Categorias
Financeiro

Pagamento em duplicidade: o que fazer?

Já pagou duas vezes o mesmo boleto? O pagamento em duplicidade é mais comum do que se pensa e gera muitos transtornos para a gestão financeira da pessoa ou do negócio. Quando isso ocorre, nem sempre o cliente sabe o que fazer, o que pode comprometer o pagamento de outras contas.

Apesar disso, existem algumas formas de resolver a situação de modo rápido e sem dor de cabeça. Ao longo deste texto, vamos explicar as principais ações a tomar e o que diz a lei sobre o assunto.

O que é pagamento em duplicidade? 

O pagamento em duplicidade ocorre quando o cliente paga a mesma conta duas ou mais vezes. Esse pagamento pode ser feito tanto no boleto bancário quanto no cartão de crédito e é comum em contas de telefonia, luz ou água. Isso pode acontecer tanto com pessoas jurídicas, como com pessoas físicas.

Por que ele acontece? 

Os motivos do pagamento em duplicidade são diversos, mas o principal deles é a desorganização financeira do cliente. Ele confunde as contas e acaba pagando o boleto que já havia sido pago. Ou pode ser que outra pessoa da família já tenha feito o pagamento sem o conhecimento do titular.

Outra situação muito comum é quando o fornecedor repete o envio do mesmo boleto. Ele pode fazer isso para lembrar o cliente do pagamento. Nesses casos, mais uma vez a falta de uma boa gestão financeira do consumidor motiva a falha.

É claro que a má-fé de algumas empresas também é uma realidade. O fornecedor pode de alguma forma induzir o cliente ao erro. Independentemente de qual tenha sido o motivo, o que pode ser feito para reverter a situação?

O que diz a lei sobre o assunto? 

O Código de Defesa do Consumidor (CDC) determina que, quando um pagamento é feito em duplicidade, é obrigação da empresa fornecedora devolver integralmente o valor pago.

Apesar disso, a maior parte das empresas tem como procedimento padrão incluir o valor excedido como um crédito na próxima fatura.

Por exemplo, se o cliente pagou duas vezes a conta de energia elétrica referente ao mês de setembro, somando o valor de R$ 300 (R$ 150 + R$ 150), os R$ 150 pagos a mais se tornam um crédito na fatura de outubro. Se a fatura de outubro vier R$ 160, ele pagará apenas R$ 10, pois o restante terá sido abatido.

Apesar de não haver ilegalidade nessa prática, esse procedimento pode gerar um grande desequilíbrio no orçamento do cliente. Por isso, é direito do consumidor requerer a transferência para sua conta bancária.

O que fazer?

É verdade que o pagamento em duplicidade é um retrabalho tanto para o consumidor quanto para a empresa fornecedora. Por isso, elas costumam automatizar o processo, lançando o valor excedente como crédito para o próximo mês. Mas se o cliente não concordar com esse procedimento, é possível tomar algumas ações para devolver.

Em primeiro lugar, é necessário entrar em contato com a empresa fornecedora que recebeu o pagamento para explicar a situação. Em todo caso, é obrigação da companhia fazer o estorno. Compete à empresa cumprir o desejo do consumidor (que é um direito) e efetuar a transferência.

Apesar disso, algumas companhias podem querer dificultar por impor restrições ou burocracias desnecessárias. Muitos clientes podem acabar desistindo por desconhecimento do que diz a lei. No entanto, criar obstáculos ao reembolso pode ser interpretado como abuso contra o consumidor.

Conforme o artigo 39 do Código de Defesa do Consumidor, inciso V, a empresa que nega o reembolso está exigindo “do consumidor vantagem manifestamente excessiva”. Por esse motivo, o consumidor pode recorrer a algum órgão de defesa (como o Procon) ou até mesmo ao Juizado Especial Cível para assegurar que seus direitos sejam respeitados.

Se a duplicidade do pagamento ocorrer por alguma cobrança indevida, então entra em jogo o artigo 42 do CDC, que prevê o ressarcimento em dobro do valor pago.

Qual o prazo para a devolução do valor pago em duplicidade?

A lei não define de forma explícita o prazo para o reembolso, tanto na fatura do cartão, quanto na transferência bancária. Mas o que se tem praticado na jurisprudência é um limite de até 30 dias para que a ocorrência seja solucionada.

Como evitar o pagamento em duplicidade?

Na maior parte dos casos, o pagamento em duplicidade está ligado à falta de organização financeira, seja uma empresa, seja uma pessoa física. Então, para evitar esse tipo de problema, o primeiro passo é colocar as contas no eixo. Entenda melhor como fazer isso.

Separe as finanças pessoais das contas do negócio

Uma premissa básica da organização financeira é manter as contas da empresa separadas das contas pessoais. Abra uma conta bancária para cada uma dessas áreas e tenha um controle financeiro separado.

Ao mesmo tempo, não é bom ter muitas contas. Normalmente, ter apenas uma conta bancária para movimentar seu negócio é o suficiente. Você pode ter outra para armazenar fundos ou fazer investimentos da empresa, mas tente focar a movimentação diária apenas em uma. Dessa forma, você terá o registro de todas as saídas e entradas na própria emissão de extrato.

Isso vale para as contas pessoais. Muitos conseguem se organizar bem mantendo uma conta principal para pagamentos e recebimentos, e outra para investimentos.

Liste e agende todas as suas contas a pagar

Use uma planilha financeira para listar todas suas contas mensais a pagar, relacionando a data de vencimento de cada uma delas. Aproveite para agendar o pagamento em um sistema sincronizado, como o Google Agendas ou o calendário do Outlook.

Você pode preferir também agendar para pagar as contas em dias fixos no mês, reunindo todas as contas para efetuar o pagamento.

Cadastre as contas no débito automático

Muitas contas de consumo, como energia elétrica e água, podem ser cadastradas no débito automático. Assim, não haverá riscos de pagamento duplicado, uma vez que o sistema fará débito direto em conta sem que você precise confirmar cada pagamento.

Use pastas de contas para contas impressas

Boletos impressos emitidos por prestadores de serviços ou outros fornecedores podem ficar organizados em pastas, divididos por mês. Após o pagamento, sempre anexe o comprovante ao boleto. Assim, caso esteja na dúvida se a conta já foi paga ou não, você saberá onde encontrar os documentos, com fácil acesso.

Seguindo essas dicas, vai ser muito mais difícil ter problemas com pagamentos em duplicidade. Como destacamos, a chave é sempre a boa organização financeira. Vai ser bom não apenas para evitar transtornos, mas também para manter suas contas em dia.

Temos muitas outras dicas em nosso blog! Então, nos siga nas redes sociais para continuar acompanhando nossos próximos artigos! Estamos no Facebook, no YouTube, no LinkedIn e no Instagram.

Categorias
Financeiro

Cobrança indevida: o que é e como resolver?

Ser cobrado por algo que não comprou é uma experiência que ninguém quer passar. Essas cobranças podem aparecer na fatura do cartão de crédito e geram muito transtorno tanto para o cliente quanto para a empresa que fez o lançamento. Uma busca rápida na internet revela que a cobrança indevida é um problema que lidera o ranking de reclamações em muitas categorias, como setor bancário e telefonia.

O desafio é que a cobrança indevida pode ocorrer por diversos motivos, desde falha no sistema de pagamentos da empresa e até fraudes ou erros humanos. Mais do que uma dor de cabeça para o cliente, esse equívoco pode gerar perdas financeiras para o negócio.

Por isso, é importante não apenas criar mecanismos para evitar que elas ocorram, mas também implementar estratégias claras para resolver assim que a empresa tomar ciência da cobrança. Quanto mais ágil for a ação, mais leves serão as consequências negativas.

Pensando nesse problema tão comum na relação entre empresa e consumidor, produzimos este conteúdo para você entender melhor sobre o que é a cobrança indevida, o que o Código de Defesa do Consumidor diz a respeito do assunto e como lidar com esse desafio!

