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Saiba o que é e como vai funcionar o pix internacional

O pix internacional pretende expandir para outros países o sucesso dos pagamentos instantâneos no território nacional. Entenda melhor como vai funcionar!

O pix internacional promete ser mais um marco disruptivo no mercado de pagamentos no Brasil. Em território nacional, o sistema de pagamentos instantâneos promovido pelo Banco Central é um sucesso. Agora, o Bank Of International Settlements (BIS) já começou a testar o Nexus, uma plataforma que visa a integração de sistemas de pagamentos de 60 países. 

Neste artigo, vamos deixar você a par de todos os detalhes sobre essa novidade. Entenda o que é, como vai funcionar, quais as vantagens e como será o processo de implementação. 

O que é o pix internacional? 

Sabia que o sistema de pagamentos instantâneos brasileiro foi elogiado e considerado uma referência para o mundo inteiro pelo Bank Of International Settlements (BIS)? Diante desse sucesso, o BIS criou uma proposta para desenvolver uma plataforma chamada Nexus que tem como objetivo padronizar a comunicação entre os diferentes sistemas de pagamentos instantâneos ao redor do mundo, similares ao pix. 

A ideia é que esses sistemas funcionem de forma integrada e, com isso, permitam que as transações entre diferentes países sejam feitas com mais agilidade, menos custos e maior transparência. 

Como funcionará? 

Os brasileiros já se acostumaram com o funcionamento do pix, uma tecnologia de pagamentos instantâneos em operação desde 2020. O pix internacional funcionará de um modo muito semelhante. Inclusive, Andrew McCormack, chefe do centro de inovação do BIS, afirmou que o sistema brasileiro tem todas as características que o BIS deseja implementar no Nexus. 

O objetivo é que o Nexus substitua os diferentes sistemas de transferência dos países por somente um, para que as transações entre países se tornem mais baratas, seguras e rápidas. 

Quais as vantagens? 

Já existem hoje mais de 60 países com sistemas de pagamento instantâneo, possibilitando que as pessoas possam concluir transações financeiras em questão de segundos. Isso, porém, ainda não é uma realidade quando o assunto é o envio de dinheiro para o exterior.  

Quem deseja transacionar entre diferentes países enfrenta muitos desafios, sobretudo a morosidade e os altos custos da operação. Assim como ocorreu com o pix nacional, o modelo internacional promete gerar muitas vantagens ao mercado de pagamentos: 

  • os pagamentos transfronteiriços poderão ocorrer em até 60 segundos, agilizando o processo; 
  • o usuário terá mais informações sobre as taxas e impostos pagos até mesmo antes da efetivação, aumentando a transparência da transação; 
  • com a automatização da validação dos pagamentos transfronteiriços, as operações manuais serão reduzidas, eliminando muitos custos dessa operação; 
  • mais segurança para as transações, uma vez que os dados de envio e recebimento dos recursos já tem acesso imediato aos dados da transação, incluindo valores e contas e instituições de destino; 
  • os usuários poderão usar o próprio aplicativo bancário para fazer as transações, sem falar que será possível usar os números de telefone para as operações, que serão reconhecidos internacionalmente. 

Ele já está disponível? 

O projeto do pix internacional ainda não está funcionando. Por enquanto, o sistema está em fase de testes. As operações estão limitadas a alguns países. Segundo o comunicado no site oficial: 

“O BIS Innovation Hub trabalhará com a Autoridade Monetária de Cingapura, Banco da Itália, Banco Central da Malásia, BCS em Cingapura e PayNet na Malásia para conectar os sistemas de pagamento de Cingapura, Malásia e zona do euro em uma prova experimental de conceito.” 

Esses países têm experiência na conexão entre diferentes sistemas de pagamentos. Em abril de 2021, a Autoridade Monetária de Cingapura integrou seu sistema de pagamentos local à plataforma da Tailândia. A Malásia e a Índia já estão transacionando entre eles.  

Já na Zona do Euro, o TIPS (a plataforma de pagamentos instantâneos que atua na região) já está integrado aos países europeus, cujas operações são executadas pelo Banco da Itália. 

Esses testes são fundamentais para entender como funcionará o sistema e detectar possíveis problemas de segurança, usabilidade e comunicação.  

Um dos desafios mais básicos encontrados pelo pix internacional está na tecnologia. Cada um dos sistemas de pagamentos instantâneos dos diferentes países usa formatos próprios para integrar as transações. Dessa forma, fica difícil que as plataformas possam se comunicar.  

Além disso, como ocorre no caso do Brasil com o Real, a maior parte dos sistemas usam uma moeda única, e as transações entre países exigem a conversão dos valores em diferentes moedas.  

Também há de se levar em conta que cada país tem suas próprias regras sobre transações financeiras, tratamento de dados pessoais e políticas antifraude. O Nexus terá que criar um padrão ou criar regras que estejam em consonância com as diferentes legislações. 

Será que o pix internacional vai dar certo? Quais as perspectivas? 

O pix aqui no Brasil foi lançado em novembro de 2020 e já alcançou resultados inimagináveis, com uma quantidade de chaves duas vezes maior que a população do país. Em maio de 2022, a plataforma registrou um recorde de mais de 73 milhões de operações em único dia. Esses dados indicam que o Brasil está bem avançado nessa tecnologia, e inclusive é referência para outros países.  

Ao analisar esses números, percebemos também claramente que o pix internacional tem tudo para ser um sucesso. Ele poderá impulsionar diferentes setores da economia e até gerar novos modelos de negócio. 

Um desses segmentos é o mercado de câmbio, que tende a se tornar mais eficiente e competitivo. Afinal, com custos de operações barateadas, novos negócios poderão entrar em cena. 

Outro segmento que pode se beneficiar é o e-commerce, especialmente no que se refere a compras internacionais. Os custos do câmbio serão mais previsíveis, ao contrário do que ocorre com o cartão de crédito em que há apenas uma estimativa das taxas futuras. 

O pix internacional tende a gerar benefícios para todos os agentes do mercado de pagamentos, incluindo empresas e consumidores. Além disso, poderá ser um importante vetor de geração de novos negócios que prometem fomentar mais competitividade em diferentes setores. 

E você, o que espera do pix internacional? Continue acompanhando o blog da Adiq e nos seguindo nas redes sociais para ficar antenado com as atualizações sobre essa novidade! Estamos no Facebook, no YouTube, no LinkedIn e no Instagram. 

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