o e-commerce, como ele funciona e quais são as vantagens dessa estratégia.

O que é e-commerce?

O e-commerce, ou comércio eletrônico, é uma forma de transação feita por meio da internet, utilizando dispositivos como smartphones, tablets e computadores. Assim, trata-se de toda compra e venda feita online utilizando-se apenas um canal.

O comércio eletrônico pode ser feito por diferentes canais, como a loja virtual, mas também através de plataformas de marketplace, redes sociais ou até mesmo por e-mail marketing utilizando links de pagamento. Esses são apenas canais de vendas, mas tudo faz parte do pacote chamado e-commerce.

Mas como surgiu essa modalidade e por que ela se tornou tão popular? Vejamos como tudo começou.

Breve histórico do e-commerce

Décadas atrás, a única maneira de fazer comércio era de forma física. Assim, o consumidor precisava ir a uma loja, pagar pelo produto e então usá-lo. Mas, com o tempo, surgiram formas de realizar compras à distância, como as revistas de catálogos e as televendas. Mesmo assim, o pagamento era presencial e demorava até que o produto chegasse ao consumidor.

O primeiro modelo de compras online surgiu em 1979, com Michael Aldrich, permitindo que transações online fossem feitas entre pessoas físicas e jurídicas.

A internet chegou ao Brasil somente nos anos 1990. Mas ainda foi preciso esperar até os anos 2000 para o e-commerce tomar força por aqui. Especialmente no início dos anos 2010, os consumidores começaram a notar a grande facilidade das compras online, e não só o comércio, mas muitos outros processos passaram a ser amplamente realizados pela internet.

Hoje, as empresas têm investido no multichannel (multicanais), ou seja, na possibilidade de fornecer uma experiência unificada em diferentes pontos de contato com o público. Assim, a ideia é que a venda online seja uma extensão da loja física.

Como funciona?

O funcionamento do e-commerce segue uma estrutura semelhante ao que é feito em lojas físicas. Mas existem processos e ferramentas adicionais para garantir tanto a segurança da transação quanto o recebimento do produto de forma ágil e satisfatória para o cliente.

Basicamente, existe um espaço virtual para a exposição dos produtos, o pagamento, o faturamento e a entrega da mercadoria. Entenda melhor como isso funciona.

Vitrine virtual

A vitrine virtual é uma página em que os produtos são exibidos e na maior parte das vezes são separados por categorias. Além disso, o usuário conta com ferramentas de busca para encontrar o item que deseja.

Todos os produtos são acompanhados de informações que detalham suas características, como cor, peso e marca.

Pagamento

Ao clicar para comprar o produto, o item vai para o carrinho de compras virtual, que consiste em uma lista de mercadorias. Dependendo da plataforma, a ordem dos processos pode mudar. Mas, em síntese, é necessário inserir informações de nome do comprador, CPF e endereço de entrega para o cálculo do frete e do envio.

A próxima página é conhecida como checkout, na qual o consumidor insere suas informações para o pagamento, com cartão de crédito ou emissão de boleto bancário. Todos esses dados são criptografados para evitar fraudes.

Faturamento

Pode levar algum tempo para que os dados sejam verificados e a compra autorizada. E isso não depende apenas da operadora do cartão, mas também das políticas da loja. Após a aprovação, a nota fiscal é emitida e parte-se para a última etapa.

Logística

O produto precisa ser separado, embalado e enviado para que a transportadora faça a entrega. Tudo isso deve ser feito dentro do prazo combinado com o cliente.

Todo o processo de compra até o faturamento pode durar apenas alguns minutos. E dependendo da região em que a pessoa mora e da localização da loja, é possível receber o produto no mesmo dia!

Além disso, vale lembrar que, quando o empresário monta sua própria loja virtual, ele pode desenhar os processos da forma que for melhor para o seu negócio. Isso é diferente no caso de um marketplace. Como assim?