O que é cobrança indevida?

A cobrança indevida é um débito gerado pela empresa em nome do cliente sem que ele tenha feito alguma compra ou contratação ou uma nova cobrança de um débito já pago.

Pode acontecer quando é emitido um boleto por um serviço que não foi contratado pelo consumidor ou que ele já tenha quitado. Ou então quando surge na fatura do cliente uma compra que ele não fez — ou talvez a cobrança tenha sido duplicada.

Normalmente essa cobrança ocorre por falhas no sistema de pagamentos da empresa. Por exemplo, o cliente talvez já tenha cancelado o serviço, e a cobrança recorrente continua sendo feita indevidamente.

Também pode ter ocorrido uma fraude, quando os dados do cartão do cliente vazam e outra pessoa usa essas informações para comprar online. Quando o cliente é cobrado na fatura, ele faz a reclamação pela cobrança indevida e exige o chargeback.

Assim, de um modo geral, as cobranças indevidas geralmente incluem:

  • cobrança de serviços não contratados pelo consumidor;
  • duplicidade em pagamentos;
  • débito automático não autorizado pelo usuário;
  • cobrança de valores já pagos;
  • tarifas cobradas de forma indevida em contratações, como serviços de corretagem, financiamentos e seguros;
  • qualquer cobrança extra de taxas não previstas no contrato;
  • golpes e fraude com cartões de crédito, no uso de CPF ou de débitos em contas bancárias.

Qual o impacto da cobrança indevida?

A cobrança indevida é sempre um transtorno e pode gerar problemas sérios para o cliente e para a empresa. Quando o consumidor não tem ciência da cobrança, pode ocorrer de ele ter o nome negativado (inscrito em órgão de proteção, como Serasa e SPC) e só descobrir quando tem um crédito recusado.

Quando chega a esse ponto, normalmente o caminho é um processo judicial contra a empresa que cometeu o erro. Nessa jornada, a relação com o cliente fica totalmente desgastada e é muito provável que ele nunca mais faça negócio com a empresa — e ainda vai desencorajar outros a consumir seus produtos e serviços.

Do ponto de vista do negócio, o fluxo de caixa fica comprometido com o pagamento de multas e processos por danos morais. Sem falar na imagem da marca no mercado, que pode ser prejudicada em sites de reclamações e nas redes sociais.

O que diz o CDC (Código de defesa do consumidor)?

O Código de Defesa do Consumidor (CDC) claramente fica do lado do cliente quando a cobrança indevida é comprovada. Segundo o artigo 41:

“O consumidor cobrado em quantia indevida tem direito à repetição do indébito, por valor igual ao dobro do que pagou em excesso, acrescido de correção monetária e juros legais, salvo hipótese de engano justificável.”

O que isso quer dizer? Se ficar evidente que a empresa teve má-fé na cobrança ou deixou de corrigir a falha, ela precisará ressarcir o consumidor com o dobro do valor que foi indevidamente cobrado, acrescido de correção monetária e juros legais. Isso, claro, se o cliente já tiver feito o pagamento.

Além disso, embora o mecanismo legal que reza sobre a cobrança indevida não dê o direito a uma indenização superior ao dobro, caso o consumidor sofra algum tipo de ameaça, constrangimento, coação ou qualquer outra ação que o exponha ao ridículo, ele poderá sim exigir danos morais.

Vale ressaltar que o ressarcimento em dobro se aplica somente ao valor indevido, e não necessariamente pelo valor pago. Por exemplo, se a empresa devia ter cobrado R$ 80 por um plano e cobrou R$ 110, o valor indevido foi R$ 30, e o dobro disso seria apenas R$ 60.

O artigo 42 do CDC também acrescentou que uma exceção ao ressarcimento do cliente é o “engano justificável”. Mas o que seria justificável? Isso normalmente ocorre quando a cobrança é feita em virtude de um erro de terceiros. Por exemplo, pode ter ocorrido uma fraude, como um cartão clonado. Assim, a empresa precisará comprovar que o erro foi de um terceiro, e pagará (ou fará o estorno) apenas referente ao valor cobrado indevidamente.

Afinal, como resolver?

Infelizmente, na maior parte dos casos, a empresa só fica sabendo do débito indevido quando o cliente faz a reclamação. Nesse momento, as emoções já podem estar acaloradas, então, será preciso gerenciar o atendimento de forma adequada.

O primeiro passo é buscar uma solução imediata para a cobrança indevida assim que o erro for identificado. Isso deve ser uma prioridade. Além disso, o atendimento precisa ser amigável e ter empatia para esclarecer o assunto ao cliente.

Se o consumidor já tiver feito o pagamento, é importante buscar formas de fazer o estorno, independentemente do valor. Não se esqueça de ser cordial e pedir desculpas pelo transtorno. Em muitos casos, dependendo do transtorno causado, é uma boa prática conceder algum tipo de vantagem, como um desconto ou crédito para uma próxima compra.

Lembre-se que a cobrança indevida pode gerar muitos problemas ao negócio. Além de comprometer sua imagem no mercado, pode gerar perdas financeiras ao seu caixa. Por isso, busque qualificar seu processo de cobrança por meio de ferramentas especializadas e uma metodologia adequada e, assim, evite esse problema ao máximo.

Gostou das informações que leu neste post? Então, não perca nosso conteúdo! Acompanhe nossas próximas postagens e nos siga nas redes. Estamos no Facebook, no YouTube, no LinkedIn e no Instagram.

Categorias
Financeiro

Cashback — o que é e como se beneficiar dessa modalidade?

Dinheiro de volta. Esse é o significado de cashback — termo que se tornou muito popular nos últimos anos no Brasil entre os clientes de instituições de pagamento. A ideia é simples: o cliente faz uma compra usando o meio de pagamento participante e recebe de volta em sua carteira ou conta um percentual do valor pago.

Essa tem sido uma das principais estratégias praticadas no mercado de meios de pagamentos para atrair e fidelizar mais clientes. Pensando nessa forte tendência, produzimos este artigo para você entender tudo sobre cashbacks: o que são, como funcionam, suas vantagens e como implementar!

O que é cashback?

Cashback significa “dinheiro de volta” e trata-se de um tipo de programa de fidelidade iniciado nos anos 90 em países como Canadá, Reino Unido e Estados Unidos. Nessa modalidade, o cliente faz a compra e parte do investimento retorna ao seu bolso.

A primeira companhia a começar a colocar a ideia de reembolso em prática foi a Ebates. Já no Brasil, a estratégia foi iniciada pela Méliuz em 2011, mas ficou mais popular a partir de 2019. Por meio dessa dinâmica, o cliente era recomendado como em um programa de fidelidade.

Como funciona?

Existem diferentes tipos de cashbacks e, portanto, o funcionamento varia. O cliente pode receber o recurso em forma de dinheiro em sua conta bancária para usar como quiser. Também há possibilidade de ter o cashback depositado em uma carteira digital, ficando restrito a usá-lo para produtos específicos.

Também existe o cashback social, em que o recurso é direcionado para instituições carentes indicadas pelo cliente. Apesar das diferenças de como ocorre o reembolso, a ideia do dinheiro de volta sempre permanece.

Dependendo do programa, o cliente pode ter o cashback integral do valor pago ou apenas um percentual dele — geralmente fica entre 0,5% e 50%. Isso vai depender das parcerias feitas e dos produtos escolhidos.

Em todos os casos, o cashback se torna uma motivação para a compra, já que o retorno funciona como um desconto do valor pago. Por exemplo, digamos que a promessa seja de 15% do preço em produtos selecionados de uma determinada loja. Se o cliente comprar um liquidificador de R$100, ele receberá R$15 de volta. Assim, o produto terá saído por R$85.

O cashback também pode ser fixo, ou seja, a partir de uma faixa de preço, o cliente tem de volta um valor específico. Por exemplo, compre acima de R$ 150, ganhe R$ 30. Esse reembolso pode ser feito no ato da compra ou pode levar um tempo predefinido pela plataforma.

