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Você sabe o que são os SuperApps e por que eles estão cada vez mais populares?

Quantos aplicativos estão instalados em seu smartphone? Você sabia que muitos deles poderiam ser substituídos pelos superapps?

Em todo o mundo, o Brasil ocupa a 5ª posição de países que mais utilizam celular diariamente. Mas isso não ocorre sem motivos. Além das redes sociais, os sistemas mobile reúnem uma infinidade de aplicativos que dão muito suporte às nossas atividades diárias. São em média 70 apps para cada aparelho! Mas se você tivesse apenas um app que fizesse quase tudo? Esses são os superapps, eles se tornaram a tendência do momento! 

Neste artigo, você vai entender melhor o que são os superapps, como impactam o nosso cotidiano e o que podemos esperar desse mercado para os próximos anos! 

O que são os superapps ? 

Os superapps são aplicativos que reúnem diferentes serviços e produtos em um único lugar. Na prática, você consegue fazer pagamentos e transferências com diferentes meios de pagamento, trocar mensagens de texto, ler notícias, pedir delivery, fazer compras e até participar de cursos usando apenas um app. 

No Brasil, já temos muitos apps de bancos, por exemplo, que passaram a vender eletrodomésticos, cursos, passagens aéreas, seguros e recarga de celular, por exemplo. A grande referência no mundo, foi o WeChat, da gigante Tecent. Ele conta com mais de um bilhão de usuários chineses que o usam para inúmeras atividades, desde chamar o táxi até assistir um filme. 

Como eles funcionam? 

Esses superapps funcionam como verdadeiros hubs ou centrais de serviços. Na tela inicial, normalmente tem o acesso a diferentes abas ou funções. Ao clicar na função desejada, abre-se uma nova aba com as opções disponibilizadas pela empresa. Assim, são diferentes sistemas agregados em uma única plataforma. 

A empresa que desenvolve um superapp não necessariamente é responsável por todos os serviços que funcionam dentro da plataforma. Ela geralmente faz parcerias com outras companhias, de modo que o app funciona como um agregador. Por exemplo, uma fintech pode fechar uma parceria com uma rede do varejo e permitir que compras sejam feitas dentro do superapp. 

Quais as vantagens deles? 

Não há dúvidas que os superapps trazem muitas vantagens tanto para a empresa quanto para os usuários. Em primeiro lugar, essas plataformas encontram um cenário muito favorável, em que o número de usuários de smartphones só aumenta, e as pessoas tentam reunir nesses dispositivos a organização de quase tudo em suas vidas. 

Vivemos hoje na era mobile first, e a maior parte das empresas estão moldando seus negócios para que seus produtos caibam na palma da mão do seu público. Especialmente em um momento de pandemia, em que a mobilidade fica comprometida por conta do isolamento social, a tendência de ter serviços e produtos acessíveis por meio do smartphone ficou ainda mais forte. 

Por outro lado, o consumidor não quer ter mais dezenas de aplicativos instalados no smartphone. Além de consumir espaço de armazenamento, essa multiplicidade acaba confundindo os clientes que precisam transitar em diferentes plataformas. 

É preciso considerar também que muitos desses serviços agregados podem gerar vantagens adicionais, como descontos em compras online, cashbacks e melhores condições de pagamento. 

Do ponto de vista da empresa, temos a vantagem da fidelização de clientes, do fortalecimento da marca e da ampliação do público consumidor, uma vez que abrangerá serviços que vão além do core business do negócio. 

Os superapps no Brasil e no mundo 

Além do sucesso do WeChat na China, a tendência dos superapps se alastrou por todo o mundo. A maior parte deles se concentra na Índia e em países de alto índice de desenvolvimento na Europa, como Noruega e Suécia. 

Em virtude desses apps que reúnem diferentes sistemas, incluindo serviços financeiros, como cartão de crédito, muitas transações do dia a dia podem ser executadas sem o uso da cédula em papel ou moeda. Por isso, o termo “cashless” tem se tornado cada vez mais comum. Na China, por exemplo, o uso da cédula é cada vez mais raro, uma vez que super aplicativos como WeChat e Alibaba são amplamente utilizados. 

O Brasil segue a mesma tendência. Segundo um estudo realizado iBest, divulgado pelo Money Times, aplicativos como PicPay, Banco Inter, MagaluPay e Mercado Pago entraram nessa briga e têm ampliado o leque de serviços fornecidos por meio dos seus respectivos aplicativos. 

Será que há limites para os superapps? 

Essa revolução não vem sem desafio, e uma das maiores preocupações dos especialistas é a segurança. Afinal, cada vez mais os dados pessoais dos usuários ficam concentrados em um único sistema. Em casos de vazamentos, isso poderia representar um grande prejuízo. Assim, é preciso intensificar a segurança com estratégias mais bem elaboradas para  proteger clientes contra fraudes. 

Além disso, ao agregar tantos serviços e produtos, é preciso tomar o cuidado de investir em tecnologia para atender toda a cadeia de consumidores. Ao mesmo tempo, a empresa não pode perder o foco do negócio, pois pode assumir o risco de se tornar um superapp que tem tudo, mas não faz nada com qualidade e peca naquilo que é essencial. 

Pense também na linguagem utilizada para construir esses apps, levando em conta que são diversos times desenvolvendo e gerenciando diferentes serviços e um único app, tudo de forma simultânea. É preciso muita comunicação e integração para que o sistema funcione de forma coesa e fluida. 

Qual será o seu futuro? 

Existe sim uma forte tendência desse mercado continuar em expansão. Já vemos muitos players inserindo uma série de serviços agregados em suas plataformas, para tornar a experiência do usuário mais fluida e completa. No entanto, é muito pouco provável que se repita aqui no Ocidente o que ocorre entre os chineses. 

Enquanto vemos um verdadeiro monopólio de super aplicativos chineses que fazem praticamente tudo, dificilmente esse cenário se concretize no Brasil. A diversidade de serviços dentro dos superapps é bem menor. O que vemos são apps que agregam funções de carteiras digitais e marketplaces, ou mesmo serviços que têm certa relação com o core do negócio. 

Nessa nova tendência, percebemos claramente desenvolvedores de super apps ampliando seus modelos de negócios e avançando para atrair mais público. Por outro lado, os usuários podem tirar vantagem não apenas da competitividade, mas também de apps que entregam tudo o que precisamos em uma única plataforma. 

Será que os super aplicativos vão dar certo? Isso vamos ter que esperar para ver. Mas, enquanto isso, acompanhe os artigos do nosso blog. Você pode ser notificado das novidades em nossas redes sociais. Estamos no Facebook, no YouTube, no LinkedIn e no Instagram. 

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