Diferença entre loja virtual e marketplace

Na loja virtual, o empreendedor constrói um site com um domínio exclusivo, em que ele não compete o espaço com mais ninguém. O endereço fica semelhante a www.sualoja.com.br ou www.loja.suaempresa.com.br. Nesse modelo, o empresário tem total controle de suas ferramentas, mas também é o único responsável pela manutenção e divulgação do negócio, inclusive pela contratação dos meios de pagamento.

Já no modelo de marketplace, o funcionamento é parecido com um shopping center. Nesse caso, o lojista vende seus produtos online, compartilhando o espaço com outros empreendedores. Além disso, um percentual da venda é direcionado para o administrador do espaço. Por outro lado, o empresário começa com uma infraestrutura robusta e baixo investimento, além de contar com as estratégias de marketing da própria plataforma.

Como você pôde perceber, cada uma das opções tem vantagens e pontos de atenção, e o lojista pode optar por usar os dois canais ao mesmo tempo. É claro, ele deverá seguir as regras do marketplace. Por exemplo, na maior parte das plataformas, não é permitido que os preços da loja virtual sejam menores que os informados no marketplace.

Quer entender mais sobre essa diferença? Assista o vídeo abaixo!

Vantagens do e-commerce

Ofertar seus serviços e produtos online, seja em loja virtual ou marketplace, traz muitas vantagens ao negócio. Por exemplo, abrir um e-commerce custa muito menos que abrir uma loja física. Você não precisará investir em móveis, aluguel ou decoração. Em muitos casos, será necessário apenas ter um espaço apropriado para estocar a mercadoria.

É verdade que, se você desejar criar um site próprio, haverá gastos com domínio, hospedagem e desenvolvimento. Mas muitos empreendedores conseguem fazer sozinhos todo esse trabalho. Além disso, as plataformas de marketplace permitem que você inicie com zero investimento.

Exemplos de e-commerces e/ou marketplaces

Existem muitos e-commerces de sucesso no mercado que provam que esse modelo pode trazer resultados surpreendentes. Entre eles, destacam-se:

  • B2W Digital: representa a fusão de nomes de peso no e-commerce nacional, como Submarino, Americanas e Shoptime e hoje atuam como marketplaces;
  • Magazine Luiza: conta com uma forte estrutura de e-commerce varejista de móveis e eletrônicos, e também fornece um marketplace para empreendedores fazerem parceria com a marca;
  • Mercado Livre: sem dúvida, um dos mais populares no Brasil. É uma plataforma que permite aos usuários tanto anunciar seus produtos, quanto fazer compras. Assim, podemos dizer que é um verdadeiro shopping virtual.

Investir em um e-commerce pode representar um avanço nas vendas da empresa. Essa estratégia se tornou fundamental em nossos dias, uma vez que os consumidores desejam maior comodidade e facilidade nas compras. Sua empresa já conta com canais online de vendas?

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Ouça o AdiqCast e entenda mais sobre e-commerce!

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Tecnologia

Carteira digital: saiba o que são as e-wallets

O surgimento da carteira digital movimentou o setor de pagamentos nos últimos anos. Também chamadas de e-wallets, as carteiras digitais facilitam o dia a dia do usuário e cada vez mais estão substituindo o dinheiro vivo. Você sabe como elas funcionam? Por acaso, já tem a sua?

Neste artigo, vamos explicar de forma bem clara e detalhada o que é e quais as vantagens de uma carteira digital.

O que é uma carteira digital?

As carteiras digitais são aplicativos instalados em smartphones, computadores ou outros dispositivos que são usados para fazer pagamentos em lojas físicas ou virtuais. Para isso, basta você cadastrar seu cartão de crédito no respectivo app. Assim, o usuário não precisa compartilhar seus dados de cartão em compras online, nem levar o plástico para a rua, bastando utilizar apenas a carteira digital. Muito prático, não é mesmo?