Do ponto de vista do negócio, diferentes empresas fazem parceria, pagando para anunciar no site ou no app. Quando a compra é feita, o valor é dividido com quem comprou. Então, todos saem ganhando: a empresa de cashback conquista uma parte da comissão, o cliente ganha o reembolso parcial e a loja impulsiona suas vendas.

Quais as vantagens do cashback?

Os benefícios de participar de um programa de cashback para o cliente são claros. Mas que vantagem há para a empresa adotar essa estratégia? Considere alguns deles:

  • aumento da carteira de clientes: o cashback atrai muitos novos clientes para a loja. Eles estão em busca de melhores oportunidades de compras, e o cashback fornece essa possibilidade de ter parte do investimento reembolsada;
  • fidelização de clientes: se o cliente percebe vantagens em suas compras, ele certamente vai permanecer consumindo da loja. Em algumas plataformas, é possível visualizar a soma de todos os ganhos, aumentando a percepção de valor em relação ao programa. Com isso, aumentam-se as chances de recompra;
  • recomendação a terceiros: se o cliente encontra vantagens nas compras, certamente vai recomendar para amigos e familiares, potencializando as chances de você aumentar sua base de compradores;
  • maior visibilidade: o cashback é uma vantagem na qual os consumidores estão de olho. Assim, se a empresa fornece um reembolso vantajoso, ela ganha bastante visibilidade no mercado;
  • mais dados sobre clientes: um simples cadastro na plataforma de cashback fornece diversas informações sobre o cliente. Com esses dados, você pode entender o comportamento de consumo do seu cliente para planejar campanhas promocionais mais eficientes, com base nos seus interesses e em suas necessidades.

Quais as plataformas de cashback mais conhecidas?

Existem diferentes ferramentas e plataformas que permitem implementar o cashback feito na empresa. Confira algumas das mais populares!

Méliuz

Como já mencionamos, esta é a primeira empresa de cashback em território nacional e a responsável por trazer esse tipo de programa para o Brasil. Não é para menos que seria uma referência nesse assunto. Além do cashback que pode ser feito ao ativar a função pelo app ou pagar com o cartão de crédito da empresa, o cliente também conta com cupons para obter descontos especiais em suas compras.

Também é possível conseguir cashbacks em compras nas lojas físicas parceiras, bastando pagar com um dos cartões registrados no app do Méliuz em uma maquininha da Cielo.

PicPay

O PicPay é uma carteira digital utilizada para pagar contas, fazer transferências entre pessoas e também fazer compras em lojas físicas. O sistema de cashback funciona em pagamentos feitos em máquinas Cielo, Getnet e Rede ou em estabelecimentos com uma conta empresarial do PicPay. Com isso, o cliente pode reembolsar 5%, limitando-se a R$ 50 por mês para cada usuário.

Ame Digital

O Ame Digital é outro programa de cashback bem conhecido entre os brasileiros. O aplicativo pode ser usado para fazer compras em lojas parceiras, online ou físicas. Grandes marcas como Submarino, Shoptime, Lojas Americanas e Sou Barato estão na lista de possibilidades de cashback. Por vezes, o app também permite receber um reembolso em pagamentos de contas.

O aplicativo do Ame Digital também funciona como uma carteira digital, permitindo assim que o saldo possa ser transferido para contas de outros usuários.

Beblue

Com um cadastro rápido usando o CPF, é possível se registrar para receber cashbacks. A diferença aqui é que a plataforma funciona para lojas físicas cadastradas. Por meio do site, é possível consultar as parcerias. O estabelecimento precisa ter uma maquininha da Beblue, por meio do qual o lojista insere os dados do cliente.

Vale a pena?

Com tantas vantagens que falamos aqui, certamente os programas de cashback valem muito a pena e podem ajudar o negócio a atrair mais compradores e fidelizar sua base de clientes. A adesão às plataformas é simples e abre uma ampla margem de oportunidades.

Gostou do artigo? Então, não se esqueça de continuar acompanhando nosso blog. E para não perder nosso conteúdo, nos siga em nossas redes sociais. Estamos no Facebook, no YouTube, no LinkedIn e no Instagram.

Categorias
Financeiro

O que são pagamentos integrados e não integrados?

A automação do processo de vendas é um dos grandes avanços no mercado de meios de pagamentos. Com o pagamento integrado, as informações geradas na aprovação da venda na boca do caixa iniciam uma série de processos automáticos que facilitam o dia a dia do lojista. 

Neste artigo, você vai entender melhor sobre como funcionam os pagamentos integrados e que diferença há com o modelo manual. Entenda também as vantagens e desvantagens de cada formato! 

O que é pagamento integrado e não integrado? 

O pagamento integrado consiste na comunicação automática entre o meio de captura e o software de gestão financeira do negócio. Assim, uma transação iniciada em um meio de captura envia informações para o sistema de gestão da empresa automaticamente, facilitando o controle e a conciliação das vendas. 

Já o pagamento não integrado não conta com essa automação, ou seja, a máquina de cartão não está vinculada ao sistema. Nesse caso, cada venda realizada necessita de um lançamento manual no software adotado pela empresa. 

A maior parte das maquininhas de cartão, também chamadas de POS, não contam com o recurso de pagamento integrado. Nesse modelo, o equipamento serve apenas como um meio de captura. Assim, ele emite um recibo e ao final do dia um relatório, que será posteriormente usado para fazer a conciliação. 

O pagamento integrado está ligado às soluções TEF (Transferência Eletrônica de Fundos), que são compostos pelo pinpad (onde se insere o cartão para digitar a senha), o software instalado no computador do caixa e uma impressora específica. Nesse modelo, a integração permite a impressão automática de um comprovante fiscal juntamente com o recibo do cartão. Esse sistema é comumente visto em supermercados e farmácias, por exemplo. 

Qual a diferença entre os dois modelos? 

A diferença reside principalmente na automação. Do ponto de vista do cliente, o reflexo é menor. Mas, como um todo, a eficiência no processo de vendas é muito maior com a integração. 

Veja um exemplo prático. O cliente vai ao supermercado e leva seus produtos ao caixa. O atendente faz a leitura dos produtos no sistema. Então, o cliente escolhe pagar com o cartão. Em um pagamento não integrado, o atendente usa uma maquininha POS, digita o valor, passa o cartão e, após a autorização, o equipamento emite o recibo. Daí, manualmente, o atendente libera o pagamento do sistema do supermercado, gerando então o cupom fiscal. 

Em um modelo de pagamento integrado, com o TEF, o processo seria um pouco diferente. Após fazer a leitura dos produtos pelo sistema, o atendente apenas seleciona o meio de pagamento, e o cliente passa o cartão no terminal pinpad. Com a autorização, o sistema do supermercado automaticamente emite o cupom fiscal e a venda é registrada no sistema de gestão do estabelecimento. 

Quais vantagens e desvantagens de cada um? 

Ao avaliar o funcionamento dos dois modelos de pagamento, pode parecer que o sistema integrado só tem vantagens. Mas a verdade é que ambos os formatos têm prós e contras. Veja só. 

TEF — Vantagens dos pagamentos integrados 

  • Economia no investimento, especialmente para empresas que utilizam vários terminais, como supermercados. 
  • Aceitação de diversas bandeiras. 
  • Facilidade na conciliação bancária e na integração com o sistema de gestão financeira. 
  • Armazenamento de recibos de cada transação não é necessária. 

TEF — Desvantagens dos pagamentos integrados 

  • Os sistemas TEF de pagamentos integrados normalmente não garantem muita mobilidade, sendo um problema especialmente para empresas que trabalham com delivery, por exemplo. 
  • É necessário contratar diferentes fornecedores (além do sistema TEF, o estabelecimento precisa de uma solução de automação comercial e da assistência técnica — embora seja possível encontrar um fornecedor com uma solução integrada). 