Além de usar o cartão de crédito cadastrado no aplicativo para fazer pagamentos, as plataformas também permitem que você faça transações com o próprio saldo da e-wallet. O depósito na carteira digital pode ser feito via boleto bancário, transferência bancária ou mesmo ao receber pagamentos de usuários que também usam a mesma plataforma.

Como funciona ou como usar uma carteira digital?

As carteiras digitais funcionam por meio de aplicativos para smartphones ou tablets. Assim, para efetuar o pagamento, você precisa ter um desses dispositivos em mãos. O funcionamento é muito prático.

Ao fazer a compra no estabelecimento, o usuário abre o aplicativo da sua carteira digital. A transmissão dos dados ocorre via bluetooth, NFC (Near Field Communication) ou mesmo com um QR Code. A maior parte dos sistemas funcionam via QR Code, que é o método mais fácil, já que todos os smartphones contam com uma câmera.

Assim, para validar a compra, o QR Code vai ser exibido na maquininha de cartão, no site ou mesmo no aplicativo do vendedor. Então, o usuário lê o código por meio do app e aceita a transação, digitando uma senha ou usando o próprio sensor de impressões digitais.

Para compras em um e-commerce, nem sequer é necessário ter um smartphone. Em muitos casos, basta escolher a opção da sua carteira digital no checkout, se ela estiver disponível. Então, você faz o login com seus dados de acesso e confirma a transação.

Vantagens da carteira digital

Talvez você se pergunte: “Mas eu poderia simplesmente usar meu cartão de crédito”. É verdade. Mas as carteiras digitais trazem muitas vantagens que vão fazer você repensar seus conceitos.

Praticidade no processo

O checkout com uma carteira digital é muito mais prático e rápido. Afinal, não é necessário andar com cartões de crédito, pois você só vai precisar usar o smartphone, que já está conosco o tempo todo.

Além disso, não é preciso tirar a carteira do bolso. Basta abrir o aplicativo e apontar a câmera para o código, ou mesmo encostar na máquina, no caso do NFC. Também não é necessário usar senhas, pois, com o smartphone, a autenticação pode ser feita via biometria. Isso representa ganho de tempo para o cliente e para a loja.

Mais segurança

Podemos afirmar também que o processo é muito mais seguro. Digamos, por exemplo, que você vai fazer uma compra em uma loja online. Nesse caso, não vai ser necessário digitar os dados sigilosos do seu cartão. Assim, não há o risco de alguma fraude ocorrer.

Do ponto de vista do e-commerce, essa ferramenta também é muito vantajosa, porque as chances de ter os dados dos seus clientes vazados são muito menores. Afinal, toda a transação é criptografada, e o lojista não gerencia o registro do cartão.

Sem burocracia

Embora não possa ser comparada a uma conta bancária, existem algumas funções das carteiras digitais que funcionam de modo mais dinâmico e simplificado do que os processos bancários.

Além disso, para ter sua carteira digital, o cadastro é bem rápido e simples. Basta baixar o app ou acessar o site do app e abrir uma conta.

Ficou interessando em ter uma carteira digital? Realmente, as e-wallets cumprem muito bem sua função, com segurança e praticidade. Elas ainda têm muito para evoluir, podendo atingir um público cada vez maior.

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Financeiro

Open Banking: O que é e quais os impactos no mercado financeiro?

Será uma inovação estrutural que dará ao usuário o total controle sobre seus dados. O que realmente significa esse conceito e o que podemos esperar de evolução em um futuro cenário de sistema financeiro aberto? É o que você vai conferir neste artigo!

O Open Banking 

A ideia básica do Open Banking é o compartilhamento padronizado de dados e serviços por meio de abertura e integração de sistemas. A premissa é que o usuário é o dono dos seus dados e, portanto, pode usá-los como bem entender. O compartilhamento de informações do usuário entre diferentes instituições financeiras reguladas pelo Banco Central se dará através da integração entre sistemas e plataformas por meio de APIs abertas e dedicadas, conforme as escolhas do cliente.

Assim, um cliente que usa os serviços dos bancos A, B e C não precisará usar três aplicativos distintos para gerenciar suas contas. Ele poderia usar um serviço de uma instituição financeira para administrar suas contas em uma única plataforma. Entende como esse novo modelo abrirá as portas para a criação de inúmeros serviços, produtos e soluções no mercado financeiro?

“E a questão da segurança dos dados?”, talvez você se pergunte. Essa é uma preocupação legítima. Quanto a isso, vale ressaltar que todo o sistema precisa seguir os princípios do sigilo bancário, políticas de segurança cibernética e da LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais), concentrando-se em soluções que garantam segurança e privacidade dos dados do consumidor.

Com o Open Banking, o Banco Central deseja elevar a eficiência, a competitividade e a transparência no sistema financeiro do país. Dessa forma, as instituições financeiras vão poder focar em seu core business para aperfeiçoar seus produtos ao passo que outras empresas criam interfaces e desenvolvam novas soluções.

O funcionamento

Todo o funcionamento técnico do Open Banking está baseado em APIs, que permite que sistemas diferentes interajam e troquem informações. Nesse cenário, bancos e demais instituições financeiras desenvolvem suas APIs bem documentadas que poderão ser abertas ou restritas a parceiros específicos. Daí então, empresas terceiras poderão utilizar tais aplicações para extrair dados do cliente, conforme a permissão do usuário, usando essas informações para fornecer serviços personalizados.

Para ilustrar, imagine que você deseja automatizar a gestão financeira de todas as suas despesas e receitas. No entanto, com contas em diferentes bancos, é preciso entrar em cada internet banking para fazer movimentações e conferir extratos. Com o Open Banking, cada banco poderia fornecer uma API. Então, o usuário poderia utilizar uma plataforma de sua escolha para reunir os dados e gerenciar suas finanças em um único sistema, com dados integrados e em tempo real.

Os maiores benefícios

Com toda essa integração, tanto as instituições financeiras quanto os clientes sentirão benefícios do Open Banking!

Aumento de eficiência do mercado financeiro

Ao reunir em um único ambiente diferentes serviços e soluções financeiras e fornecedores distintos, o gerenciamento do dinheiro e dos serviços financeiros torna-se muito fácil e eficiente. E com um sistema mais integrado por meio de APIs abertas, os processos ficarão mais rápidos e integrados, além de permitir retirar alguns intermediários, reduzindo o custo.

Mais liberdade e controle para o usuário

Hoje, o usuário simplesmente não é detentor dos seus próprios dados. A grande burocracia faz com que suas informações fiquem sempre presas aos bancos. Mesmo que ele migre de instituição, pelo menos parte dessas informações ficam perdidas no banco anterior.

Por outro lado, o Open Banking fornece ao usuário muito mais autonomia. Ele pode até mesclar serviços de diferentes operadoras (cartões de crédito, investimentos, conta corrente) e reunir isso em um único sistema totalmente personalizado.

Aumento da competição no mercado

Com sistemas fechados e muita burocracia, o surgimento de novos serviços e soluções financeiras fica muito travado. Um sistema bancário aberto rompe esse obstáculo. O ambiente ficará muito mais competitivo e fértil para o surgimento de novos modelos de negócio, aumentando as opções para os usuários, que poderá comparar preços e serviços.

Espera-se que aumente a oferta de crédito e de serviços financeiros, especialmente os “tailor made”, pois mais informações permitem conhecer melhor o cliente e, assim, fazer ofertas personalizadas.

Os principais desafios dessa tendência

O Open Banking é uma grande evolução e, como todo avanço, encontra desafios.

Segurança dos dados

Dados bancários são informações extremamente sensíveis. Abrir as portas para terceiros se conectarem a um sistema exige bastante robustez tecnológica e gestão da infraestrutura. O Banco Central está de olho nisso, e as instituições financeiras e fintechs precisarão se adequar a padrões de segurança para serem aprovadas.