POS — Vantagens de modelos não integrados 

  • Mais barato, especialmente para empresas que necessitam apenas de uma maquininha. 
  • Garante mobilidade, podendo levar a maquininha para qualquer local, dentro e fora da empresa. 
  • Não é necessário contratar soluções de automação. 

POS — Desvantagens de modelos não integrados 

  • Tem um número limitado de adquirentes, por isso, pode não aceitar bandeiras muito específicas ou regionais. 
  • É mais difícil fazer a conferência das vendas e conciliar com o sistema da empresa, especialmente quanto o volume de transações é alto ao longo do dia. 

Ao escolher qual o modelo ideal para o negócio, é preciso avaliar alguns aspectos. Em primeiro lugar, existem estados em que o TEF é obrigatório para determinados tipos de estabelecimentos. Por isso, verificar a legislação é importante. Além disso, o lojista precisa analisar sua demanda e volume de transações para determinar qual modelo é mais vantajoso. 

O pagamento integrado traz muitas vantagens especialmente para empresas do varejo que realizam muitas transações por dia. Facilita a conciliação bancária e reduz as chances de erros. 

Gostou das nossas dicas? Então, acompanhe nossos conteúdos aqui do blog e nos siga em nossas redes sociais. Acesse nosso perfil no Facebook, no YouTube, no LinkedIn e no Instagram. 

Categorias
Financeiro

O que é Banking as a Service?

Você já deve ter percebido uma grande tendência no mercado de diferentes empresas oferecerem serviços financeiros aos seus clientes e parceiros, mesmo sem pertencer a esse segmento. Isso é possível graças ao que chamamos de Banking as a Service.  

Já pensou nessa possibilidade de seu negócio fornecer produtos e serviços financeiros como se fosse um banco digital? Isso sem ter que se preocupar com tecnologias, regulamentações e expertise no setor. Entenda melhor como funciona esse modelo de negócios e quais são as possibilidades! 

O que é banking as a service? 

Banking as a Service, ou simplesmente BaaS, é uma solução que permite a qualquer negócio fornecer serviços financeiros, sem a intermediação de um banco e mesmo que esse não seja seu core business. Essas plataformas desenvolvidas por empresas de tecnologia especializadas no mercado financeiro dão todo o suporte e a base para que diferentes negócios possam imprimir sua marca em serviços financeiros e de pagamentos, como: 

Banking as a Service faz parte de um modelo de produtos do grupo “as a Service”, ou “como um serviço”. Ele é usado por diferentes companhias para fornecer soluções para as empresas que operacionalizam um serviço, sem a necessidade de investir ou comprar uma infraestrutura. A companhia fornecedora do serviço ‘as a service se responsabiliza por todas as normas, tecnologias, suporte e hardware, enquanto a contratante apenas usa o serviço sob demanda pelo tempo que precisar. 

No Banking as a Service funciona da mesma maneira. A empresa contrata uma infraestrutura completa para fornecer serviços financeiros, em um modelo White Label, ou seja, apenas imprimindo sua marca no formato já construído. Entenda melhor como esse conceito pode funcionar. 

Como funciona? 

Afinal, como o BaaS funciona na prática? Todo o fornecimento da infraestrutura de serviços financeiros acontece por meio de APIs (Application Programing Interface). Essa solução é um conjunto de padrões e instruções programados para integrar dois sistemas distintos.  

No caso do Banking as a Service, a API faz a conexão entre o fornecedor da infraestrutura (normalmente uma fintech) e a empresa que vai oferecer serviços financeiros para seus clientes e parceiros. Assim, embora na “fachada” da plataforma, o cliente verá a marca que contrata o BaaS, por trás, toda a programação e infraestrutura é desenvolvida e gerenciada pela fintech. 

Por isso, não haverá problemas com segurança ou funcionalidades, pois os padrões de proteção e recursos são os mesmos de um banco digital, incluindo não somente as tecnologias, mas também as regulamentações definidas pelo Banco Central. 

Para entender melhor como o Banking as a Service funciona, veja um exemplo prático. Digamos que um supermercado deseja atrair mais clientes e fidelizar o público. Então, a gestão tem a ideia de criar um cartão de crédito que fornece descontos especiais para quem usá-lo comprando em sua rede.  

Com base no cartão, também é possível criar programas de fidelização, como pontuação ou cashbacks. Além disso, o supermercado teria dados valiosos sobre comportamento de compra dos consumidores e ficaria mais fácil personalizar o atendimento.  

O supermercado poderia ir além: conceder empréstimo ou até mesmo uma conta bancária em nome da empresa para seus clientes. Mas como um supermercado poderia fornecer esses produtos, já que a lei só permite que instituições financeiras concedam esse tipo de serviço? Aqui entra o Banking as a Service. 

Por contratar uma plataforma BaaS, o supermercado pode contar com toda a infraestrutura necessária para criar a sua própria instituição de pagamento. A plataforma é totalmente customizável, e o supermercado consegue inserir sua marca em todos os serviços financeiros que oferecer.  

Quais as vantagens? 

BaaS traz um benefício competitivo para as marcas que desejam ampliar seu campo de atuação com agilidade, segurança e praticidade, mesmo sem ter nenhum conhecimento no setor financeiro. 

Baixo custo 

Em vez de precisar criar uma solução bancária do zero, a contratação de uma plataforma BaaS permite usufruir de uma infraestrutura já completa, pulando fases de desenvolvimento, licenças, testes etc.  

Além disso, a tecnologia permite que a empresa gerencie suas próprias transações financeiras internas, como recebimento de clientes e pagamento de funcionários, de fornecedores e comissões. Com isso, ganha mais controle, liberdade e economia nas operações. 

Segurança 

A plataforma de Banking as a Service é desenvolvida e gerenciada por empresas especializadas no setor, que detêm todo o conhecimento necessário para garantir a segurança das operações a nível bancário. Assim, um negócio que não pertence a esse segmento, mas deseja fornecer serviços financeiros, pode contar com o mesmo padrão de segurança e confiabilidade por meio do BaaS. 

Fortalecimento da marca 

Ampliar o portfólio de serviços e produtos marcando presença no mundo digital com soluções financeiras certamente fortalece a marca em seu ramo de atuação. 

Retenção de clientes 

Fornecer serviços de empréstimo, cartões de crédito e programas de fidelidade permite que a empresa fique ainda mais próxima de seus clientes. Se o público percebe que o negócio dá oportunidades de crédito e garante melhores condições de pagamento, certamente a empresa se torna a sua primeira opção. 

Personalização de serviços 

Por meio dos dados coletados das compras feitas por seus clientes, a empresa consegue gerar insights para melhor atender o público, como perfil de consumo e padrões de comportamento. Essas informações permitem fornecer serviços e produtos mais personalizados e atraentes. 

Aprimoramento da experiência do cliente 

Banking as a Service tem um grande potencial de fornecer aos clientes uma experiência realmente satisfatória. Afinal, a empresa conhece de perto seus clientes, seus desejos e expectativas. Um conhecimento aprofundado sobre um nicho de atuação alinhado com as soluções do BaaS dá uma ótima base para a criação de produtos que respondam às necessidades dos usuários e do negócio. 

Uma plataforma de BaaS normalmente fornece produtos conforme a demanda das empresas, de forma que é possível escolher os serviços que melhor se encaixam nas estratégias do negócio. Todo o processo ocorre com toda a segurança e agilidade. 

Banking as a Service representa uma grande inovação no mercado financeiro e de pagamentos. Com a democratização na oferta de serviços financeiros, os clientes podem ter produtos que melhor atendam às suas necessidades específicas e as empresas ganham mais uma ferramenta para fortalecer o relacionamento com seus usuários. 

Gostou de saber mais sobre essa nova tendência? Então, continue acompanhando os conteúdos do blog e nos siga em nossas redes sociais. Estamos no Facebook, no YouTube, no LinkedIn e no Instagram.

Categorias
Financeiro

Open banking: o que muda para o usuário?