Padronização do sistema

Imagine que cada banco crie seu próprio padrão de API. Isso dificulta bastante que as empresas criassem soluções que conecta diferentes sistemas bancários. Esse é um tema que precisa ser bastante discutido.

Já no comunicado n° 33.455 de 24/4/2019 do Banco Central, ficou “a cargo das próprias instituições participantes a padronização tecnológica e de procedimentos operacionais, os padrões e certificados de segurança e a implementação de interfaces, tudo em conformidade com a própria regulamentação.”

Atualmente, o mercado discute a autorregulação do sistema, o que engloba desde os padrões das APIs e de segurança, quais as regras e padrões dos dados compartilhados, entre outros tópicos essenciais para o correto funcionamento do Open Banking.

Contratação de terceiros não regulados

A regulação do BACEN admite a contratação de parceria com entidades não autorizadas a funcionar pelo BACEN com o objetivo de compartilhar dados de cadastro e transações de clientes. Entretanto, é vedada a parceria com o objetivo de que o parceiro contratado atue em nome da instituição contratante para fins de compartilhamento. Fora isso, existem muitos procedimentos prévios e documentação necessária para garantir que a parceria possa ser feita e opere no sistema.

Sem dúvida, o Open Banking será uma revolução no sistema financeiro e de pagamentos, e as empresas com a inovação na veia é que sairão na frente. A previsão é que a implementação inicie em novembro de 2020 e termine no fim de 2021.

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Vendas online

Marketplace: O que é e quais são as suas vantagens?

Segundo a pesquisa UPS Pulse of the Online Shopper, em todo o mundo, 96% das pessoas que compram pela internet usam um marketplace. No Brasil, esse percentual não é muito diferente (95%). Isso prova que essas plataformas de vendas assumiram um alcance surpreendente, principalmente no público B2C.

Mas o que é exatamente um marketplace e como as empresas podem aproveitar esse grande potencial de vendas? É o que você vai ver neste artigo!

O que é o Marketplace?

O marketplace é uma plataforma de vendas online que reúne diferentes lojas em um mesmo espaço virtual. Dessa forma, diferentes vendedores e prestadores de serviço podem anunciar seus produtos, e os clientes encontram mais facilidade de procura, maior competitividade de preços e variedade de itens.

As empresas que anunciam em um marketplace direcionam um percentual de suas vendas para a empresa administradora. Dessa forma, a plataforma funciona como se fosse um shopping center. Todos os negócios desfrutam da visibilidade e da infraestrutura do local e pagam ao gestor por isso.

Na prática, o marketplace é uma plataforma na qual diferentes fornecedores se cadastram e vendem seus produtos e serviços. Os clientes navegam pelo marketplace e podem comprar produtos de diferentes lojistas, efetuando um único pagamento que será respectivamente direcionado a cada vendedor, deduzindo-se o percentual da plataforma.

Apesar de muito inovador, não se trata de um modelo recente. O mercado teve seu surgimento na venda de livros com a Amazon, em 1994. Já em 1995, a eBay conectava colecionadores de itens raros a clientes. A partir de então, essa ideia se tornou bastante relevante para vendedores e prestadores de serviços de diferentes nichos.

No Brasil, as plataformas começaram a expandir nos anos 2000. Uma das maiores propulsoras desse movimento por aqui foi o Mercado Livre, uma empresa argentina atuante no modelo C2C.

Quais são os maiores marketplaces do mercado brasileiro?

A plataforma de maior sucesso no mercado brasileiro é a B2W Companhia Digital. Trata-se de um conglomerado formado em 2006 entre a Americanas.com, o Submarino e o Shoptime. É o marketplace líder no segmento de comércio eletrônico.

Existem muitos marketplaces de sucesso, que contam com o conhecimento de muitos brasileiros. Confira os principais da lista:

  • Amazon;
  • Carrefour;
  • Magazine Luiza;
  • Walmart;
  • OLX;
  • Buscapé;
  • Via Varejo (Casas Bahia.com, Extra.com, PontoFrio.com, Loja HP);
  • Mercado Livre;
  • Elo7.

Quais as vantagens de vender através de um marketplace?

Os marketplaces trazem vantagens tanto para as empresas quanto para os usuários. Entenda os principais benefícios!

Aumento exponencial das vendas

O marketplace fornece às empresas uma grande oportunidade de elevar suas vendas, uma vez que essas plataformas são muito procuradas pelo público. Além disso, elas expressam mais confiabilidade para efetuar a compra, aumentando as chances de o cliente fechar o pedido.

Maior visibilidade

A visibilidade é o grande trunfo dos marketplaces. O tráfego dessas plataformas é imenso, de modo que seus produtos e serviços ficarão visíveis a um grande público qualificado. Afinal, são pessoas que já estão predispostas à compra.

Nesse cenário, pequenas e médias empresas ganham maior competitividade, podendo competir com grandes lojistas na exposição de seus produtos.

Divulgação e indexação

Fazendo parte de uma grande plataforma, seus produtos e serviços também serão promovidos em sites que já apresentam um ótimo tráfego. Assim, mesmo que o empreendedor não tenha conhecimentos sobre anúncios ou SEO (otimização para motores de busca, como o Google), não haverá problemas, pois o marketplace se encarregará disso.

Atração de um novo público

Por meio do marketplace, você alcançará um novo público, aumentando sua demanda de vendas. Além disso, você poderá aumentar o mix de produtos que fornece. Com o tempo, é possível utilizar essas vantagens para fazer seu negócio crescer.

Existem desvantagens?

É verdade que nem tudo são flores. Por isso, a empresa que usa um marketplace não pode deixar de lado alguns fatores relevantes para essa modalidade de negócio.

Em primeiro lugar, o vendedor que usa um marketplace está utilizando uma infraestrutura que não é dele. É como um lojista que aluga um espaço em um shopping. Assim, apostar todas as fichas nesse modelo pode ser arriscado. Se, de uma hora para outra, a plataforma mudar suas regras, a empresa pode ter prejuízo.

Isso pode acontecer, por exemplo, se houver aumento de taxas ou percentuais sobre vendas. Se este for o seu único canal, você ficará refém dessa oscilação de preços e perder sua margem de lucro de um dia para outro.

Por isso, o ideal é utilizar o marketplace como uma de suas estratégias online, e não a única. Outra opção que o empreendedor pode começar a investir é o e-commerce. Mas qual a diferença?

Qual a diferença entre vender em um Marketplace e ter um e-commerce?

Usando a mesma analogia do shopping, podemos dizer que o marketplace é um espaço alugado, enquanto o e-commerce, ou loja virtual, é de sua propriedade. Assim, quem constrói um e-commerce está investindo na sua “casa própria”. É você quem faz as regras e não compartilha o espaço com outros vendedores.

Os principais aspectos do e-commerce que o difere do marketplace são:

  • faturamento: no e-commerce você não precisa pagar um percentual para o marketplace. Tudo o que entra é para o seu negócio;
  • meios de pagamento: você quem administra a contratação e implementação dos meios de pagamento, arcando com os custos disso;
  • concorrência: fica mais fácil você fortalecer sua marca, pois é o nome da sua empresa que identifica o domínio;
  • investimento: o investimento em um e-commerce é muito maior. Por outro lado, para participar de um marketplace, bastarão apenas alguns cliques, e não há investimento inicial, apenas comissões;
  • segurança: toda a segurança do site do e-commerce fica por sua conta. Assim, caberá a você contratar os serviços adequados, como a certificação SSL;
  • marketing: o dono do e-commerce precisa gerenciar por si só as estratégias de divulgação da loja. Afinal, não vai contar com toda a infraestrutura robusta e o nome do marketplace por trás de suas campanhas.

O marketplace é um terreno ótimo para você implementar suas estratégias de vendas online. Essa alternativa tem muitos pontos positivos e pode contribuir bastante para fazer seu negócio alavancar.

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E assistindo o vídeo abaixo.