Os serviços financeiros estão prestes a passar por mais uma grande revolução. Com implementação ao longo de 2021 e 2022, o Open Banking vai realmente transformar a maneira como enxergamos as soluções fornecidas no mercado financeiro e de pagamentos. 

Porém, poucos entendem o real impacto que o projeto terá no cotidiano das pessoas. Por isso, produzimos este conteúdo para você entender melhor o Open Banking e como isso pode afetar sua vida. 

O que é o Open Banking? 

Open Banking, ou sistema bancário aberto, é um projeto elaborado pelo Banco Central que tem como função regular como será feito o compartilhamento de dados financeiros dos usuários. A premissa é que o usuário seja o dono dos seus próprios dados e possa abrir ou compartilhar com quem desejar. 

Assim, a proposta é que você tenha condições de autorizar que outras instituições acessem suas informações bancárias. Que dados são esses? São eles: 

  • dados cadastrais: nome, telefone, CNPJ ou CPF, endereço e demais informações dos dados dos sócios, caso seja uma pessoa jurídica; 
  • renda: todo o faturamento da empresa ou o comprovante de salários de pessoas físicas; 
  • transações: movimentação da conta bancária (extrato), capacidade de compra, perfil de consumo; 
  • produtos contratados: financiamentos e empréstimos bancários, envolvendo valores e demais condições. 

Com esse compartilhamento, a concorrência no setor fica ainda mais acirrada, dando maior liberdade de escolha aos consumidores e melhores condições de crédito. 

Como é hoje? 

Nos padrões convencionais, os dados ficam presos à instituição bancária na qual o usuário tem uma conta. Essas informações não ficavam conhecidas pelas demais instituições, mesmo que o usuário desejasse compartilhar. Dessa forma, o banco acabava se tornando o proprietário dos dados, e os seus clientes não têm nenhuma autonomia para gerenciar suas próprias informações. 

Pense em uma situação em que uma pessoa deseja buscar soluções de financiamento para a compra de um imóvel. O banco A, no qual ele tem conta, conhece todas as suas informações financeiras, como histórico de renda, pagamentos, produtos contratados, comportamento de consumo, entre outros. 

Mas o cliente deseja pesquisar os valores de financiamento no banco B. No entanto, este banco não tem nenhuma informação sobre o cliente e fica muito mais difícil fornecer condições de crédito mais favoráveis. 

Que oportunidades o open banking proporcionará para o usuário? 

Com o Open Banking, o cliente é inserido no centro de todo esse processo. É ele quem dita o que ocorre com seus próprios dados, podendo compartilhar com terceiros sempre que desejar. 

Considere esse mesmo caso do cliente que deseja financiar um imóvel. Com as regras e as tecnologias desenvolvidas com o Open Banking, o usuário pode facilmente compartilhar com o banco B os seus dados armazenados no banco A. Assim, a instituição teria todas as informações necessárias para fornecer um produto segundo as suas necessidades e com taxas muito mais competitivas. 

É claro que o Open Banking abre um leque de oportunidades muito mais amplo do que o fornecimento de crédito aos usuários, e ainda fica difícil entender toda a dimensão de novos serviços e modelos de negócios que podem surgir com essa revolução. 

Imagine, por exemplo, que pode ser muito mais fácil abrir uma conta em outras instituições financeiras, uma vez que bastará compartilhar seus dados para que tudo seja feito com muita agilidade e menos burocracia. 

Negócios que unem diferentes serviços financeiros em uma só plataforma também serão possíveis. Assim, o cliente poderá gerenciar cartão de crédito de uma operadora, conta corrente de outro banco, empréstimo de uma fintech e seus investimentos de uma corretora tudo em só app. Já pensou nisso? 

Como vai ser na prática? 

Todo o compartilhamento de informações vai acontecer por meio de APIs (Interfaces de Programação de Aplicações). Essa tecnologia utiliza padrões técnicos para que os sistemas das diferentes instituições financeiras possam extrair informações umas das outras de modo rápido, seguro e em conformidade com as regras estabelecidas. 

Segundo as normas do Open Banking, os participantes devem criar APIs abertas que serão usadas pelas demais instituições e fintechs para ler os dados dos usuários que deram essa autorização. Para os grandes brancos, aderir a esse padrão é obrigatório, mas é facultativo para outras instituições. No entanto, o sistema é recíproco, ou seja, poderá ler as APIs de terceiros somente quem também compartilhar os dados que estão sob sua gestão. 

Essas APIs são avançadas e extraem apenas as informações necessárias e autorizadas para cada caso. Isso quer dizer que nenhuma instituição financeira terá acesso a dados que você não compartilhou. 

Na prática, quando o usuário entrar em contato com uma instituição financeira ou fintech para abrir conta ou buscar produtos e serviços, ele poderá autorizar que ela extraia seus dados do banco onde já tem conta. Tudo vai funcionar de forma digital e pode ser feito pelo próprio app da instituição, de modo fácil, rápido e sem burocracia. 

Quando o Open Banking entra em vigor? 

Segundo o Banco Central, a implementação do Open Banking ocorre ao longo de 2021 em 4 fases: 

  • 1º de fevereiro de 2021 — fase 1: as instituições financeiras passam a disponibilizar seus dados sobre taxas e tarifas de seus produtos de forma padronizada em seus canais de atendimento, permitindo que o cliente possa comparar os diversos serviços financeiros; 
  • 15 de julho de 2021 — fase 2: o cliente pode compartilhar dados cadastrais, de transações, de cartões e de crédito para as instituições. Assim, ele já pode portabilizar suas informações; 
  • 30 de agosto de 2021 — fase 3: troca de dados sobre transferências pelo PIX; 
  • 15 de dezembro — fase 4: integração de diversos produtos financeiros, como seguros, operações de câmbio, previdência privada e investimentos — troca de dados entre as instituições financeiras. 

Algumas integrações serão feitas somente em 2022, como: 

  • 15 de fevereiro de 2022: transferências para contas do mesmo banco e Transferência Eletrônica Disponível (TED); 
  • 30 de março de 2022: poderão ser compartilhados aos clientes que aderiram ao Open Banking propostas de operações de crédito; 
  • 31 de maio de 2022: poderão ser compartilhados aos clientes que aderiram ao Open Banking os dados sobre operações financeiras, como seguros, previdência, investimento e câmbio; 
  • 30 de junho de 2022: compartilhamento de serviços de boletos bancários; 
  • 30 de setembro de 2022: compartilhamento de serviços de débito em conta. 

Como você pode perceber, algumas dessas etapas se referem a processos que ocorrem entre as instituições financeiras, e ficam mais evidentes ao consumidor. Mas a revolução já começou, e os bancos já estão se movimentando para não ficar para trás nessa corrida. 

Open Banking deixou ainda mais claro algo que sabemos há muitos anos no mundo dos negócios: dados valem ouro. E com esse sistema, você ganha legalmente o poder sobre seus dados, com regras e tecnologias específicas para compartilhar com quem quiser, e com toda a segurança necessária. 

Gostou de saber mais sobre essa revolução? Então, continue acompanhando os conteúdos do blog e nos seguindo em nossas redes sociais. Estamos no Facebook, no YouTube, no LinkedIn e no Instagram. 

Categorias
Financeiro

Crédito fumaça: Saiba o que significa essa modalidade de crédito

Já ouviu falar no crédito fumaça? Trata-se de um recurso disponibilizado para empreendedores utilizarem seus recebíveis com o objetivo de fortalecer seu capital de giro ou mesmo fazer investimentos. A solução pode ser uma alternativa importante no acesso ao crédito a uma parcela maior de empresas, inclusive para aquelas negativadas, com juros mais baixos e atraentes.

Neste artigo, vamos mostrar os detalhes dessa operação. Entenda como funciona e qual é o impacto na vida de muitos empreendedores!

O que é crédito fumaça?

O crédito é uma modalidade de empréstimo em que a empresa utiliza os recebíveis futuros como garantia. Essa entrada de recursos é proveniente de vendas feitas por meio das maquininhas de cartão de crédito ou débito.

Assim, por causa dessa garantia, uma boa parcela de empreendedores que teriam o crédito negado em decorrência de restrições pode ter agora acesso a um recurso importante para manter suas operações e/ou fazer investimentos.

Como funciona?

A instituição financeira faz uma previsão do que vai entrar no caixa baseada no histórico de recebíveis dos últimos 12 meses. Assim, é possível fazer uma estimativa do quanto entrará com as vendas futuras. Com base nessas informações, o crédito é liberado.

Uma vez que os recebíveis são usados como garantia, quando a empresa toma o crédito fumaça, coloca-se como que uma trava no fluxo de recebimentos das vendas feitas com as maquininhas, algo feito por meio das credenciadoras do cartão. Entra em ação um mecanismo chamado Valor Diário Máximo de Retenção (VDRM), em que se escolhe reter os valores diários que entram para amortizar o crédito ou redirecionar para o lojista.

Para isso, a empresa que fornece o crédito obtém acesso aos dados de transação das maquininhas utilizadas pelo empreendedor. Com base nesses dados, ela analisa e faz previsões de quanto o negócio deve receber. Assim, ela pode determinar se o solicitante tem condições de cumprir com o pagamento do empréstimo ou não.

Caso seja aprovado, é feito um acordo entre o credor e a empresa sobre qual vai ser a taxa de VDRM. Essa taxa trava o máximo que a instituição financeira pode reter das vendas feitas com as maquininhas em um período específico.

Na prática, do montante que ele recebe diariamente, um valor mínimo é retido para garantir o pagamento da dívida. No entanto, se o estabelecimento fizer vendas superiores ao VDRM, ele pode usar como quiser, inclusive para adiantar o parcelamento.

Por exemplo, digamos que a taxa de VDRM definida seja de R$ 80 por dia, e o estabelecimento vendeu R$ 800 naquele dia. Então, R$ 80 reais já serão retidos na fonte e não serão repassados para o lojista. Os restantes R$ 720 ficam disponíveis para o estabelecimento utilizar.

O crédito fumaça pode ser solicitado por empresas:

  • com faturamento anual de até R$ 360 mil;
  • que tenham alcançado uma média de volume de vendas com cartão entre R$ 3,2 mil e R$ 30 mil mensais;
  • com relacionamento com empresas de cartão de crédito há mais de 12 meses.

OBS: Podendo ser pago em até 36 parcelas (média do mercado).

Qual a diferença entre crédito fumaça e antecipação de recebíveis?

Muitos empreendedores se perguntam se isso não seria um tipo de antecipação de recebíveis. Esse não é o caso, pois na antecipação, você garante com antecedência uma promessa de recebimento. Assim, são vendas que já foram feitas, mas que só seriam pagas posteriormente, como no caso de cheques, duplicatas e vendas parceladas no cartão de crédito.

Na antecipação de recebíveis, as empresas recebem um crédito equivalente ao valor a que têm direito, descontando uma taxa definida pela instituição que concede o valor. Essa iniciativa compra os direitos creditórios das solicitantes, ou seja, a partir da operação, será ela quem vai receber os pagamentos dos recebíveis. Assim, a partir da contratação, a empresa não terá que arcar com custos, pois o crédito já foi coberto.

Quanto ao crédito fumaça, não existem ainda vendas efetuadas. É apenas uma previsão de receita com base em um histórico. Dessa forma, o empreendedor terá parcelas a pagar. E, caso não consiga arcar com os custos, os recebíveis futuros originados em vendas com as maquininhas vão amortizar a dívida, servindo assim como uma garantia.

Qual a importância desse crédito para os empreendedores/lojistas?

O crédito fumaça é uma modalidade de obtenção de recursos muito mais acessível para empreendedores que, em outros modelos, teriam sido negados. Uma vez que os recebíveis com cartão são inseridos como garantia, é possível que as instituições financeiras apresentem condições mais favoráveis ao pequeno empresário.

Esse recurso também pode ser bastante estratégico para as empresas, pois é possível conseguir crédito em meses em que o fluxo de vendas é menor, e contar com as vendas com cartão em períodos de maior movimento para pagar as parcelas.

É claro que há riscos na operação, como em qualquer recurso de crédito. Afinal, é um cálculo baseado em estimativas, e especialmente a pandemia deixou o horizonte bem nebuloso. Por outro lado, as instituições financeiras contam com uma garantia adicional, permitindo linhas de crédito mais atraentes e que cabem no bolso do empreendedor.

Então, se o lojista vender bem, ele vai conseguir quitar rapidamente o crédito obtido. Mas se a performance não for como o esperado, ainda assim, ele vai precisar direcionar apenas um percentual de suas vendas para arcar os custos do crédito

Além disso, vale ressaltar o quanto o capital de giro é importante para as atividades do pequeno e médio empreendedor. No geral, esse empresário não trabalha com um capital de giro muito amplo. Assim, o tempo entre a compra do insumo e a venda dos produtos é muito estreito, dificultando o controle financeiro.

Por isso, buscar meios vantajosos para injetar recursos no negócio de uma forma sustentável é fundamental. E o crédito fumaça surge como uma alternativa viável para compor o capital de giro e manter as operações em pleno funcionamento.

Independentemente da modalidade de crédito, é sempre importante que essa decisão seja precedida de um bom planejamento. Isso vai evitar comprometer o caixa do negócio e prejudicar as finanças do negócio. De uma forma estratégica, o crédito fumaça pode, assim, ser uma ótima alternativa para garantir recursos para um crescimento do empreendimento.

Gostou do nosso conteúdo? Então acompanhe nossos artigos aqui no blog e nos siga nas redes sociais! Estamos no Facebook, no YouTube, no LinkedIn e no Instagram.

Categorias
Financeiro

Conta digital, conta pagamento e conta corrente: é tudo a mesma coisa?

Nos últimos anos, presenciamos uma verdadeira explosão de empresas com forte base tecnológica que trabalham no setor financeiro — as chamadas fintechs. Com isso, termos como conta digital e conta de pagamento se tornaram muito comuns. Muitos clientes, no entanto, não entendem bem o conceito por trás dessas soluções e o que elas têm a ver com a já conhecida conta corrente. 

Para ajudar você a esclarecer essa confusão e o que está incluído nesses serviços, preparamos um post completo sobre o assunto. Entenda também casos em que cada um deles são indicados. 

O que é uma conta corrente? 

Uma conta corrente, também conhecida pela sigla CC, é uma conta bancária que fornece ao cliente diferentes soluções para depositar dinheiro e fazer movimentações financeiras. 

Conforme o pacote de serviços contratado, ela pode ser gratuita ou exigir uma tarifa de manutenção. Ao contrário da conta poupança, na conta corrente o cliente tem maior liberdade para fazer movimentações financeiras, como saques e transferências. Mas dependendo da franquia, essas operações podem ser gratuitamente ilimitadas ou pagas a partir de um número de movimentações. 

Para abrir uma conta corrente, é necessário apresentar documentos pessoais, como identificação com foto e CPF — o que pode variar de banco para banco. Além disso, dependendo da instituição, pode ser necessário se dirigir até uma agência para fazer a abertura da conta. 

Em todas as contas correntes, o usuário terá acesso a um internet banking, no qual poderá fazer a maior parte das movimentações contratadas, como emitir extratos e comprovantes, visualizar movimentações bancárias, fazer pagamentos e transferências. 

O cliente também terá à disposição redes bancárias próprias ou da rede Banco24Horas para fazer saques e depósitos. Também receberá um cartão de débito para fazer compras e pagamentos. Se desejar, conforme o plano escolhido, também tem acesso a cheques para fazer pagamentos. 

Uma característica específica da conta corrente é que ela não foi projetada para armazenar dinheiro. Ou seja, se seus recursos ficam parados ali, eles não rendem. Em outras palavras, o banco fica com seu dinheiro e usa para suas operações, mas não vai pagar juros a você. Afinal, por ser uma conta corrente, você não dá precisa de garantia que vai manter o dinheiro parado ali. 

O que é uma conta de pagamento? 

A conta de pagamento é uma conta gerenciada por meio de plataforma criada por uma empresa que presta serviços financeiros. Assim, não é necessário ser um banco para fornecer uma conta de pagamentos para seus clientes.  

Em uma conta de pagamento, o cliente tem recursos muito semelhantes a uma conta corrente. Poderá, obviamente, fazer pagamentos de boletos e contas de consumo, fazer transferências, entre outras operações. O cliente também pode receber um cartão de crédito e débito, caso a empresa forneça.  

A maior parte das contas de pagamento são gratuitas, livres de tarifas, além de oferecer rendimentos. Ou seja, o dinheiro parado já rende, já que as empresas aplicam os recursos em títulos públicos, por exemplo. E não é preciso duvidar da segurança dessas instituições porque, assim como os bancos, elas são reguladas pelo Banco Central. 

As contas de pagamento são bastante práticas, e a abertura não tem burocracia. Em muitos casos, basta fazer um cadastro simples, embora mais informações possam ser solicitadas posteriormente caso o usuário queira ter acesso a serviços adicionais. 

E quanto à conta digital? 

As contas correntes e contas de pagamentos também podem ser contas digitais. Como assim? Acontece que as contas digitais são aquelas que são abertas e gerenciadas pela internet. Elas se tornaram muito comuns por meio das fintechs. 

Anos atrás, o processo de abertura de uma conta bancária era muito burocrático — e ainda é em algumas instituições físicas. O cliente precisava ir até uma agência bancária, levar diversos documentos, ler e assinar contratos enormes etc. Até hoje, as contas correntes tradicionais exigem que o cliente vá até alguma agência para resolver problemas em sua conta. 

As contas digitais trouxeram muitas vantagens aos usuários. Todo o processo de abertura ocorre online, por um aplicativo — inclusive o envio de documentos. A maior parte delas exige que você tire uma selfie segurando o documento de identificação. Em outras, é necessário até fazer um breve vídeo, mas tudo isso são procedimentos de segurança para validar a identidade do usuário. 

Depois de aberta, a conta digital pode ser gerenciada pelo aplicativo e, em muitas instituições, pelo internet banking. Tudo pode ser resolvido no próprio app, por e-mail ou pelo telefone, dando muito mais praticidade aos clientes. Essa revolução vai fazer com que uma geração inteira nunca precise enfrentar uma fila de banco. 

Mas se a conta é digital, como é possível fazer depósitos e saques? Bem, os procedimentos e as tarifas variam. Alguns dos bancos físicos fornecem contas digitais, de modo que é possível usar seus terminais e agências para fazer saques e depósitos. Bancos digitais também permitem fazer operações no Banco24Horas. 

Já as instituições que fornecem contas de pagamento que não fazem parte da rede bancária podem cobrar uma tarifa para fazer saques nestes terminais. Os depósitos podem ser feitos via boleto bancário ou transferências por TED e PIX, o que garante a gratuidade da operação.  

Qual delas é a melhor para mim? 

Agora que você entendeu melhor a diferença entre cada uma dessas modalidades, é preciso avaliar quais as suas necessidades e assim descobrir qual a melhor opção para você.  

A recomendação de muitos especialistas é que você tenha pelo menos uma conta bancária em uma instituição física. Dessa forma, você garante a vantagem de contar com terminais físicos para saque, sem cobranças adicionais. Já as contas de pagamento, você pode ter quantas quiser, afinal, a maior parte delas é gratuita. Além disso, ter uma conta digital hoje é essencial para economizar nas suas movimentações bancárias. 

E você? Quais dessas modalidades de conta você já tem? Qual sua preferência? Conta corrente, conta digital ou conta de pagamento? Independentemente da sua preferência, saiba que essa livre escolha está gerando um mercado financeiro mais competitivo e muito vantajoso para todos os usuários. 

Aqui no blog da Adiq, sempre compartilhamos dicas para fazer seu negócio crescer ainda mais. Então, nos acompanhe nos próximos conteúdos e nos siga nas redes sociais! Estamos no Facebook, no YouTube, no LinkedIn e no Instagram. 

Categorias
Financeiro

Liquidação via CIP: O que é e como funciona?

As alterações do Bacen em relação à Câmara Interbancária de Pagamentos (CIP) resultaram em muitas dúvidas por parte de lojistas que vendem no comércio eletrônico. Essas modificações visam garantir maior segurança, transparência e controle das operações. Mas como funciona essa liquidação via CIP?

Neste artigo, você vai entender como funciona todo esse processo de liquidação com esse agente no arranjo de pagamentos. Entenda também, o que muda para o lojista e as vantagens desse sistema.

O que é a CIP?

A CIP, sigla para Câmara Interbancária de Pagamentos, é uma associação civil sem fins lucrativos que visa a garantia de segurança e visibilidade às operações financeiras. Foi fundada em 2001 com o objetivo de gerar soluções que regulamentam operações do mercado financeiro. Essas ferramentas são utilizadas por diversas empresas, tais como:

  • bandeiras de cartões;
  • credenciadores;
  • consórcios;
  • cooperativas de crédito;
  • governo;
  • instituições financeiras;
  • empresas de leasing.

Qual a importância da CIP no mercado financeiro?

A globalização fez com que os mercados financeiros em todo o mundo se tornassem mais interdependentes, exigindo bases de regulamentações mais rigorosas. Com isso, o BIS (Banco de Compensações Internacionais, em português) definiu princípios de boas práticas para o mercado mundial.

Nesse cenário, em 2001, o Banco Central começou a implementar regulamentações para que nosso mercado financeiro se adequasse a essa nova realidade. Foi nessa mesma época que os bancos se uniram e formaram a CIP, com soluções e ferramentas que integram o sistema financeiro no país.

Como isso afeta as operações financeiras no Brasil? Por meio da Circular n.º 3.765/2015, foi determinado um sistema neutro no arranjo de pagamento para que os participantes pudessem compensar e liquidar as operações de cartão de crédito e débito de forma centralizada.

Essa liquidação centralizada que passou a ser feita pela CIP reduz o volume que seria transferido entre os diversos participantes do arranjo, ao mesmo tempo em que simplifica todo o fluxo financeiro. Dessa forma, redundância, ineficiências e riscos também são mitigados.

Essa centralização e transparência reduz as chances de fraudes, especialmente aquelas praticadas em transações eletrônicas. Além disso, a CIP é fundamental na implementação e divulgação de novas tecnologias e inovações nos meios de pagamento.

Como funciona a liquidação via CIP e por que ela foi implantada?

Em um fluxo convencional com os participantes do arranjo de pagamentos, a operação ocorria da seguinte forma:

  1. o consumidor passa seu cartão no ato da compra;
  2. a maquininha do lojista envia os dados da operação para a adquirente;
  3. a adquirente, por sua vez, repassa os dados para a bandeira;
  4. a bandeira consulta o domicílio bancário ou operadora de cartão, que poderá aprovar ou não a transação;
  5. com a aprovação, o banco retorna para a bandeira;
  6. a bandeira retorna para a adquirente;
  7. a aprovação é informada no ponto de venda para o consumidor.

Com a CIP, entra um novo ator no arranjo. O fluxo é o mesmo, mas há modificações na liquidação da operação:

  • a bandeira emite uma informação contábil para a CIP, debitando o banco emissor em crédito à adquirente;
  • em seguida a adquirente também se comunica com a CIP, informando o repasse de crédito para o lojista;
  • com essas duas informações, a CIP enviará um arquivo de liquidação, validando a operação para que o banco libere o dinheiro ao lojista.

Assim, a CIP tem a função de processar todas as transferências de pagamentos e valores, garantindo maior transparência e segurança ao arranjo. Desde que foi formada, a CIP obteve diversas certificações de segurança, para que esse montante de dados sigilosos e sensíveis fossem resguardados. Por exemplo, temos a ISO 27001:2005, criada pela British Standard Institute, que é uma das maiores referências no mercado mundial.

Uma das soluções utilizadas pela CIP é o SITRAF (Sistema de Transferência de Fundos). Ele foi criado em 2002 e é uma das principais ferramentas de movimentação financeira em tempo real. É este o sistema responsável pelas TEDs, em que o envio de dinheiro entre contas jurídicas e pessoais é feito em um curto período, em horário comercial.

Você já deve imaginar a potência desse sistema. Afinal, o volume de transações diariamente é gigantesco, e tudo isso precisa funcionar de modo fluido, com segurança e controle. Por esse motivo, o sistema tornou-se uma referência mundial em segurança e automação no setor financeiro.

O sistema de operações financeiras no Brasil é reconhecido em todo o mundo. Para evitar as fraudes e garantir maior transparência, evoluímos bastante e passamos a ser conhecidos como um dos sistemas mais seguros e consistentes. A liquidação da CIP é mais uma prova dessa evolução.

Gostou do nosso conteúdo? Então, continue acompanhando nossos artigos. Nos siga nas redes sociais e acompanhe nossas próximas postagens. Estamos no LinkedIn, no Instagram, no YouTube e no Facebook.

Categorias
Financeiro

Saiba o que significa EDI

No ambiente empresarial, o gerenciamento de dados é uma das principais atividades. Aliás, ter informações sempre seguras, atualizadas e acessíveis é fundamental para o crescimento do negócio, mas também é um desafio. Quando falamos em registros bancários, essa gestão pode ser ainda mais complicada. Você sabia que o extrato EDI pode facilitar todo esse processo?

O EDI bancário é uma ferramenta que automatiza processos de conciliação, tornando o gerenciamento de informações financeiras muito mais fácil. Neste artigo, você vai entender melhor como funciona o EDI e conhecer as vantagens que ele traz a um negócio!

O que é EDI?

EDI é a sigla para Electronic Data Interchange, ou seja, Troca Eletrônica de Dados. EDI é o compartilhamento automático e digital feito entre diferentes sistemas. Dessa forma, arquivos bancários podem ser compartilhados entre empresas, fornecedores, clientes e instituições financeiras. Toda essa integração acontece em tempo real e com toda a segurança.

O tráfego de informações pode ocorrer por meio da internet, por web service ou por arquivos exportados de uma fonte e importados no sistema, para que os dados sejam integrados.

Há diferentes tipos de EDI. Podemos destacar três dos mais conhecidos e utilizados:

  • mercantil: pedidos de compras e venda entre clientes e fornecedores;
  • bancário: pagamentos e recebimentos de valores;
  • de cartões: compartilhamento de relatórios de vendas e ordens de crédito enviadas pelas operadoras (adquirentes) às empresas que são clientes dessas administradoras.

Cada um desses EDIs tem funcionalidades específicas que facilitam bastante o dia a dia do lojista, automatizando diversos processos. Entenda melhor como ocorre esse funcionamento a seguir.

Como funciona o extrato EDI?

No que se refere às mensagens trocadas entre os bancos e as empresas, podemos destacar estas funções:

  • folha de pagamento: uma mensagem é enviada ao banco para que o pagamento aos funcionários seja feito;
  • extrato: é feita uma requisição de um extrato eletrônico de uma ou mais contas. Esse extrato pode ser integrado ao sistema da empresa para que a conciliação seja feita automaticamente;
  • pagamento: é enviado um pedido para que os fornecedores sejam pagos;
  • recibo: o banco envia mensagens com os comprovantes de cada transação.

O extrato EDI também é muito útil no acompanhamento de transações feitas com cartões de crédito. Esse relatório de movimentação financeira precisa ser habilitado pelo lojista para ser recebido. Isso quer dizer que, na maior parte das vezes, não será enviado caso não seja solicitado.

Assim, esse o extrato EDI é um documento oficial de conciliação. É com base nele que o lojista precisa fazer a verificação da movimentação financeira das compras feitas.

Quando o EDI é integrado ao ERP (sistema de gestão integrado) da empresa, as diversas tarefas do departamento financeiro relacionado a contas a pagar e a receber são automatizadas. Como assim?

Quanto às contas a pagar, o sistema identifica a data e o valor de determinada conta e envia um arquivo de cobrança ao gestor para que a transação seja feita. Em relação às contas a receber, ocorre o mesmo. O EDI acessa os dados do ERP para identificar o documento de cobrança e enviar ao banco. Com isso, a instituição financeira envia o arquivo de cobrança ao consumidor.

O extrato EDI também dispensa a necessidade de acessar o sistema de diferentes bancos todos os dias para conferir as movimentações. Tudo pode ser feito a partir de um único painel.

Quais são os benefícios?

Adotar a funcionalidade de extrato EDI garante muitas vantagens ao negócio. Veja só!

Maior agilidade e praticidade

Especialmente empresas com grande volume de transações podem ser muito beneficiadas pelo extrato EDI. Afinal, todo o processo de conciliação pode ser automatizado.

Para que você possa entender melhor, vamos ilustrar com uma situação prática hipotética. Digamos que em sua empresa, você tenha várias contas a pagar em diferentes datas. Nesse caso, seria necessário dedicar profissionais para que organizassem esses títulos e efetuassem o pagamento nas datas corretas.

No caso do EDI bancário, tudo pode ser agendado pelo sistema, sem a necessidade de acessar o internet banking de cada banco, cada um em uma tela diferente e com vários tokens de acesso.

Maior transparência

A centralização das informações facilita o acompanhamento dos dados. Afinal, tudo vai ser monitorado a partir de um único painel. Dessa forma, as movimentações financeiras que ocorrem em diferentes contas se tornam muito mais transparentes. Esse recurso é especialmente importante com o PIX.

O extrato EDI ajuda a oferecer maior coerência às informações. Afinal, o empresário terá a certeza que os lançamentos que constam em seu sistema serão os mesmos que estão na conta bancária.

Além disso, o EDI é a melhor maneira de fazer a conciliação, pois nele estão as informações mais concretas sobre as transações realizadas no sistema da adquirente, evitando equívocos e falhas.

Maior produtividade

Uma vez que essas tarefas mecânicas de importação e inserção de dados bancários no sistema ERP são automatizados, a equipe ganha muito mais tempo para focar em aspectos estratégicos do negócio, especialmente no que se refere ao seu core business.

Mais economia

Esse recurso garante maior segurança financeira ao negócio. Muitas vezes, a empresa não tem noção do quanto paga em taxas e tarifas cobradas pelo banco. Ao ter uma solução de extrato EDI conectado ao ERP da organização, essas informações ficam mais evidentes, contribuindo para a tomada de decisões que reduzam os custos de processos bancários.

Qual a importância do extrato EDI?

Diante de tantas vantagens, você já deve ter percebido como os diferentes EDIs são fundamentais para o processo de conciliação. Ele é sua garantia de que as vendas feitas pelo lojista realmente estão registradas no sistema da adquirente e que os valores serão transferidos para a sua conta-corrente.

Por exemplo, digamos que uma de suas vendas realizadas no dia não constem no extrato EDI enviado pela adquirente, mesmo que tenha sido aprovada. O que fazer? Os dados da venda podem ser enviados para o intermediador de modo a iniciar uma investigação. Assim, se a conciliação não fosse corretamente feita com o EDI, o lojista poderia ter divergências em seu fluxo de caixa, sem saber ao certo onde recorrer.

O extrato EDI é uma das principais ferramentas na gestão financeira de uma empresa. Além da possibilidade de automatização de processos burocráticos, o empresário garante maior exatidão nas informações e contribui para a saúde financeira do seu negócio.

Gostou das nossas dicas? Aqui no blog da Adiq sempre temos novidades sobre o mercado financeiro. Que tal seguir nossas redes sociais para não perder nenhuma postagem? Estamos no Facebook, no YouTube, no LinkedIn e no Instagram.